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    Encontro internacional debate espaços naturalizados para a infância
    Divulgação Espaços naturalizados para a infância
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    Existem vários espaços que a nossa sociedade preparados para a infância, seja em uma escola, nas praças, nas bibliotecas, espaços especiais para que as crianças possam brincar.  Mas por que não tornar esses espaços mais naturalizados? Oferecer um brincar mais ativo, criativo, desafiador e, ao mesmo tempo, que possa trazer benefícios para a sociedade, uma proposta que reflita nas cidades, que possam contar com áreas mais verdes, com mais árvores e sombras.

    Esse é o ponto central da Conferência Internacional Espaços Naturalizados para as Infâncias, realizada pelo Instituto Alana, SESC-SP e ISGA (International Schoolgrounds Aliance), de quinta-feira (20) a sábado (23), na capital paulista.

    Brincar é um direito essencial

    Brincar é essencial para o desenvolvimento infantil. Tanto que é considerado um direito humano fundamental pela Convenção dos Direitos da Criança e do Adolescente (artigo 31), equiparado em importância à educação, saúde e moradia. Em um mundo cada vez mais urbanizado e sob risco climático, porém, as possibilidades de brincar livremente, em contato com a natureza, têm ficado cada vez mais restritas.

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    Como explica Maria Isabel Barros, especialista em criança e natureza no Instituto Alana, o evento surgiu quase que como uma provocação ao ISGA, que nunca havia realizado uma conferência no hemisfério sul. Após o convite, as instituições se uniram ao SESC para realizar o evento.

    “Acreditamos no diálogo e nas trocas que os encontros promovem. O evento é aberto, vamos receber pessoas de todos os cantos do país que estão interessadas em discutir e pensar os espaços urbanos, para que tragam mais benefícios para as crianças,” destaca Maria Isabel.

    Contato com a natureza

    Estarão presentes profissionais da área da educação, saúde, artes, arquitetura e urbanismo, tanto do setor público quanto privado. Em comum, todos concordam que o contato com a natureza é algo de importância central, que melhora todos os indicadores de saúde física e mental, e estimula diversas aprendizagens que contribuem para o desenvolvimento integral.

    Entre os destaques da programação, vale conferir a mesa-redonda com a participação do arquiteto e paisagista japonês, Ko Senda, Professor da Den-En Chofu University, no Japão, e fala sobre os espaços naturalizados para as crianças e como as cidades devem se preparar para as mudanças climáticas. Outro destaque está na conversa com representantes de Caruru e de Barcelona sobre como transformar as cidades em espaços “brincantes.”

    Além das palestras, o público é convidado a circular por dez espaços para conhecer experiências e colocar a mão na massa em oficinas. Veja mais informações no site da Conferência.

    Confira a programação completa

    20/9 – Sesc Vila Mariana

    19h-19h30
    Boas vindas e abertura institucional, com MC Midria, poeta, slammer, cientista social e mestranda em antropologia social.

    19h30-20h30
    Palestra de abertura: “Emparedamento escolar, cerceamento urbano e injustiça ambiental: infâncias, direitos e descolonização”, com Lea Tiriba – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO.

    21/9 – Sesc Vila Mariana

    10h-11h30
    Painel 1 – “Desemparedamento da infância: por territórios educativos e cidades educadoras”, com a pedagoga Taís Fróes, articuladora do Movimento Quintais Brincantes e Gersem Baniwa, Diretor-presidente do Centro Indígena de Estudos e Pesquisa (CINEP). Mediação de Gabriela Graça Ferreira, do Sesc SP.

    11h30-12h
    Apresentação sobre o projeto “Lições Globais sobre Espaços Escolares Naturalizados e Educação ao Ar Livre”, com Jaime Zaplatosch Ehrenberg, Líder de inovação, parcerias e captação de recursos da Children & Nature Network.

    14h-15h30
    Painel 2 – “Escolas como espaço de resiliência climática e saúde para as crianças e as cidades”, com a arquiteta e urbanista Carla Roxo, co fundadora do Programa Ribeirão – 3°e arquiteto paisagista, Ko Senda, Professo da Den-En Chofu University, no Japão. Mediação de JP Amaral, Gerente de Meio Ambiente e Clima do Instituto Alana.

    16h-17h30
    Painel 3 – “Políticas públicas para o desemparedamento das infâncias e juventudes”, com o arquiteto e urbanista, Swami Lima, assessor de projetos especiais da Prefeitura de Caruaru (PE) e Emma Cortés, coordenadora do Programa Cidade Brincante, iniciativa do Instituto das Infâncias e Adolescências de Barcelona. Mediação de Jaqueline Moll, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

    17h30-18h30
    Palestra de encerramento – “Fomentando a conexão entre a cultura das infâncias e a resiliência urbana: o caso da iniciativa Playtime in Africa”, com Amowi Phillips, coordenadora da Mmofra Foundation, organização sociedade civil que promove a ligação entre a cultura da infância e a natureza, em Gana.

    22/9 Visitas e oficinas

    Serão organizadas visitas a diferentes projetos, com almoço incluído e traslado feito em ônibus fretados a partir do Sesc Vila Mariana (cada participante pode integrar uma visita, já que ocorrem em paralelo), saindo pela manhã e regressando no fim da tarde:

    Mundo das Crianças e Sesc Jundiaí, em Jundiaí (SP)
    EMEI Dona Leopoldina
    Casa Ubá e Puri Espaço Educativo, espaços alinhados ao Movimento Quintais Brincantes
    Escola Ágora e Oca Escola Cultural
    Sesc Interlagos

    23/9 Visitas e oficinas

    Fábrica das Infâncias Japy e Bosquinho, em Jundiaí (SP)
    Parque Naturalizado Cerradão e Sesc Mogi das Cruzes, em Mogi das Cruzes (SP)
    Parque Natural Municipal Itaim
    Parque Naturalizado Jardim Helena e TiNis do Espaço Alana
    Parque Natural Municipal Fazenda do Carmo e Sesc Itaquera

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