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    Como esticar o salário até o fim do mês de forma inteligente
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    Fazer o salário durar 30 dias parece algo impossível. Não à toa, esse é um dos principais desafios dos brasileiros. A falta de organização financeira acaba fazendo com que muita gente gaste tudo no mesmo dia em que recebe.

    Mas, é possível fazer um diagnóstico dos gastos e, a partir daí, traçar um plano para sair do vermelho e frear os gastos do cartão de crédito. Confira dicas e saiba como esticar o salário até o fim do mês.

    Dicas para fazer o salário durar até o fim do mês

    De acordo com a pesquisa Perfil e Comportamento Do Endividamento Brasileiro 2023, realizada pelo Serasa, 85% dos brasileiros passaram por pelo menos uma situação de desequilíbrio financeiro nos últimos 12 meses. E, desse total, 21% gastaram mais do que pretendiam no mês. 

    Na maioria das vezes, isso acontece pela falta de planejamento financeiro, já que as pessoas acabam perdendo totalmente o controle das contas e gastando mais do que deveriam. 

    Desse modo, muitos acabam se enrolando com cartão de crédito, usando o cheque especial e até pedindo empréstimos para tentar se manter até o final do mês. Esse tipo de “suporte”, no entanto, pode acabar afundando ainda mais a vida financeira. 

    Para mudar isso, separamos algumas ideias que vão te ajudar a sair do vermelho e esticar o salário até o fim do mês.

    Leia mais: Nath Finanças traz educação financeira para pessoas reais

    1 – Organize os gastos mensais

    O primeiro passo para esticar o salário até o fim do mês é colocar a vida financeira em ordem através de um diagnóstico dos gastos para saber exatamente qual é o gasto fixo mensal.

    Segundo Thiago Martello, educador financeiro e fundador da Martello Educação Financeira, muitas pessoas acham que sabem o quanto gastam por mês, mas quando buscam ajuda, descobrem que o valor chega a ser o triplo do que imaginavam.

     “É preciso que haja uma consciência e um nivelamento entre o que a pessoa acha que gasta e o que ela realmente gasta”, alerta o especialista. 

    Por esse motivo, o Thiago sugere que seja feito um diagnóstico sobre os hábitos de consumo e uma planilha de gastos para saber como a renda deve ser distribuída e se é possível poupar.

    2 – Não negligencie pequenos valores

    Você certamente já ouviu aquele ditado: “De grão em grão a galinha enche o papo”. E para falar sobre finanças, ele poderia ser transformado em: “De real em real o dinheiro acaba ou a fatura do cartão cresce”. 

    Muitas vezes, as pessoas acabam negligenciando pequenos gastos, como R$10 em uma corrida de aplicativo, por exemplo, que num primeiro momento parece insignificante, mas podem estar fazendo com que o seu dinheiro vá pelo ralo, sem que você perceba,

    “O ponto é que quando a gente junta R$5 dali, R$10 daqui, R$20 dali, R$40 de lá, dá um montante significativo no final do mês”, afirma Thiago. 

    Portanto, é essencial prestar atenção nos pequenos valores, para não deixar a permissividade tomar conta e, consequentemente, perder o controle dos gastos. 

    3 – Atenção às idas ao supermercado

    A pesquisa realizada pelo Serasa também revelou que o maior gasto dos consumidores nos últimos 12 meses foi com supermercado. 

    De acordo com Martello, isso acontece porque existem estratégias para fazer com que uma pessoa gaste mais do que o planejado quando sai para encher a despensa. 

    “Existem coisas que a gente nem lembra que existem no dia a dia. Agora, se a gente for ao mercado e olhar para ela, dá vontade, dá desejo, e acabamos comprando”, afirma o especialista em finanças. 

    Por isso, é necessário haver um planejamento antes de ir ao supermercado e também vale avaliar qual a melhor periodicidade para fazer compras. 

    Compras mensais ou semanais: o que é melhor?

    Para responder a essa pergunta é preciso analisar o comportamento de consumo e a renda de cada um. 

