A osteoporose é a diminuição da densidade e deterioração da estrutura óssea, o que torna os ossos frágeis e suscetíveis a fraturas. Normalmente, ocorre quando o processo de formação óssea não consegue acompanhar a taxa de perda. No entanto, o acompanhamento médico frequente e a adoção de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e exercícios físicos, podem prevenir ou retardar o surgimento da doença.
Embora seja comum a todas as pessoas, a condição é mais frequente em mulheres após a menopausa. Isso acontece devido à diminuição dos níveis de estrogênio, um hormônio que desempenha um papel importante na manutenção da densidade óssea.
Embora seja mais presente na população idosa, pode acometer pessoas de todas as idades, especialmente aquelas com deficiências nutricionais, baixa atividade física, histórico familiar da doença ou uso prolongado de certos medicamentos, como corticosteroides.
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A osteoporose é uma “doença silenciosa”
A osteoporose muitas vezes é chamada de “doença silenciosa” porque pode progredir sem sintomas evidentes até que ocorra uma fratura. O diagnóstico geralmente é feito por meio de exames de densitometria óssea, que medem a densidade mineral dos ossos. O teste permite uma estimativa rápida da quantidade de cálcio presente nos ossos, possibilitando a identificação precoce da doença. Esse procedimento faz uso de máquinas que emitem raios-X duplos, que captam imagens do esqueleto a partir de ângulos diferentes.
O exame ajuda a diferenciar se os ossos estão saudáveis, em um quadro de osteopenia ou osteoporose. Diferente da doença, a osteopenia é uma condição na qual a densidade óssea está abaixo do normal, mas não o suficiente para ser classificada como osteoporose, embora já acenda um alerta importante.
De acordo com o Ministério da Saúde, 1 em cada 3 mulheres e 1 em 5 homens com 50 anos ou mais sofrerá uma fratura por fragilidade óssea. A fratura de quadril nas mulheres é mais comum que o câncer de mama, e nos homens é mais comum que o câncer de próstata, explica a pasta. No Brasil, elas devem dobrar até o ano de 2050, saindo de 50 mil para 199 mil casos anuais. Os dados foram publicados em um estudo internacional disponível no periódico Journal of Bone and Mineral Research.
Os pesquisadores analisaram conjuntos de dados de pacientes com 50 anos ou mais de 19 nações, durante o intervalo de tempo entre 2005 e 2018. O principal fator para o crescimento dos casos, no entanto, é o envelhecimento da população.
Fatores de risco
Entre os fatores que aumentam o risco de desenvolver osteoporose, estão condições médicas como diabetes e distúrbios da tireoide, deficiência de cálcio e vitamina D, uso de certos medicamentos e comportamentos prejudiciais como tabagismo, consumo excessivo de álcool, falta de exercício físico e uma dieta inadequada. “Em essência, os fatores são deficiência alimentar, falta de exercícios físicos e envelhecimento após a menopausa”, explica o médico ortopedista Maurício Martelletto.
Quando a osteoporose já está presente, existem medicamentos que auxiliam na manutenção da densidade óssea.
Hábitos simples que previnem a osteoporose
Embora a doença seja comum em pessoas idosas, a prevenção tem início ainda na adolescência, por meio de hábitos simples e comuns.
Maurício Martelletto explica que atividades físicas, alimentação saudável e o distanciamento de vícios, como o tabagismo, são fundamentais para prevenir a doença. Além disso, há nutrientes e vitaminas essenciais para o fortalecimento da massa óssea.
- Uma alimentação adequada, rica em cálcio e vitamina D, juntamente com exercícios físicos, especialmente os que promovem o fortalecimento muscular e o equilíbrio, ajudam a prevenir a perda óssea;
- Consultas regulares com um médico permitem monitorar a saúde óssea, assim como identificar fatores de risco que ajudam a tomar medidas preventivas;
- A vitamina D, presente nos alimentos ricos em gordura, desempenha um papel crucial no equilíbrio de cálcio e no metabolismo ósseo. Em geral, qualquer fator que influencie a nutrição do organismo também impacta os ossos de maneira significativa;
- Evite vícios como o tabagismo ou alcoolismo. “Além disso, o consumo desenfreado de refrigerantes, alimentos ultraprocessados, fastfood, junkfood, metais pesados e todos os alimentos que causarem desequilíbrio da flora intestinal podem prejudicar a saúde óssea”, diz Maurício Martelletto.
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