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    Por que as finanças são motivo de divórcio de tantos casais?
    brizmaker
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    O casamento, a união estável, o namoro ou qualquer outra relação romântica parte do pressuposto de que duas pessoas escolhem compartilhar a vida juntos. Por mais simples e romântico que pareça essa decisão, hoje muitos compreendem que o amor, sozinho, não sustenha um relacionamento. Parentalidade, carreira e finanças entram no caminho e estão entre alguns dos principais motivos que desencadeiam uma separação.

    Finanças é um dos principais motivos de divórcio

    Para mulheres casadas, a falta de dinheiro ou controle financeiro total por parte do parceiro ocupa um dos maiores motivos de brigas entre casais, mais até do que ciúmes ou divisão de tarefas domésticas. É o que aponta um estudo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

    Já uma pesquisa do IBGE de 2018 mostrou que a problemas financeiros é a causa de quase 60% dos divórcios no Brasil. Um dos principais motivos para isso acontecer é a falta de comunicação sobre finanças entre o casal, isso porque o diálogo aberto sobre o assunto desempenha um papel crucial na saúde e estabilidade dos relacionamentos, como explica Emerson Santos, educador financeiro e consultor empresarial.

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    Maiores problemas financeiros de um casal

    Existe uma série de dilemas financeiros que um casal pode enfrentar. Entre os mais comuns estão desigualdade de renda, dívidas acumuladas, e dificuldade em estabelecer metas financeiras compartilhadas.

    “Além disso, gastos impulsivos, falta de planejamento financeiro conjunto e pressões externas também podem criar tensões em relacionamentos”, acrescenta o consultor.

    Já a advogada especialista em planejamento patrimonial, Laísa Santos, relata outro problema de finanças comum que enxerga em sua atuação: a diferença de prioridades financeiras, ou seja, quando os parceiros possuem perspectivas diferentes sobre como gastar, economizar e investir.

    Saber ouvir é essencial

    Divergências sobre finanças podem acarretar brigas e, consequentemente, uma separação e, por isso, é importante manter uma boa comunicação com seu par romântico.

    “Ao discutir abertamente questões financeiras, os parceiros podem construir confiança mútua, alinhar seus objetivos de longo prazo e resolver conflitos antes que se tornem problemas maiores”, esclarece o consultor.

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    No aspecto legal, a advogada Laisa explica algumas formas de se proteger financeiramente em um relacionamento. “Existem várias medidas legais que os casais podem tomar. A escolha do regime de bens antes do casamento ou da constituição da união estável é, sem sombra de dúvidas, a medida mais adequada para proteger os interesses financeiros de ambos os parceiros”, explica.

    Além disso, a profissional elucida que também é possível a elaboração de pacto pré ou pós-nupcial, e a realização de um planejamento patrimonial e sucessório, um instrumento legal que ajuda a assegurar aos cônjuges a preservação do patrimônio construído, mesmo em caso de separação ou falecimento.

    Por onde começar a organizar finanças de casal?

    Para garantir que a comunicação funcione, os profissionais dão algumas orientações.

    Não deixar para depois

    É importante ter um momento adequado apenas para discutir questões financeiras. Estabeleçam metas financeiras compartilhadas e, principalmente, pratiquem a escuta ativa, ouvindo atentamente as preocupações, perspectivas e objetivos do outro.

    Aplicativos podem ajudar

    Atualmente, a internet já possui ferramentas que podem facilitar essa divisão. Dois exemplos são o Splitwise, que funciona como uma planilha de gastos, em formato de aplicativo para o celular, e o Noh, que é uma conta conjunta digital, onde ambos mandam o dinheiro e pagam as contas de uma vez só.

    Uma forma que o casal pode dividir é pela junção de ambas as receitas. Pagam-se as despesas essenciais da casa com a junção (Aluguel, Carro, Luz, Água), e deixa separado um valor, para a realização de objetivos individuais. Também pode ser levado em consideração uma divisão proporcional com o quanto cada um recebe.

    A base de tudo: honestidade e cumplicidade

    A importância da divisão e da comunicação sincera, sem esconder gastos do parceiro, além de relatar incômodos, é garantir que a má divisão de dinheiro não gere ressentimentos em nenhuma das partes.

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