IPTU e IPVA: como se organizar com as contas no começo do ano

O início do ano é cheio de metas e planos para o novo ciclo que se inicia. Mas, junto com a empolgação, vem também as contas. São várias as despesas que precisam ser pagas e, muitas vezes, parece que falta dinheiro para dar conta de tudo. Entre os temidos “boletos de janeiro”, saltam aos olhos – e aos bolsos – do contribuinte o IPTU e o IPVA.

Mas calma que com um pouco de organização e planejamento, dá para encarar com um pouco menos de sufoco.

Como se organizar para pagar o IPTU e IPVA

Além do IPVA e IPTU, é preciso pagar matrícula na escola, material escolar, viagens e passeios de férias… isso sem falar dos gastos tradicionais do mês. Portanto, é mais do que normal gastar mais em janeiro, o que torna “planejamento” uma palavra de ordem.

Thiago Godoy, especialista em educação financeira e colunista aqui da Vida Simples, explica que a primeira etapa é calcular os valores que você tem que pagar. “Entenda qual o IPTU do seu imóvel. Dá para ir no site da prefeitura da sua cidade e calcular o seu IPTU pela matrícula”, explica. Já o IPVA é possível calcular pelo site do Detran de cada estado.

Com esse número em mãos, é hora de partir para a prancheta. Se pensado com antecedência, a sugestão de Thiago é usar o 13º salário para quitar as contas. “Dependendo de qual é a sua condição, opte pelo pagamento à vista, se for possível pagar com o valor do 13º ou com uma reserva feita exclusivamente para isso. Não é o caso de gastar uma reserva de emergência”, aconselha Thiago.

Pagar integralmente é uma boa opção, por conta dos descontos, o que te ajuda a “se livrar” do boleto e também economizar. Mas se não for o caso, pode deixar essa programação para o ano seguinte. Outra maneira de pagar é reservando, mês a mês, uma porcentagem dos seus ganhos.

“Você pode abrir uma conta digital para se dedicar a pagar esses impostos e outras despesas anuais. É possível, inclusive, automatizar depósitos mensais para garantir que você vai guardar esse dinheiro”, sugere o especialista.

É importante, então, avaliar as próprias condições financeiras e entender se vale a pena pagar à vista ou parcelado. Na segunda opção, também é necessário se organizar para não atrasar as parcelas e pagar juros.

IPTU, o que é?

O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, o bom e velho IPTU, é uma taxação sobre todos os imóveis. “Seja casa, apartamento, loja, terreno e tudo que está dentro de área urbana, cabe no IPTU”, explica Thiago Godoy. Resumindo, paga IPTU quem tem algum imóvel registrado em área urbana.

Normalmente, o IPTU é cobrado no início do ano, podendo ser quitado à vista, o que gera alguns descontos – que variam em cada município. Além disso, o IPTU também pode ser parcelado e pago ao longo do ano.

Como é calculado o IPTU?

O cálculo do IPTU é feito por uma multiplicação do valor venal do imóvel – uma estimativa feita pelo Poder Público do preço que a propriedade está valendo do mercado – pela alíquota. Já a alíquota é uma porcentagem usada para calcular o valor de um imposto ou taxa sobre alguma coisa – pode ser um produto, serviço, rendimento, ou um imóvel, nesse caso.

“Por exemplo, vamos supor que você tenha um imóvel que vale R$ 500 mil em um local que tenha a alíquota de IPTU de 1%. Então, o IPTU dele vai ser 5.000”, explica.

O especialista ressalta que esse valor, do IPTU, vai variar dependendo da localização, do tamanho, da infraestrutura do imóvel.

E o IPVA, como funciona?

O IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) é um imposto estadual sobre veículos automotores. Thiago explica que o valor do imposto varia por estado e tipos de veículos. “Existem estados que dão muito desconto de IPVA para carros que funcionam com GNV [combustível mais sustentável do que os derivados do petróleo] e elétricos, por exemplo.”

Para calcular o valor, é só aplicar a porcentagem do imposto no seu estado no valor do seu automóvel. Assim como o IPTU, esse imposto também é anual e pode ser parcelado.

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