“Ilha do Príncipe”: novas maneiras de pensar as cidades
O curta mostra a necessidade de ocupar culturalmente espaços públicos e discute assuntos geralmente ignorados pela sociedade
O curta Ilha do Príncipe mostra a necessidade de ocupar culturalmente espaços públicos e discute assuntos geralmente ignorados pela sociedade
O ano é 2014. O lugar é Vitória, capital do Espírito Santo. O cineasta Guilherme Castor, conhecido como Gui Castor, lança o curta “Ilha do Príncipe”, com imagens captadas na região que leva o nome do filme, e sofre mudanças em sua paisagem com a demolição de prédios que cederão espaço a novas vias para desafogar o trânsito.
O curta, que Gui chama de videoensaio, fez parte do projeto “Vitória, Cidade Imaginada”, que contou com a exposição “Ponte Seca”, com cerca de 50 telas pintadas por usuários de drogas que ocupam as ruas da região da Vila Rubim, na área central de Vitória, e que geralmente são excluídos da sociedade, considerados por muitos “lixo social”.
Para Gui Castor, a emergência e o interesse para o trabalho vêm do fato de estarmos inseridos numa intensa paisagem audiovisual em que tudo parece estar contado.
Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Espírito Santo e pós-graduado em Filosofia da Arte e em Cinema Documentário em Barcelona, Gui é conhecido por ser o criador do projeto Cine Rua Sete, um evento que também propõe a ocupação cultural de espaços públicos.
Foi seu interesse pelo audiovisual e pela ocupação de espaços públicos que lhe deu a ideia de fazer a exposição “Ponte Seca” e o curta “Ilha do Príncipe” como uma forma de provocar uma nova maneira de se pensar a cidade e discutir assuntos que geralmente são ignorados, como os usuários de drogas.
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