Agora é a hora de se transformar
Ao adiar as mudanças que precisamos viver, estamos, na verdade, procrastinando nossa própria felicidade e realização
Ao longo de nossa jornada, aprendemos que algumas bagagens devem ser deixadas à beira do caminho, aliviando o peso que já não nos serve mais. Conforme nos movemos pelo tempo, notamos que há trilhas que se revelam becos sem saída, e pessoas que, embora tenham caminhado ao nosso lado, escolhem ou precisam seguir outros roteiros. Nessa viagem, somos chamados a abrir mão, a soltar amarras, a recalcular rotas com a coragem de quem busca o destino mais verdadeiro.
Mas, por que resistimos tanto em mudar? Por que adiamos o inevitável, mesmo sabendo que a estrada diante de nós exige passos novos? Talvez porque desapegar do conhecido – mesmo que pesado ou doloroso – seja menos assustador do que aventurar-se por terrenos ainda não desbravados. E, assim, adiamos a transformação, esquecendo que, na viagem da vida, cada curva inesperada pode ser uma oportunidade de reencontro consigo mesmo.
Adiar a mudança
É curioso como somos capazes de conviver com situações que nos incomodam, com hábitos que sabemos ser nocivos e com es- colhas que nos levam a lugar nenhum. Ainda assim, insistimos em dizer: “Amanhã eu resolvo, depois eu tento.” Adiar a mudança é, na verdade, a pior escolha que podemos fazer. É como empurrar nossa própria felicidade e realização com a barriga, para um futuro que talvez nunca chegue.
E mais: acreditar que, em algum momento mágico, a coragem vai simplesmente brotar em nós para transformar tudo é uma das maiores ilusões que alimentamos. Isso não é esperança, é procrastinação emocional. Uma forma sutil e perigosa de autossabotagem, um mecanismo que criamos para evitar o esforço – porque mudar dói, exige energia, coragem e, acima de tudo, enfrentamento.
Então quando?
Sim, há dias em que estamos exaustos, em que apenas sobreviver parece o máximo que podemos fazer. Dias em que chegar em casa, sentar-se no sofá e buscar qualquer distração é uma questão de sanidade mental. E isso é natural, ninguém pode estar em constante movimento de transformação. O problema surge quando essa pausa vira regra, quando o “deixa para amanhã” se transforma em meses, anos, ou mesmo em uma vida inteira de adiamentos.
Quantos dos seus sonhos estão suspensos porque você se recusa a mudar? Ou porque ainda não se permitiu ser a pessoa que teria a força para concretizá-los?
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Conteúdo publicado originalmente na edição 276 da Vida Simples.
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