Desânimo no trabalho não  é fraqueza

É um sinal importante de inteligência emocional

Você já sentiu aquele peso logo pela manhã ao abrir a agenda? Uma sensação de que talvez falte energia para encarar o dia, mesmo quando tudo parece estar no lugar? Durante muito tempo, esse desânimo foi visto como preguiça ou fuga. Mas pode ser, na verdade, o corpo enviando um alerta sutil: algo precisa mudar.

Existe uma sabedoria interna que percebe quando estamos desperdiçando energia em algo que não faz mais sentido.  É o corpo tentando preservar nossos limites e proteger nossa saúde emocional.

Às vezes, o desânimo aparece mesmo quando tudo parece perfeito por fora: bons líderes, boa empresa, processos estruturados. Mas o que antes motivava, agora esgota. E isso não é falha, é sinal de transformação interna.

A palavra "desânimo" vem do latim "desanimus", que significa "negação da alma". É a mente e o corpo sinalizando uma desconexão profunda, um alerta que algo está desalinhado.

Reconheça os sinais: - Sentir que você entrega muito, mas sem a motivação de antes; - Tudo parece urgente, mas pouco faz sentido; - Você mudou internamente, mas o ambiente não acompanhou sua evolução.

Segundo a ciência, quando o contexto se torna desgastante ou pouco recompensador, nosso sistema nervoso desacelera ações como forma de proteção. A motivação depende de autonomia, competência e pertencimento. Se um desses pilares falha, surge o desânimo.

Algumas perguntas ajudam a clarear  o momento: - O que mais esgota do que nutre? - O que perdeu o brilho? - Que parte de mim está sendo silenciada? - O que perco ao manter tudo igual?

O desânimo talvez seja apenas um lembrete suave de que sua alma precisa ser ouvida com calma e sem julgamento. Entender essa sensação não é corrigir algo errado, mas acolher o que está pedindo atenção e cuidado.