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A força dos amores sadios
Foto: Priscilla du Preez/Unsplash
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“O começo do amor é deixar que aqueles que amamos sejam perfeitamente eles mesmos, e não os torcer para que se encaixem em nossa própria imagem. Do contrário, amamos apenas o reflexo de nós mesmos que encontramos neles”, formulou Thomas Merton. As palavras do perspicaz monge católico revelam uma profunda verdade sobre a natureza dos amores e a delicada dança dos relacionamentos. Quantas vezes nos pegamos nos contorcendo, nos comprometendo e até traindo nosso verdadeiro eu na tentativa de nos encaixar na vida dos outros?

Podemos silenciar os anseios de nossos corações, suprimir nossa expressão única e vestir máscaras de conformidade, tudo em nome do amor. Mas qual é o custo desse exílio autoimposto do nosso próprio ser?

Forçar-se no molde das expectativas de outra pessoa equivale a negar a própria essência de quem você é. Significa trocar a autenticidade da sua alma por uma pálida imitação de aceitação, um eco vazio de pertencimento. O amor verdadeiro, no entanto, não exige conformidade. Ele celebra a beleza própria de cada pessoa, permitindo que floresça por direito, como flores silvestres dançando em um prado, cada uma contribuindo com sua cor vibrante para a tapeçaria da vida. Um amor que exige que você abandone a si mesmo não é amor.

É uma gaiola, um abraço que sufoca o espírito e diminui a luz interior.

O preço dos amores

Se você se encontra constantemente se torcendo e girando para se encaixar na vida de outra pessoa, se você se sente compelido a sacrificar sua identidade no altar da aprovação dela, talvez seja a hora de se perguntar: “Esse relacionamento realmente me nutre? Ele honra meu eu autêntico?” A beleza de uma conexão genuína está na liberdade de ser quem você é, sem fingimento ou necessidade de se conformar. É um espaço onde suas qualidades são celebradas, suas imperfeições são abraçadas e seu crescimento é encorajado.

Não se contente com amores que exigem que você se torne alguém que você não é. Busque uma relação que celebre sua essência única, um elo que o permita florescer em toda a sua glória.

Lembre-se: as descobertas mais profundas são frequentemente encontradas no inesperado, nas peças que não se encaixam no molde convencional. É a singularidade de cada um, a beleza original do seu ser, que enriquece o mundo e torna a vida uma teia de maravilhas infinitas.

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Conteúdo publicado originalmente na edição 277 da Vida Simples.

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