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Projeto fotográfico registra o cotidiano das grandes cidades
Gustavo Minas Foto: Gustavo Minas
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Maleável e fugaz como a água. Assim seria definida a sociedade contemporânea na percepção do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, criador da teoria “modernidade líquida”, que traz como tema central a dinâmica e a liquidez das relações humanas ao longo dos últimos anos. “O conceito de Bauman fala sobre uma nova época, a nossa época, em que as relações sociais, econômicas e de produção são efêmeras, transitórias e não duradouras”, explica o fotógrafo Gustavo Minas, autor das obras da exposição Cidades Líquidas, em cartaz na Galeria de Fotos do Centro Cultural Fiesp (CCF), em São Paulo, sob a curadoria de Rosely Nakagawa. Para o artista, a reflexão do sociólogo pode ser observada nesse recorte.

Acredito que ela aparece tanto na maneira como eu fotografo, com muitas superfícies translúcidas e reflexos que causam certa desorientação visual no espectador, quanto nos temas que escolho: encontros fugazes do dia a dia, que geralmente se dão em lugares de trânsito e de fluxo muito intenso, ou não lugares”, diz. A série de fotografia considera também que as cidades contemporâneas não têm uma configuração de paisagem única, linear, geral, mas plural, acentuada ainda mais pela velocidade tecnológica. E falam, no fundo, sobre a relação que tecemos com o nosso território.

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