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    Por que o café está com o preço tão amargo?
    Foto: unsplash
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    Nos últimos tempos, o café teve um aumento significativo do preço. Bebida símbolo dos brasileiros, subiu mais de 40% em um ano, preocupando quem não vive sem o cafezinho durante o dia. Nem que seja para marcar aquele social.

    Mudanças climáticas e outros fatores internacionais levam a esse aumento. E os impactos vão muito além do bolso. Afinal, em nosso país, a bebida tem um papel que ultrapassa a sua simples ingestão.

    Por que o café está tão caro?

    “Em relação à alta do café, temos como o principal fator as secas ocorridas nas principais regiões produtoras como o Estado de Minas Gerais e Espírito Santo que compõem o efetivo da produção nacional”, explica Ricardo Montandon, diretor financeiro no Grupo Exodus, de gestão tributária.

    Como consequência das secas, as regiões tiveram uma queda de aproximadamente 10,5% em sua produtividade, reduzindo assim a oferta do produto.

    Segundo Montandon, outro fator é o aumento do consumo mundial do produto. A alta do dólar é um fator que torna atrativo para o produtor exportar os grãos. “E também existem os incentivos do produto a exportação, por exemplo a isenção de impostos federais e estaduais como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)”, pontua o economista.

    Atrelado a todos esses fatores, os custos de produção do café também aumentam ano a ano, por fatores como a mão-de-obra, maquinário – que também sobe com a alta do dólar – e transporte – que se intensificam com a alta dos combustíveis. “São várias despesas que vão aumentando, ficando impossível para o produtor não repassar no preço do produto”, completa Ricardo.

    Há previsão de melhoras?

    Segundo o especialista, com a introdução de novas tecnologias e novas maneiras de cultivo, poderíamos ter um equilíbrio na oferta e evitar novos recordes de preços no café.

    Mas vale ressaltar que os fatores climáticos ainda são um desafio a ser superado para manter realmente uma regularidade neste mercado.

    “Talvez a maior conclusão que podemos ter, que não só o café, mas todas as commodities de alimentação em geral, apresentarão altas históricas em função das alterações climáticas por conta das secas, chuvas intensas e alterações de temperaturas a qual ocasionem quebras de safras e outras situações a qual gerem escassez desses produtos, elevando o preço para o consumidor final”, conclui Ricardo.

    Muito além da bebida

    Além da sua relevância na economia e na socialização, o café tem um papel forte na identidade do Brasil. “Ele aparece em músicas, literatura e até na linguagem cotidiana. Por exemplo, ninguém acorda pela manhã e diz, vou tomar meu desjejum. E, sim, acordamos e falamos, ‘vou tomar meu café”, ressalta Mônica.

    Dessa forma, a bebida virou sinônimo dessa primeira refeição do dia. E outras expressões como “vamos tomar um café” muitas vezes significa mais do que apenas o ato de tomar a bebida, mas, sim, criar um espaço para compartilhar experiências, conversas e interação.

    “O café também reflete a diversidade do país. Ele pode variar de um simples cafezinho coado, até experiências gastronômicas sofisticadas em cafeterias especializadas. É um produto, com enorme capacidade de adaptação, tanto de gosto, com diversos estilos, como momentos”, completa.

    Além disso, a cadeia produtiva do café envolve milhões de trabalhadores, contribuindo para a geração de empregos e o desenvolvimento de regiões em todo o país.

    Café, nosso melhor amigo

    No Brasil, o cafezinho vai muito além de uma simples bebida. Ele é um gesto de hospitalidade e acolhimento, além de gera momentos de descontração e socialização.

    “Em casa, oferecer um café a uma visita é um sinal de carinho, boa vontade. Já no ambiente de trabalho, ele funciona como um momento de pausa, incentivando conversas, fortalecendo o senso de equipe. Entre amigos, tomar café pode ser um pretexto para encontros e bate-papo”, exemplifica Mônica.

    Para a especialista, o café, por muitas vezes, é o que inicia ou prolonga momentos de interação, criando e fortalecendo conexões, tornando-se um elemento fundamental da cultura social brasileira e do nosso dia a dia.

    História do café no Brasil

    Não é de hoje que o café se tornou um queridinho dos brasileiros. Mônica Pinto, nutricionista e gerente de projetos da ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café) explica que o café chegou ao Brasil no século 18 e rapidamente se tornou um dos principais motores da economia do nosso país.

    “Durante o século 19 e início do século 20, o país se consolidou como o maior produtor mundial de café, o que teve um impacto profundo na sociedade, na política e na cultura brasileira”, aponta a especialista.

    Dessa forma, a economia cafeeira impulsionou o desenvolvimento de cidades, infraestruturas e atraiu imigrantes europeus para trabalhar nas lavouras do Brasil. “E o café se enraizou tanto no nosso cotidiano que passou a ser um símbolo nacional, presente em todas as classes sociais e em diversos momentos do dia”, completa.

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