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    Brasileira vence “Nobel da Moda” ao criar fibra têxtil sustentável
    Divulgação
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    Thamires Pontes é paraibana, da cidade de João Pessoa, lugar onde – dizem – o sol nasce primeiro. Moradora da cidade de São Paulo há nove anos, ela é CEO da startup PhycoLabs, além de estilista e mestre em Têxtil e Moda pela Universidade de São Paulo (USP). Determinada, com um foco na diversidade, sustentabilidade ambiental e no desenvolvimento de inovação na indústria têxtil, Pontes conquistou, no mês de junho, o “Nobel da Moda.” A premiação é promovida pela Fundação H&M e seu projeto consistiu em uma fibra têxtil de algas marinhas.

    “Eu queria desenvolver fibras novas, porque a matéria-prima dos tecidos que utilizados é a mesma desde a II Guerra Mundial”, destaca a pesquisadora sobre a necessidade de inovação no setor. Seu estudo na USP é justamente a criação de uma nova fibra sustentável e adequada aos padrões de ESG. Thamires desenvolveu uma fibra a partir de algas marinhas presentes no litoral brasileiro. 

    A pesquisa foi tão importante que venceu o prêmio Global Change Award 2023 pelo projeto “PhycoFiber, desbloqueando a revolução das algas rumo a uma indústria da moda regenerativa“. Agora, os próximos passos da estilista é mostrar para a indústria têxtil que a sustentabilidade precisa ser a pauta principal em toda a cadeia de produção.

    Thamires Pontes durante a cerimônia de premiação do Global Change Award em Estocolmo, na Suécia. Foto: Divulgação

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    Entusiasta das novas maneiras de gerir negócios e produzir na indústria têxtil, Thamires Pontes explica que sua preocupação ambiental está presente desde o início da carreira. Isso porque o setor é responsável por 10% das emissões de gases do efeito estuda e 24% do uso de pesticidas e inseticidas. Além disso, 35% dos microplásticos presentes nos oceanos são resultado da lavagem de nossas roupas.

    O desenvolvimento de uma fibra têxtil a partir das algas marinhas não é só o produto de um esforço para inovar a indústria, mas também de preservar o planeta. Thamires, que é uma defensora da Economia Azul, busca com essa iniciativa poder dinamizar o setor e levá-lo a um caminho ecológico.

    Assim, ela busca contribuir para o equilíbrio e crescimento econômico ao lado da preservação dos ecossistemas marinhos. Há uma preocupação com a proteção da biodiversidade, a prevenção da poluição e a gestão sustentável dos recursos hídricos.

    Além de ser uma matéria-prima [as algas] barata com alta taxa de crescimento, ela pode nos oferecer produtos que substituem os que são feitos hoje com derivados do petróleo.” Segundo a pesquisadora, se 9% do território do oceano for utilizado para a criação de fazendas de algas, os benefícios serão ainda maiores. “Conseguiríamos absorver a mesma quantidade gases de efeito estufa que lançamos na atmosfera em um ano”, enfatiza.

    Fibra de alga desenvolvida por Thamires durante o mestrado na USP. Foto: Divulgação

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    Construindo um novo mundo a partir da sustentabilidade

    Em cada roupa que possuímos há pequenas etiquetas com informações sobre a composição do tecido e orientações sobre como lavá-lo. Lá, você já deve ter visto nomes como poliéster, nylon, acrílico e elastano. Todas essas fibras têm fabricação a partir de derivados do petróleo. O recurso, além de não renovável, também é responsável por parte da poluição atmosférica.

    A pesquisa de Thamires, por outro lado, busca  tornar essas fibras obsoletas e mostrar que é possível produzir diferentes itens têxteis a partir do desenvolvimento da fibra de algas marinhas. “Nossos esforços é que a fibra tenha apenas alga em sua composição, embora a gente possa utilizar em conjunto com o algodão”, explica. No entanto, ela conta que tudo depende de algumas variáveis, como o tipo do fio e o modelo do tecido, além da aplicação. Um saco de batatas com fibra de algas precisa ser bem mais resistente do que uma camisa, por exemplo.

    Além do projeto, a pesquisadora também defende uma maior relação com famílias e mulheres caiçaras no litoral brasileiro. A ideia é que a produção de uma fibra desse tipo possa fomentar a economia local de comunidades afetadas pelas mudanças climáticas. “Quando a gente fala em sustentabilidade, não é apenas ser sustentável econômica e ambientalmente, entra também a diversidade e o empoderamento feminino”, esclarece.

    Thamires durante uma coleta de algas na cidade de Paraty, no Rio de Janeiro. Foto: Arquivo pessoal

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