Como a alimentação afeta a saúde mental

Consumo elevado de ultraprocessados aumenta o risco de depressão em até 58%, mostra estudo da USP. Entenda como as escolhas à mesa impactam no bem-estar emocional

Na correria da rotina, o impulso às vezes é automático. Comer um macarrão instantâneo ou uma lasanha congelada é  um conforto rápido, fácil e, muitas vezes, gostoso. Mas um estudo da Faculdade de Medicina da USP revela que o consumo excessivo de ultraprocessados pode aumentar em até 58% o risco de depressão persistente.

O consumo de ultraprocessados também está associado à ansiedade e declínio cognitivo. Alimentos como refrigerantes, salgadinhos e biscoitos recheados são ricos em açúcares e gorduras ruins. Esses produtos estimulam inflamações e comprometem o microbioma intestinal. A carência de vitaminas, minerais e antioxidantes prejudica o funcionamento cerebral.

Uma dieta desequilibrada e carente de nutrientes essenciais pode levar à deficiências que impactam o funcionamento do cérebro e o humor. A falta de ômega-3 e vitaminas do complexo B tem sido associada a um maior risco de depressão.

Os sinais de que a alimentação está prejudicando a saúde mental incluem: mudanças repentinas de humor, fadiga constante, dificuldades de concentração, distúrbios do sono e alterações no apetite.

Para prevenir transtornos, inclua mais frutas e vegetais frescos, priorize proteínas ricas em triptofano, como ovos, peixes e leguminosas, consuma gorduras boas, opte por grãos integrais e mantenha boa hidratação.

A mudança gradual é mais sustentável do que tentar cortar tudo de uma vez.  A saúde mental é construída no dia a dia. Prato por prato, escolha por escolha.