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    A música e sua ‘magia’ que toca memórias, corpos e emoções
    A música encanta e tem o poder de curar (Foto: Clem Onojeghuo/Unsplash)
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    A música está nos nossos corpos e faz parte do imaginário da humanidade desde tempos imemoriais. Em diferentes culturas, por exemplo, o coração é associado ao tambor, que ritma e dá o compasso da vida.

    No seu pulsar, ele mostra como nos sentimos: ansiosos, alegres, tristes ou com raiva.

    O som interno também conversa com as melodias externas e o resultado dessa composição mostra como a música é capaz de afetar o nosso emocional.

    Afinal, quem nunca foi carregado pelas memórias ao som dos primeiros acordes de uma música especial? Ou quem não sentiu mais motivação, mais força ou mais tranquilidade após ouvir a sua canção preferida?

    A música desperta memórias e tonifica o bem-estar. Isso ocorre porque, ao passar pela estrutura física do corpo, como o córtex auditivo e os lobos temporais localizados nos ouvidos, o som chega ao cérebro, é interpretado como música e estimula o sistema límbico, relacionado às emoções, aprendizado e memória. Assim explica o neurologista Mateus Dal Fabbro.

    “A experiência musical estimula a liberação de dopamina, o que normalmente resulta em experiências de prazer e de recompensa. Isso demonstra o papel positivo que a música tem no sentido de melhorar o estado emocional”.

    A música como terapia

    Como musicoterapeuta, Natália Martins depara-se com a relação que as pessoas têm com a música cotidianamente, e conhece muito bem os seus efeitos psíquicos.

    Segundo a especialista, a música como ferramenta terapêutica consegue promover a saúde e o bem-estar. E ela ainda pode ser aliada de outras áreas da saúde, como a fisioterapia e a psicologia.

    A música estimula diferentes áreas do cérebro, promovendo a saúde mental. Ela age na memória, nos movimentos e na linguagem. Então, pode ser um ótimo recurso para a prevenção e para a reabilitação das pessoas”, comenta.

    Ela lembra de um paciente de 90 anos que ficou acamado após contrair chikungunya e tinha os movimentos limitados, além de muitas dores. O idoso não respondia mais à fisioterapia convencional e foi então que a musicoterapia entrou.

    Após usar músicas que faziam parte do repertório do paciente, ele começou a responder aos exercícios e a movimentar-se.

    “As músicas que colocávamos faziam ele lembrar do tempo que ele marchava e acessavam aquelas emoções. Então, o corpo reagiu naturalmente. Antes ele ficava apenas sentado e as músicas ajudaram tanto que ele passou a se levantar. Tivemos resultados incríveis”, relata.

    A cura pode vir pelos sons

    A música é capaz de aflorar e trabalhar as emoções de forma física (Foto: Lee Campbell/Unsplash)

    O neurologista Mateus Dal Fabbro explica que a memória está por trás dos efeitos positivos da música em processos terapêuticos. E esses efeitos valem tanto para questões físicas quanto para quadros relacionados à saúde mental.

    “Se você expõe as pessoas a músicas que trazem felicidade para elas, isso altera o estado emocional. O uso desse recurso terapêutico de uma maneira sistemática, em protocolos que já foram estabelecidos, podem levar a uma melhora desse estado e servir como tratamento auxiliar de condições como depressão e ansiedade, com garantia de bons resultados”, explica.

    Segundo ele, condições como dores crônicas e quadros neurodegenerativos, como demência e Parkinson, também são atenuados com o uso da musicoterapia.

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    Música e regulação emocional

    Natália explica também que a música ajuda a revelar um pouco do estado emocional das pessoas. Ela destaca ainda que, intuitivamente, elas acabam usando a música como um recurso de regulação emocional.

    Isso ocorre quando, por exemplo, ficamos tristes e damos play naquela música que gostamos muito, que nos conforta ou que também é triste. O mesmo ocorre quando estamos mais felizes e ouvimos aquela música que combina com o que estamos sentindo.

    Para ela, isso ocorre porque a música promove uma conexão com o subjetivo e o pessoal. Nesse processo, as canções têm o poder de passar uma mensagem, como uma expressão que conecta o som ao sentimento.

    O neurologista mostra que a conexão tem relação com a vivência musical e o significado que as canções têm para cada um. “A mesma música vai despertar reações diferentes em pessoas diferentes. Isso envolve a experiência e a vivência de cada um, inclusive as diferenças culturais”, diz.

    Quando não conseguir falar, cante

    Esse é o conselho que Natália traz. Segundo ela, a prática de cantar permite expressar o que não se consegue fazer com a fala. “Muitas vezes, nós não conseguimos dizer, mas a música tem esse poder de comunicar sentimentos complexos.”

    Não é preciso se preocupar com cantar bem ou mal. A ideia é colocar o corpo para expressar o que o coração está sentindo. Ela afirma que isso pode-se fazer isso até com um simples “lalala”. Cantar o próprio nome também é um exercício válido.

    Além disso, cantar também traz efeitos positivos ao estimular diferentes regiões do cérebro, o que é bom para o órgão e para a saúde do organismo como um todo, destaca Mateus.

    “Atividades motoras e não motoras, a leitura, o acesso à arte e à música – ouvir música e praticar música, se possível – estimula o desenvolvimento de diversas áreas cerebrais que certamente serão úteis ao longo do tempo. Perdemos neurônios com o envelhecimento, e isso um dia pode fazer falta. Mas se você tem áreas muito desenvolvidas no cérebro, provavelmente vai demorar mais tempo para você sentir, do ponto de vista clínico, essas deficiências”, conclui o neurologista.

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