    Por exemplo, uma família que tem uma renda fixa e um dia certo para receber, pode realizar uma compra mensal sem problemas. Mas, se a renda for variável e o pagamento também, é mais inteligente fazer compras semanais, seguindo à risca o que está na lista. 

    Outro ponto a ser analisado é o transporte: se a pessoa tiver um carro próprio, a compra de mês pode ser uma ótima opção, mas se ela depende do transporte público, o melhor é comprar em menor quantidade para poder levar para casa sem gastar com o frete. Ou seja, nesse caso, a melhor opção é a compra semanal.

    Além disso, a validade do produto também influencia. No caso de frutas, verduras e legumes, que estragam mais rapidamente, o mais inteligente é fazer compras semanais, sem exagerar na quantidade para evitar o desperdício. 

    Assim, o mais indicado seria realizar uma compra de mês de alimentos e produtos não-perecíveis, ou que possuem uma data de validade maior, e se planejar para comprar os que vencem mais rápido a cada semana. 

    “Quanto mais as pessoas forem ao supermercado, mais elas irão gastar, porque além de comprarem o que precisam, também vão comprar por impulso coisas que não precisam. Ou seja, quanto mais espaçada for uma compra da outra, menos dinheiro será gasto”, ressalta Thiago. 

    Saiba mais: Liberte-se de gastos desnecessários

    4 – Cozinhe em casa

    Além de ser muito melhor para a saúde, comer uma comida caseira também é mais saudável para o bolso.

    Pedir uma pizza em uma sexta-feira à noite ou para celebrar uma ocasião especial é completamente normal, mas os gastos frequentes com delivery têm crescido cada vez mais e eles podem causar um endividamento dos grandes. 

    Um levantamento realizado pela fintech Noh, revelou que os casais gastam quase 10% do orçamento conjunto em aplicativos de comida.

    Para diminuir esse gasto excessivo, o mais indicado é cozinhar em casa e usar os apps de delivery esporadicamente. Desta forma, você evita gastos exorbitantes, aproveita para reunir a família na cozinha e evita perder os alimentos que já estão na geladeira. No fim do mês, isso fará uma diferença e tanto no orçamento. 

    5 – Adeque o limite do seu cartão de crédito

    A pesquisa do Serasa ainda mostra que o cartão de crédito é o principal tipo de dívida entre os brasileiros. 

    Isso acontece porque ele é usado de forma errônea. De acordo com Martello, o cartão foi criado para ser um facilitador de pagamento e, se for usado desta maneira, ele até ajuda no controle de gastos.

    Mas a realidade é bem diferente. Hoje em dia as pessoas acabam se enrolando com parcelas e os altos valores das faturas, porque têm limites que não condizem com a sua renda. 

    Por exemplo, uma pessoa que ganha um salário de R$5.000, não pode ter um limite igual ou maior que esse valor. 

    De acordo com Martello, a “fórmula” para saber o limite máximo do cartão é a seguinte:  tudo o que entra de dinheiro – os gastos fixo = o máximo do limite do cartão de crédito. 

    6 – Desinstale aplicativos do celular que te fazem gastar

    Se você tem problemas com finanças, alguns aplicativos de compras podem ser uma verdadeira armadilha para comprometer o orçamento.

    Geralmente, esses aplicativos já têm cartões cadastrados e, por um impulso, com apenas 1 click, a compra está feita. 

    Por isso, o ideal é não deixar nenhum cartão cadastrado nas lojas online, ou até mesmo desinstalar esses aplicativos do celular, para evitar gastos desnecessários. 

    7 – Venda coisas que você não usa mais

    Uma ótima saída para conseguir se manter nos últimos dias do mês, quando o salário já está no fim, é vender aquelas coisas que estão paradas há tempos. 

    Todo mundo tem várias coisas que não usa mais, como roupa, eletrodomésticos, brinquedos, móveis. E aquilo que não tem mais utilidade para você, pode servir para outras pessoas. 

    Então, é possível juntar a família para separar alguns itens e colocá-los para vender na internet ou, no caso das roupas, em brechós. Essa grana extra pode ser uma grande carta na manga para esticar o salário até o fim do mês.  

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