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Mulheres Marcadas: livro revela histórias de “mães da UTI”
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O que deveria ter sido uma gravidez como qualquer outra, transformou-se em uma experiência marcante para Fabiana Coimbra quando engravidou de Maria Júlia. Sua primeira filha foi diagnosticada com a forma mais grave da Tetralogia de Fallot, uma malformação cardíaca congênita que exigiria intervenção cirúrgica logo após o nascimento e possíveis cirurgias subsequentes.

A partir dessa jornada, a escritora e publicitária de São Paulo escreveu Mulheres Marcadas – histórias de força, coragem e empatia das mães de UTI* (273 pág.) , obra em que não apenas relata sua própria história, mas também compartilha narrativas de mães que atravessam os primeiros anos da vida de seus bebês entre consultas médicas, emergências, cirurgias e internações hospitalares.

Em “Mulheres Marcadas”, somos levados passo a passo através da gravidez de Fabiana: desde a incerteza em relação à família até o encontro com seu futuro marido, culminando na inesperada gravidez. Contudo, o que deveria ter sido um momento de profunda felicidade rapidamente se transforma em uma época de tensão, à medida que sua bebê é diagnosticada com um problema congênito que requer cirurgia nos primeiros dias após o parto. Assim, a vida de Fabiana e seu marido se desdobra em salas de médicos, exames, opiniões médicas divergentes e esforços para compreender por que estavam enfrentando essa situação.

Livro mostra rede de apoio entre “mães da UTI”

Na busca por compreender sua própria jornada, Fabiana, por meio de uma narrativa cativante, retrata sua trajetória como protagonista e compartilha as histórias de angústia de outras mães que vivenciaram experiências semelhantes nas UTIs neonatais. Surge assim uma rede de apoio entre mães que enfrentam a mesma realidade, unindo-se em busca de esperança e solidariedade. “Mulheres Marcadas” se revela como uma homenagem à força e à resiliência das mães cuidadoras em situações extremas. A autora oferece conselhos com base em sua própria vivência para mães que passam por esse momento, dedicando um capítulo ao tema intitulado “De uma mãe da UTI para outra”.

“São apenas mães recém-nascidas lutando pela vida de seus bens mais preciosos, procurando uma saída dentro de si mesmas para continuar seguindo em frente. Além disso, trago um capítulo especial sobre ‘a maternidade como ela é’, mostrando os desafios nos bastidores dessa grande jornada de aventura que é ser mãe”, comenta a autora. “Enfrentar dificuldades nunca é fácil, mas a forma como lidamos com elas pode tornar a situação ainda mais desafiadora. Essa foi a maior lição que aprendi. A maneira como enxergamos o cenário pode determinar o trajeto que percorremos.”

O percurso da escrita: da maternidade ao livro

Fabiana revela que sempre foi uma “escritora de coração”. Sua paixão pela escrita remonta à infância, quando criava contos e poesias inspirados na vida, embora nunca tenha tido coragem de publicá-los, até que Maria Júlia veio ao mundo.

Ao testemunhar a coragem de sua filha, sua “guerreira” que enfrenta todos os procedimentos médicos, Fabiana finalmente decidiu seguir seu sonho de se tornar autora, compartilhando a história do nascimento de sua filha, sua maior fonte de orgulho.

Para a autora, a escrita é um meio de compartilhar histórias inspiradoras e dar voz a pessoas que muitas vezes não têm oportunidade de se expressar. Ela também revela que “Mulheres Marcadas” é uma maneira de retribuir o apoio e o carinho que recebeu. Por isso, uma parte das vendas do livro será destinada à distribuição de exemplares em UTIs públicas e filantrópicas, destinados às mães da UTI.

Dessa forma, Fabiana fecha o ciclo entre receber e oferecer suporte. Isso acontece por meio do poder das palavras, transformando o livro em uma obra coletiva de força, coragem e empatia dessas mães da UTI, do amor materno que não conhece limites e, por fim, da capacidade do pensamento em fortalecer as pessoas diante dos desafios da vida.

A autora espera que seu livro não apenas toque os corações das pessoas, mas também marque o início de uma longa e próspera carreira literária, que incluirá uma próxima obra voltada para o público infantil. “Eu escrevi de forma lúdica os processos cirúrgicos da minha filha, pois ela terá uma nova intervenção, para ela e outras crianças saberem lidar com esse processo delicado”, explica a autora. “Pretendo não apenas registrar a jornada de Maju, mas também ajudar outras crianças corajosas e guerreiras a enfrentarem seus medos sobre cirurgias.”

Para adquirir o livro físico com dedicatória, entre em contato via redes sociais da autora (@fabi_escreve), ou adquira presencialmente na Livraria da Travessa – Iguatemi/SP (Av. Brig. Faria Lima, 2232 – Jardim Paulistano). Em breve, a obra estará disponível nos principais marketplaces. O e-book está disponível para compra na Amazon*.

