A prática da comunicação assertiva é uma arte de simplificar
Simplificar trabalhando a arte da comunicação assertiva, que não existe sem empatia, sem cooperação e sem humanidade, é um desafio que ajuda no posicionamento de boas lideranças
A arte de simplificar é um desafio constante que tento aplicar em todas as esferas da vida. Ao longo dos anos, aprendi a fazer isso em muitos quesitos: minha casa tornou-se menor e mais acolhedora, a rotina foi otimizada para focar no que realmente importa; na empresa, os processos foram organizados e a gestão, baseada na confiança e na autorresponsabilidade.
Há ainda outros aspectos que quero melhorar, mas, por ora, meus esforços serão direcionados a dar um contorno mais simples à minha comunicação. Percebo que, na busca por entendimento e clareza, não raro me perco em um emaranhado de explicações dos porquês, quando, na verdade, eu deveria ser muito mais objetiva.
Para entender melhor meu comportamento e aprimorá-lo, mergulhei em uma pesquisa sobre “assertividade na comunicação”. Além de dicas, cursos e vídeos explicativos, me deparei com estudos sociocomportamentais que esclarecem muita coisa.
Por que as mulheres são detalhistas na comunicação?
De forma geral, as mulheres são frequentemente educadas para serem cooperativas e empáticas, o que pode levar a uma comunicação com muito mais detalhes. Além disso, as mulheres – ao menos as de minha geração – foram condicionadas a evitar conflitos e, portanto, podem tender a se justificar mais do que seus pares do gênero masculino.
Outro ponto relevante é que, historicamente, o sexo feminino precisou lutar por seu espaço em diversas áreas da sociedade. Essa batalha, muitas vezes, envolveu provar seu valor e competência repetidamente, o que pode ter contribuído para o hábito de se justificar o tempo todo. Sem se dar conta disso.
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Quando a comunicação fortalece a boa liderança
À medida que cultivo o autoconhecimento, percebo que a assertividade na comunicação é uma habilidade muito importante que gostaria de lapidar. Além de transmitir ideias de forma mais clara e direta, essa competência ajudará a fortalecer minha liderança, facilitando a compreensão e evitando mal-entendidos.
Muitas vezes, um simples “não”, dito ou escrito de forma objetiva, é fundamental para estabelecer os limites de que você precisa, seja com colaboradores, fornecedores ou pares.
Esforçar-me para me comunicar de maneira cristalina, firme e eficiente, sem abandonar a empatia, a cooperação e a humanidade próprias da mulher, vai colaborar para que minha liderança se desenvolva, os relacionamentos se aprimorem e a autoconfiança se fortaleça.
Para além disso, libertar-me de alguns padrões e hábitos nesta área ainda me ajudará no processo de simplificar a vida, algo que tanto busco ultimamente.
Conteúdo publicado originalmente na Edição 261 da Vida Simples
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