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O amor mora nas coisas simples da vida
Divulgação
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Casal criou um projeto na internet para incentivar as pessoas a estarem mais atentas às diferentes manifestações de afeto no dia a dia 


Preparar o bolo preferido de alguém, lembrá-lo de levar um casaco ao sair de casa, comprar as flores que ele mais gosta, escrever um bilhete à mão: eis outras formas de dizer
eu te amo. Para evitar que esses pequenos gestos sejam vistos como banais, Bárbara Graziela e Rafael Barbieri criaram o 15 Segundos de Coisa Boa, uma iniciativa em prol do amor que mora nos detalhes. Por meio de vídeos curtos, postados no Facebook e no Instagram, eles defendem a teoria do esticamento. “Ao valorizar aquilo que é tido como sem importância, a gente passa a ter uma sensação de vida mais preenchida, de mais vida nos dias. Isso é esticar o tempo”, conta Bárbara.

Nessa conversa, ela fala sobre o trabalho que realiza nos canais digitais, relacionamento e nossa urgente necessidade de falar mais sobre esse sentimento capaz de “transformar as almas”, como acredita.


Como nasceu o 15 Segundos de Coisa Boa?
O Rafa sempre trabalhou com vídeos. Então, tínhamos o costume de filmar alguns momentos da nossa rotina. Não havia intenção de compartilhar, era um registro pra gente mesmo. Até que, um dia, fomos assistir a alguns dos vídeos e eu falei: que coisa boa! Porque me deu um quentinho tão grande no coração… Assim, nasceu o nome do perfil. Queríamos espalhar esse olhar, essa energia para mais pessoas. Era 2014, estávamos em um cenário político bastante conturbado. É claro que temos que nos preocupar com questões essenciais para o país, mas nosso convite foi no sentido de se permitir olhar para o lado e encontrar algo de bom ali. 

E de que maneira podemos praticar esse olhar mais atento?
Não é só um exercício de enxergar o amor nas pequenas coisas, mas também de amar as pequenas coisas. Reconhecer que a felicidade mora aí, em você, na sua casa, nas pessoas que moram nela. Se trata de idealizar menos a vida e enxergar, na simplicidade dos dias, um convite a dar e ser o melhor de si. É sobre profundidade, sobre a capacidade de mergulhar na realidade e encontrar a potência que vive nela. As pessoas idealizam demonstrações gigantescas de amor, mas ele está nos detalhes. 


Tais detalhes são comuns a todos nós?
Há muitas possibilidades de amor no dia a dia, e é nisso que acreditamos. Não existe fórmula certa, cada casal encontra a sua. Engraçado que, depois que criamos o perfil no Instagram, muita gente pergunta se eu e o Rafa brigamos, e querem saber como fazer para construir uma relação como a nossa. Isso é sintomático, porque ainda perseguimos o ideal de relacionamentos de comerciais de margarina. É claro que temos nossos desentendimentos e ainda bem que eles existem, porque nos possibilitam enxergar o que não está funcionando e encontrar maneiras de resolver isso. A grande questão é: por que alguém quer ter uma vida igual à de outra pessoa, se somos tão diferentes uns dos outros? É tentar colocar uma calça 38 num manequim 42. Não vai dar certo e só vai gerar desconforto, frustração.


Estamos com medo de amar?
Acredito que estamos vivendo um momento delicado. Temos um público bem jovem que vem com essa ideia de que, se é para ter um relacionamento, tudo tem que estar perfeito. Se não for assim, melhor ficar sozinho. Uma geração que foge do conflito. Isso não existe. Duas pessoas escolhem ficar juntas porque é bom, gostoso, porque a vida fica mais cheia de sentido. É uma escolha que depende do esforço e da disponibilidade de cada um para funcionar –  e isso dá trabalho, lógico. Editamos quem somos postar em uma rede social e, na vida real, temos medo da intimidade, desse desnudar a alma para o outro, mostrar nossa verdade. 

Entendendo os próprios limites também…
Gosto de dizer que, para que um casal exista, precisa haver duas pessoas. Parece óbvio, mas não é. Precisamos cuidar para sempre lembrar que ali estão dois indivíduos diferentes, cada um com suas fraquezas, suas vontades, seus pontos fortes. Se a gente não respeitar a individualidade e, principalmente, a integridade do outro, não vai dar certo.  É por isso que cuidar de si não é ser egoísta. Na realidade de um casal, um precisa estar disponível para o outro, mas é essencial que exista esse olhar também para o próprio eu. Se me torno alguém melhor para mim, consequentemente sou melhor para aquele que compartilha a vida comigo. Depois, juntos, potencializamos todos esses ganhos. 

15 Segundos de Coisa Boa:
https://www.instagram.com/15coisaboa/

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