Seis obras que eternizam o olhar de Sebastião Salgado

‘Outras Américas’ (1986) Seu primeiro livro, fruto de sete anos de viagens pela América Latina. Com imagens em preto e branco, retrata o cotidiano de povos indígenas e camponeses do sertão nordestino às cordilheiras andinas. Um retrato belo e incômodo das desigualdades históricas, da fé e da resistência de quem vive à margem.

‘Trabalhadores’ (1993) Por seis anos, percorreu diversos países para registrar ofícios invisíveis que sustentam a economia global. Com olhar sensível e crítico, revela a dignidade de quem trabalha em garimpos, pescarias e minas. Uma epopeia visual sobre força, resistência e humanidade.

‘Gênesis’ (2013) Salgado viajou por mais de trinta regiões quase intocadas para criar um manifesto visual em defesa do planeta. Em preto e branco, retrata tribos, animais e paisagens selvagens com beleza e urgência. É um convite à contemplação e um lembrete de que proteger a natureza é também preservar a nossa humanidade.

‘Serra Pelada’ (2019) Em uma das imagens mais icônicas de sua carreira, Salgado registra o cotidiano extremo de garimpeiros na maior mina de ouro a céu aberto do mundo. A visão de homens subindo e descendo com sacos de até 40 quilos o marcou profundamente. Revela o abismo social e humano vivido no coração do Pará.

‘Êxodos’ (2000) Durante seis anos, Sebastião Salgado percorreu 35 países para documentar a migração forçada em todo o mundo. A obra revela um planeta em movimento: campos de refugiados, travessias perigosas, favelas superlotadas. Cada imagem mostra não só o deslocamento, mas também a perda, o exílio e a busca por dignidade.

‘Amazônia’ (2021) Fruto de sete anos de imersão, a obra retrata 12 povos indígenas da floresta, como Yanomami, Asháninka e Yawanawá. Em preto e branco, Salgado celebra a beleza da Amazônia e a resistência de seus povos diante das ameaças ambientais. O livro é um grito visual em defesa da vida, da cultura e da floresta.