Para algumas pessoas, a casa dos avós é um espaço com cheiro de comida gostosa, novela ligada na televisão e linhas de costura espalhadas em todos os cômodos. Para outras, um lugar de gargalhadas em alto volume, álbuns de fotografias antigas e mesas de almoço de domingo, capazes de reunir os primos mais distantes. Tem quem more lá e tem quem vá apenas de visita, voltando para casa sempre com uma sacola cheia de potes com refeições para o resto da semana.
Cada pessoa tem suas lembranças da casa dos avós, um espaço onde são construídas múltiplas memórias afetivas. Porém, as paredes, os móveis, os sons e os cheiros não teriam tanto significado se não fossem seus moradores. Avós e avôs, em suas mais diversas formas, são pessoas que merecem ter a existência celebrada, mesmo aqueles que já se foram – afinal, permanecem eternizados nos corações dos netos.
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Por isso, dia 26 de julho é comemorado o Dia dos Avós. A responsável pela criação da data foi uma senhora portuguesa, dona Aninhas, avó de quatro netas e dois netos. Missionária da causa pela valorização dos avós, dona Aninhas se esforçou para que houvesse um dia especial que homenageasse essas pessoas tão cheias de histórias para contar. A escolha da data tem origem religiosa, pois trata-se do Dia de São Joaquim e Santa Ana, pais de Maria e avós de Jesus.
Pensando em celebrar essa data que nos traz tantas memórias bonitas, confira 5 livros infantis que trazem como personagens vovôs e vovós, seja em poesia, seja em prosa.
A casa do meu avô, de Ricardo Azevedo
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Com uma narrativa bem-humorada e envolvente, os poemas deste livro convidam o pequeno leitor para conhecer personagens inusitados que transitam pela casa do avô. O jardineiro português, o cão Dengoso, o tio biruta Nená, a fada feiticeira – que é a cozinheira Geralda – e muitas outras. Tudo isso acompanhado de ilustrações feitas pelo próprio autor em tons suaves e traços simples.
Duas vezes pai, de Telma Guimarães
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Júlio não tem pai, mas encontra no avô um companheiro para dividir os diversos momentos da vida: os jogos de futebol, a ajuda na lição de casa e a hora de contar histórias. Por esse motivo, o menino chama o avô de pai – afinal, avôs são pais duas vezes. Um livro emocionante, que mostra que o amor define as relações verdadeiras, não importa o nome que damos a elas.
Olhando para dentro, de Alina Perlman
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Fernando fica revoltado quando descobre que o avô vai morar na mesma casa que ele, com sua família. Pior ainda: vai dividir o quarto com ele! Porém, esse incômodo aos poucos vai deixando de existir, quando os dois começam a se aproximar. Conforme os dias passam, o avô vai conquistando o neto e, juntos, passam a gravar as memórias do idoso, registrando suas impressões sobre a vida.
Seu Tatá, o distraído, de Fernanda Lopes de Almeida
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Seu Tatá é um professor aposentado de história natural, considerado doido pelos vizinhos: é um velhinho tão distraído, que anda com um ninho de passarinhos no chapéu. Para seus netos, entretanto, ele é a pessoa mais incrível do mundo. Quando visitam o avô, aproveitam para fazer tudo o que querem em sua companhia.
A lua cheia na casa sonolenta, de Audrey e Don Wood
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Esta é a continuação A casa sonolenta, livro apreciado ao longo de gerações. Em A lua cheia na casa sonolenta, os leitores encontrarão histórias de ninar perfeitas para uma leitura compartilhada em noites de lua cheia.
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Talita Dias Fagundes é graduada em Pedagogia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, com habilitação em Gestão Escolar. Especialista em Relações interpessoais na escola e construção da autonomia moral, em Alfabetização e em Literatura no contexto escolar. Gerente da área de Didático e Literatura da Somos Educação.
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