A palavra do ano
Uma palavra para guiar o ano: é assim que Luciana Pianaro, CEO de Vida Simples, se prepara para transformar a própria vida nos 12 meses que virão. E você, como faz?
Era uma manhã de dezembro, eu e uma querida amiga fazíamos uma viagem até Sorocaba (SP), onde encontraríamos outros amigos para um encontro de final de ano. Conversávamos sobre tudo e ela me contou que naquele ano estava estudando a morte. Achei estranho, mas ela explicou que queria entender as diversas visões do fim do ciclo da vida do ponto de vista filosófico e espiritual. Contou-me vários aprendizados lindos, o que fez com que aquele tema ficasse leve. Questionei o porquê daquilo e ela me contou que, a cada ano, dedicava-se a um tema. Já tinha estudado o amor, a fé, e, naquele momento, a morte. Ela chamava de “a palavra do ano”. Aquela conversa me inspirou para que definisse a minha palavra do ano. Àquela altura, minha jornada já se mostrava com vários trechos pedregosos. Eu precisava simplificar muita coisa e defini uma palavra: simplicidade. Foi um ano de muito aprendizado. Um exemplo sobre essa mudança: nunca mais comprei roupas complicadas ou difíceis de vestir!
Desde então, todos os anos, defino uma palavra que será minha companheira ao longo dos 12 meses seguintes. Já passaram por mim a leveza, a ousadia, a intuição, a serenidade, a aceitação, a transgressão. E, a cada ano, nunca abandono a anterior.
Todas as minhas atitudes sempre levam em consideração essas palavras. Com isso, vou construindo a mim mesma pela observação daquilo que preciso melhorar. Entre o Natal e o ano-novo, costumo escrever o resumo do ano: as conquistas, os aprendizados, as metas pessoais e profissionais e, claro, a palavra do ano seguinte, que, muitas vezes, vem numa espécie de intuição. Para 2019 será bem-estar. Cuidar mais do corpo, da mente e do espírito. O ano de 2018 foi intenso e um dos mais difíceis que tive, e não consegui ter esse cuidado adequadamente. Ao cuidar mais de mim, cuidarei mais dos outros (de você leitor, inclusive), dos negócios e do mundo.
Minha sábia amiga se foi há quase dois anos. Morreu subitamente, muito jovem. Deixou um grande legado de amorosidade, espiritualidade, amizade. A ela, eu serei eternamente grata por muitas coisas, mas talvez esse aprendizado tenha sido o que mais ficou marcado e o que, ano após ano, me ajuda a ser uma pessoa melhor. Obrigada, querida Dulce Magalhães. Que, em 2019, tenhamos mais bem-estar, leveza, ousadia e simplicidade. Que possamos transgredir um pouco para dar um colorido à vida, que saibamos agradecer pelo que nos acontece, que olhemos a vida com serenidade. Feliz Novo Ano!
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