HORIZONTES – A chuva sobre nós
No meio urbano, fotógrafo registra a beleza e a poesia do cotidiano que só um dia chuvoso pode trazer
No meio urbano, fotógrafo registra a beleza e a poesia do cotidiano que só um dia chuvoso pode trazer
O primeiro dia de Daniel Castellano como fotógrafo profissional, em um jornal de Curitiba, foi de muita chuva. E as suas pautas eram todas na rua. “A tempestade caía forte sobre a cidade e, em vez de guardar a câmera, saí em busca de imagens daqueles dias melancólicos e cheios de vida”, lembra ele, que, na época, não imaginava que criaria sua série Atemporal.
São fotografias únicas, tiradas ao longo dos últimos 14 anos, também em Montevidéu e Londres, e que, ao serem colocadas lado a lado, se conectam mostrando momentos de emoção, de tédio e de surpresas típicas das chuvas que caem nas cidades – fenômeno cada vez mais raro. “Neste ano atípico, além da pandemia, estamos sofrendo a pior estiagem dos últimos 50 anos, com rodízio de abastecimento de água devido à falta de chuvas.
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Justamente a chuva, que era tão comum, agora é um evento de comemoração, quando as pessoas veem, na água, um alento e uma esperança”, acredita Daniel, com o desejo de alertar sobre a crise climática.
E o caminho para isso não podia ser melhor: as fotografias trazem momentos genuínos, simples e cotidianos, que reconhecemos bem. “Todo mundo já experimentou tomar chuva ao menos uma vez na vida.” Que essa memória possa ser revivida e celebrada por todos nós .
DANIEL CASTELLANO é um fotógrafo de rua que não reclama da chuva. Para saber mais: @dicastellano
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