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É possível praticar agora mesmo uma liderança do futuro
Essa imagem de capa foi gerada utilizando inteligência artificial, através do programa MidJourney, criado pelo laboratório de pesquisa em IA, de mesmo nome. Você pode saber mais aqui: https://midjourney.com/ (Foto: Marina Proença)
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Neste artigo:

É muito provável que você já tenha se deparado com o conceito de futuro do trabalho, mas também é esperado que ainda exista um belo borrão atrapalhando a sua compreensão exata sobre o impacto desse tema sobre sua vida. 

Uma liderança do futuro exige liderar com consciência, pensando o resultado de todas as ações tomadas, incluindo o impacto na vida das pessoas. Não existe mais essa ideia de resultados de um lado e pessoas na dimensão oposta. Quem pensa assim está fadado a ter sucessos inferiores aos seus potenciais e à rejeição por parte dos profissionais com perfis mais importantes para o futuro. É necessário incluir, escutar, desenvolver e promover a felicidade das pessoas em torno de um negócio. Liderar com consciência é buscar constantemente a combinação entre inovação estratégica e entrega real de valor.

Para nos aprofundar sobre essa questão, preparei um resumo dos elementos mais relevantes desse novo contexto do mundo e um guia de boas práticas para as demandas de liderança do futuro que nascem a partir dessa visão.

Uma apresentação e um pouco de contexto

Meu nome é Marina Proença e sou empreendedora na área de tecnologia, carregando 20 anos de jornada profissional, 15 deles em papéis de liderança de times inovadores e já ajudei a fazer nascer e crescer uma série de startups. Tenho certeza que você já sabe o que é uma startup, ainda assim, resgato o conceito básico para ancorar nossa conversa.

Startups são organizações em estágios muito iniciais, buscando modelos de negócios inovadores, suportadas por investidores que anseiam por alta rentabilidade e crescimento rápido e construídas por mão de obra extremamente qualificada, escassa e exigente (engenheiros de software, engenheiros e analistas de dados, gerentes de produto, gerentes de marketing e crescimento). Soma-se a isso um mundo com clientes cada vez mais rigorosos e conscientes (ainda bem), querendo que as marcas sejam consistentes e sustentáveis em todas as suas relações. Sentiu a complexidade desse ambiente?

A complexidade rotineira para quem trabalha com tecnologia já é uma realidade de todo o mercado de trabalho. É uma questão de tempo até que todos os profissionais estejam submersos nesse mundo agitado, de mudanças constantes, de incertezas sem fim e muito frágil.

Não sei exatamente quando eu me apaixonei por complexidades, mas sei o porquê. Um pouco pelo desafio intelectual, bastante pelo desafio social ao lidar com várias pessoas e seus universos. Não acredito em nada que não envolva conexão verdadeira com as pessoas e, por mais que estejamos caminhando para um mundo extremamente tecnológico, confio na relação com o outro como forma de destravar o crescimento exponencial. Quanto mais entendo meus clientes, funcionários e parceiros de negócio, mais capaz eu sou de alinhar interesses e criar soluções onde todo mundo ganha.

Sou de Sorocaba, interior de São Paulo, graduada em Comunicação Social, especialista em Marketing e Produtos tecnológicos, filha de uma professora e um vendedor, estudante de escola pública, a filha número 3 de um total de 4 e que teve que começar a trabalhar aos 17 anos para pagar os próprios boletos. Aprendi logo que precisava ser dona do meu nariz e dar um jeito de gostar do meu trabalho, já que eu tinha que trabalhar tanto e, sendo sempre um pouco rebelde e desproporcionalmente responsável, cheguei à gestão de times muito precocemente, aos 22 anos. 

Entendi já nos primeiros anos que a liderança que me cabe é amorosa, verdadeira, comprometida, alegre e parceira. Assim, temos um ambiente de trabalho mais saudável. Também aprendi que alcançar resultados no mundo dos negócios não está na dimensão oposta a cuidar das pessoas. 

Trabalho para que as pessoas passem menos perrengue, ganhem mais dinheiro, sejam mais felizes em seus contextos de trabalho e que as empresas tenham mais resultados e cuidem melhor das pessoas para terem relações mais significativas e duradouras.

É com isso em mente que vou compartilhar com vocês histórias, experiências e práticas de liderança para a construção de times que entregam resultados e são felizes.

O Futuro do Trabalho: a Revolução das Habilidades

Vivemos a Era da Inteligência Artificial, a nova Revolução Industrial, marcada principalmente pela automação e a colaboração entre humanos e máquinas. 

No último relatório sobre o Futuro do Trabalho do Fórum Econômico Mundial de 2020, o que chamou a atenção foi a previsão de fechamento de 85 milhões de postos tomados pela automação até 2025, enquanto outros 97 milhões de novas vagas de trabalho serão abertas, necessitando, no entanto, de requalificação de mão de obra neste mercado de trabalho. Aliás, o conjunto de habilidades é tão peculiar que essa era também é chamada de Revolução das Habilidades.

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Conheça as habilidades do futuro, de acordo com o relatório do Fórum Econômico Mundial:

  • Criatividade, originalidade e iniciativa
  • Pensamento inovador e analítico
  • Aprendizado ativo e estratégias de aprendizado
  • Liderança e influência social
  • Resolução de problemas complexos
  • Uso, monitoramento e controle de tecnologia
  • Design e programação de tecnologia
  • Resiliência, tolerância ao estresse e flexibilidade
  • Raciocínio, solução de problemas e ideação

É curioso perceber que, apesar de existir competências técnicas bem tecnológicas nessa lista, como “uso, monitoramento e controle de tecnologia” e “design e programação de tecnologia”, a maior parte das habilidades são sociais e criativas. E é aí que a grande maioria das pessoas se perde.

Liderar no futuro tem a ver com consciência e impacto

Estamos esquecendo de trabalhar com as pessoas e querendo tirar resultados do código, do design, dos painéis cheios de dados. Estamos nos esquecendo de traduzir tecnologia em produtos que as pessoas usam porque gostam e precisam, esquecendo de traduzir dados em comportamento. Não estamos observando as atitudes de clientes e funcionários e não estamos considerando seus pontos de vista. Como queremos inovar assim se a inovação nasce da conexão entre o futuro emergente, a necessidade do negócio e a necessidade do cliente? Tire uma parte dessa equação e não tenha absolutamente nada muito sustentável para o mundo contemporâneo.

Um dos meus trabalhos mais prazerosos é facilitar projetos de criação e desenvolvimento de produtos, campanhas de comunicação e projetos de crescimento para todos os tipos de empresas e o que eu mais escuto deles é: “por favor, nos ajude a colocar as pessoas (clientes) no centro do nosso negócio porque não estamos conseguindo fazer isso”. É curioso como os times se perdem em meio a tantos dados, prazos, ideias… E, cada vez mais, vejo ótimas práticas de conexão com cliente, mas com a complexidade e a ansiedade das companhias, a riqueza do conhecimento se perde, o foco se perde. 

Pessoas no centro e o desenvolvimento das Habilidades do Futuro são partes da minha proposta de solução para simplificar a gestão dos negócios e compõem duas frentes que regem esse movimento: a liderança consciente e o impacto verdadeiro

Faremos uma jornada de descobertas e construções para que essas ideias fiquem cada vez mais tangíveis e para que você possa desenvolver suas próprias ferramentas para liderar o futuro do mundo. Que nossas trocas sejam a fagulha para você encontrar o seu jeito de fazer isso acontecer.

Até a próxima!

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