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Betty Milan é uma referência em psicanálise de fácil acesso. Isso porque através de sua vasta produção literária ela sempre explicou os sentimentos e angústias de todos nós. Agora ela se debruça em um novo projeto

A psicanalista e escritora Betty Milan acaba de lançar um blog, ABC da Vida, em que dá seu recado por meio de vídeos e textos. Betty pode falar sobre nossas angústias diárias ou sobre sentimentos arrebatadores, sempre de um jeito claro e direto, sem perder a profundidade e a poesia. Aqui ela explica como tem caminhado por novos territórios.

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Você criou um site que traz parte das suas produções literárias. Os livros não se bastam?

A sua pergunta é muito pertinente. Me debrucei sobre a minha obra para difundir as ideias que me levaram a escrever os diferentes textos, difundir o meu ideário através da internet, ou seja, para difundir valores. Isso porque, apesar de alguns dos meus livros terem vendido bem, eu sei que o Brasil não forma leitores. O ABC da Vida permite introduzir os leitores à obra.

Quando você fala em ter um local com a sua produção, fala em manutenção da memória. Na nossa vida, a dificuldade de conservar a memória não se aplica apenas ao trabalho intelectual, certo?

Depende do país. Na França, por exemplo, tem um museu em cada esquina. Isso também se faz através do livro. Quem lê Balzac, por exemplo, fica sabendo como foi a vida na França no século 19. A literatura existe para descortinar o que a vida não mostra e tende a ficar encoberto, ela rememora o passado através da reinvenção.

Qual a consequência do “memoricídio”?

Quem destrói ou perde de vista o passado tende a repetir os erros dos antepassados. São Paulo, por exemplo, é uma cidade que se autodestrói continuamente. Com isso, perdemos as nossas referências.

Você está enveredando por outros caminhos literários…

Daqui por diante só quero escrever ficção porque é através dela que eu posso me expressar com a máxima liberdade. A escrita me permite fazer descobertas novas, e isso é o que me interessa. O romance que estou escrevendo é inspirado na história da minha família.

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