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A prática da comunicação assertiva é uma arte de simplificar
Markus Spiske/Unsplash
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A arte de simplificar é um desafio cons­tante que tento aplicar em todas as esferas da vida. Ao longo dos anos, aprendi a fazer isso em muitos quesitos: minha casa tor­nou-se menor e mais acolhedora, a rotina foi otimizada para focar no que realmente importa; na empresa, os processos foram organizados e a gestão, baseada na con­fiança e na autorresponsabilidade.

Há ainda outros aspectos que quero me­lhorar, mas, por ora, meus esforços serão direcionados a dar um contorno mais sim­ples à minha comunicação. Percebo que, na busca por entendimento e clareza, não raro me perco em um emaranhado de ex­plicações dos porquês, quando, na verda­de, eu deveria ser muito mais objetiva.

Para entender melhor meu comporta­mento e aprimorá-lo, mergulhei em uma pesquisa sobre “assertividade na comu­nicação”. Além de dicas, cursos e vídeos explicativos, me deparei com estudos so­ciocomportamentais que esclarecem mui­ta coisa.

Por que as mulheres são detalhistas na comunicação?

De forma geral, as mulheres são frequentemente educadas para serem co­operativas e empáticas, o que pode levar a uma comunicação com muito mais deta­lhes. Além disso, as mulheres – ao menos as de minha geração – foram condiciona­das a evitar conflitos e, portanto, podem tender a se justificar mais do que seus pares do gênero masculino.

Outro ponto relevante é que, historicamente, o sexo fe­minino precisou lutar por seu espaço em diversas áreas da sociedade. Essa batalha, muitas vezes, envolveu provar seu valor e competência repetidamente, o que pode ter contribuído para o hábito de se justi­ficar o tempo todo. Sem se dar conta disso.

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Quando a comunicação fortalece a boa liderança

À medida que cultivo o autoconhecimen­to, percebo que a assertividade na comuni­cação é uma habilidade muito importante que gostaria de lapidar. Além de transmi­tir ideias de forma mais clara e direta, essa competência ajudará a fortalecer minha liderança, facilitando a compreensão e evitando mal-entendidos.

Muitas vezes, um simples “não”, dito ou escrito de forma objetiva, é fundamental para estabelecer os limites de que você precisa, seja com colaboradores, fornecedores ou pares.

Esforçar-me para me comunicar de ma­neira cristalina, firme e eficiente, sem abandonar a empatia, a cooperação e a humanidade próprias da mulher, vai cola­borar para que minha liderança se desen­volva, os relacionamentos se aprimorem e a autoconfiança se fortaleça.

Para além disso, libertar-me de alguns padrões e hábitos nesta área ainda me ajudará no processo de simplificar a vida, algo que tanto busco ultimamente.


Conteúdo publicado originalmente na Edição 261 da Vida Simples

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