Leitura de mão: uma arte milenar para o autoconhecimento

Uma pessoa mais emocional, que leva a sério a pesquisa e o conhecimento, com certa dificuldade de impor limites e com uma autocrítica elevada. Essa descrição certeira sobre mim não veio de um amigo que me conhece há anos. Ela chegou por meio de uma quiróloga, que fez a leitura de mão com apenas as fotos das minhas mãos e com quem eu nunca tinha conversado antes. Durante uma sessão com a terapeuta Flávia Pereira Silva, revi aspectos fundamentais da minha personalidade e descobri que tenho um “mapa” da minha vida nas linhas que cruzam as minhas palmas.

Ela me contou que teve contato com o estudo das mãos ainda na adolescência, aos 15 anos. Sua vida, entretanto, seguiu outro rumo. Formou-se em educação física, o que a levou à ginástica, que a levou à yoga e, por fim, ao conhecimento ayurvédico. Foi aí que descobriu um ramo de estudos direcionados às mãos, a quirologia.

Diferentemente da quiromancia (a vertente mais conhecida da leitura das mãos), a quirologia não busca adivinhar o futuro da pessoa. O estudo é voltado para o entendimento do ser, e suas conclusões são baseadas em séculos de saberes estruturados por povos orientais, mas também gregos e romanos. “Eu gosto de desmistificar porque, para atuar nessa área, são precisos muitos estudos, e a quirologia é mais uma ferramenta para o autoconhecimento”, conta.

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Longe disso. Flávia explica que as linhas são tendências, que podem se alterar conforme as escolhas e o momento de vida de cada um. A partir de três linhas principais, – vida, cabeça e coração – é possível perceber traumas, fatores afetivos e emocionais, além da saúde e trajetória de vida. “É como a escavação de um túnel para uma direção. Se você começar a cavar para outra direção, as linhas mudam também.”

Por outro lado, os montes (as partes mais protuberantes das palmas) são imutáveis. O formato das mãos e das unhas também. Esses três conjuntos ajudam a descrever nossas forças, talentos e arquétipos, que são nossas ferramentas para agir na vida. Dependendo das nossas características, é possível desenhar a personalidade, o caráter e os padrões emocionais e mentais. “Somos como um quebra-cabeça. Algumas características se somam, outras se equilibram”, explica. Afinal, quanto de nós não está em nossas mãos?

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@flavianamasteoficial

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