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Confira o prefácio de “Mulheres Marcadas”

Sou apenas mais um rosto naquele corredor silencioso e gelado, um dos milhares que já passaram por ali e que infelizmente, continuam passando. Porque a vida é complexa. Frágil. Delicada. Ela já se mostra complexa desde o primeiro momento em que o seu corpo é preparado para habitá-la.

Que máquina extraordinária! A mente pode nem sequer saber que um ser está sendo gerado, mas o seu corpo já vai se transformando, entendendo as necessidades, se lapidando. Os órgãos vão dando passagem e começando a servir de hospedagem para essa semente dentro de si.

É um novo ser sendo gerado dentro de você. Quando descobrimos a sua existência, planejada ou não, nossa mente começa a se programar e sabe que a vida mudará a partir dali. A nossa imaginação vai além: desenha rostos, começa a escrever histórias ainda não vividas, vive dias em segundos, passa a contar a sua rotina e a dar importância a cada semana de desenvolvimento deste ser, agora já tão esperado, como se ele estivesse sempre ali, fazendo parte de você.

São meses de um grande quebra-cabeça, que você vai montando, tentando adivinhar, sem saber como será a imagem final. E dentro dessa esfera de surpresas, algumas personagens, que muitas vezes são apenas rostos desconhecidos na multidão, descobrem cedo demais o quanto a vida, além de complexa, também é frágil e delicada.

Imagine saber que o seu filho que ainda está dentro de você, já iniciou uma luta antes mesmo de nascer! Ou que ao nascer, você descobre que ele corre risco de vida! É o que acontece com muitas mulheres, que inúmeras vezes ainda estão aprendendo a serem mães, mas que já precisam lutar pela sobrevivência de seus filhos.

Enquanto você lê esse livro, é provável que em algum lugar haja uma mãe que acabou de ganhar o seu bebê, mas infelizmente, não pôde segurá-lo nos braços. Outra ainda está em choque, com os braços vazios, sem entender muito bem o que está acontecendo ao seu redor. Parece impensável, mas essas situações são mais comuns do que imaginamos e têm muita semelhança entre si.

Todas essas mulheres são apenas exemplos de uma grande multidão de mães que, diariamente, são reunidas em um campo comum de batalha, a UTI. Marcadas para sempre, essas mães presenciam diariamente a luta dos seus filhos que acabaram de nascer e que já enfrentam desafios contra poderosos inimigos invisíveis e que agem silenciosamente.

Você não pode sequer imaginar, mas essas mulheres estão nesse lugar, cercadas por paredes que se fecham e que sufocam, por corredores que as abrigam e as escutam. Por um chão que se abre e que as lança no fundo do poço. Quando elas se dão por si, percebem que há tantas outras iguais, no mesmo lugar.

Sabe aquele brilho no olhar de se tornar mãe? Talvez você já tenha visto quando se olhou no espelho, no rosto da sua filha, da sua esposa ou da sua irmã. Mas para essas mães de UTI, ele se apagou e foi substituído por semblantes cansados, opacos e sem cor.

Você pode não ter notado até então, mas são muitas Marias, Priscilas, Carolinas, Paulas, são muitas mães com histórias de vida diferentes, mas na mesma batalha, lutando com novos monstros dentro de si mesmas: o medo, a solidão, o desespero. Sentimentos que se transformam em novos inimigos e que dificultam toda essa jornada que já é bastante dura por si só. Mães que muitas vezes não enxergam a solução e se sentem no fundo do poço. A única forma de saírem dessa situação é tentar subir, escalando as paredes da mente, buscando forças para continuar essa caminhada, lutar até o fim, até se darem conta que a saída estava diante de cada uma delas.

Convido você  a mergulhar nessa história, pela narrativa de quem viveu essa jornada desde o início da gravidez, trilhando o caminho que me levou até a UTI e a vivenciar comigo toda a experiência de ser uma dessas mulheres. São apenas mães recém-nascidas lutando pela vida de seus bens mais preciosos, procurando uma saída dentro de si mesmas para continuar seguindo em frente. Além disso, trago um capítulo especial sobre “a maternidade como ela é”, mostrando os desafios nos bastidores dessa grande jornada de aventura que é ser mãe.

Para as mães de UTI que estão vivendo esse cenário neste momento, espero que a experiência e as dicas deste livro tornem o seu caminho mais leve. O que eu posso garantir é que, por mais difícil que seja a situação, tudo passa.

Para você, caro leitor que desconhece esse universo, venha conhecer essas personagens mais de perto, essas mulheres que foram para sempre marcadas, mais conhecidas como Mães de UTI.

Enquanto você acompanha essa leitura, quero deixar uma pergunta no ar:

 Quanto vale uma vida?


**Com informações da agência Com.Tato


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