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    Cheiros que nos trazem lembranças: por que temos memória olfativa?
    Richárd Ecsedi
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    Comida de vó. A refeição preferida da infância. O perfume que é marca registrada de um antigo amigo. Os cheiros têm a capacidade de nos transportar para memórias, momentos históricos da vida pessoal e acessar lugares especiais do cérebro. A memória olfativa, como é conhecida, exerce uma grande importância ao longo do desenvolvimento cerebral e pode ser útil em atividades terapêuticas.

    Como funciona a memória olfativa?

    Segundo Daniela Khouri, neurologista da Conexa, a memória olfativa ocorre especialmente por meio da atividade dos neurônios olfativos, impulsionados por uma substância estimulante. Isso altera a membrana sensorial olfativa. Assim, formam-se potenciais de ação ou impulsos nervosos.

    Em resumo, os estímulos sensoriais são enviados dos receptores até o cérebro por meio de feixes de axônios curtos, que são prolongamentos únicos especializados na condução de impulsos e transmitem informações do neurônio para outras células.

    Os axônios enviam os sinais olfatórios para diferentes áreas cerebrais, especialmente nas partes que compõem o sistema límbico, associado às emoções, aprendizagem e memória. Por isso, os cheiros possuem uma grande capacidade de recuperar lembranças, sejam elas positivas ou não.

    Estudos da Universidade Rockefeller revelaram que as pessoas lembram de 35% do que cheiram, em comparação com apenas 5% do que veem, 2% do que ouvem e 1% do que tocam. Além disso, a pesquisa mostrou que podemos lembrar de um cheiro com 65% de precisão mesmo após um ano.

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    Por que a memória olfativa é diferente?

    Os cheiros passam por uma espécie de triagem em duas cavidades nasais separadas pelo septo e chamadas de ‘fossas’. É nessa região que as células sensoriais ficam alocadas. Elas derivam do sistema nervoso central e se ligam a uma região chamada de bulbo olfatório por meio de feixes nervosos.

    “As substâncias olfativas devem ser voláteis, para que possam penetrar nas fossas nasais com o ar inspirado, mas também solúveis em água, para ultrapassar o muco atingindo as células olfatórias, assim como solúveis em lipídios para entrar em contato com os cílios e membranas das células sensoriais que contêm gorduras”, explica Daniela Khouri.

    Uma simulação do sistema olfativo. Vídeo: Design Cells/iStock

    O que explica as emoções provocadas pela memória olfativa?

    A transmissão das informações olfativas até o chamado “bulbo olfatório” provoca, também, uma ativação de diferentes áreas do cérebro. Entre elas, o Sistema Límbico Diencefálico. “Ele se caracteriza por ser o circuito neuronal relacionado às respostas emocionais e aos impulsos motivacionais“, explica Daniela Khouri.

    A estimulação olfatória pode ativar o sistema límbico, que por sua vez influencia o Sistema Nervoso Autônomo. Essa parte do sistema nervoso pode funcionar sem nossa consciência, o que significa que um estímulo olfativo pode desencadear reações sem que reconheçamos sua origem.

    As memórias olfativas podem também ser úteis no tratamento complementar de distúrbios mentais, se associadas à psicoterapia, medicamentos e atividade física. “O olfato tem conexões com estruturas neurais responsáveis pela modulação do humor e também da sua reação a situações de estresse. Sendo, portanto, útil para o tratamento coadjuvante de alguns transtornos mentais”, destaca a neurologista.

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