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Filmes (e série!) adaptados de livros que surpreenderam o público
Sean Benesh Reprodução
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Quem nunca assistiu um filme construído a partir de uma inspiração da literatura? Há quem não goste, é claro, porque a narrativa nunca é a mesma, os diretores de cinema suprimem, alteram ou adicionam outras histórias aos filmes, mantendo sua essência, embora levem determinado personagem para um novo desfecho, dando uma pitada de maior suspense, drama ou perigo, a depender do gênero da produção audiovisual.

Lembro de assistir o romance A Culpa e das Estrelas, estreado em 2014, e me decepcionado com a forma com que o diretor Josh Boone apresentou diversas cenas descritas e primeiro formuladas pelo escritor John Green. Por muito tempo evitei assistir adaptações porque acreditava que iriam prejudicar a minha relação com o livro, como se fosse uma espécie de subproduto, com menor qualidade, puro preconceito.

A verdade é que as adaptações serão sempre diferentes. Não é novidade que carregamos a nossa subjetividade por onde passamos, é inevitável, e, por mais que um diretor de cinema aprecie uma história da literatura, algumas cenas serão alteradas para facilitar a narrativa audiovisual, para atender aos interesses da empresa que está produzindo ou pelas próprias preferências profissionais e pessoais de um cineasta. Tenho certeza que, ao terminarmos uma leitura, ficamos com a sensação de que poderíamos dar um outro desfecho, trazer outra perspectiva ou mudar o caminho de um personagem.

Pensando neste assunto, a Vida Simples reuniu uma série de filmes produzidos a partir de inspirações na literatura, que podem te trazer nostalgia com um livro lido tempos atrás, descontentamento por perceber que a narrativa foi modificada ou prazer por ver a história sendo recontada com outros olhares: isso deixaremos ao seu critério.

Forrest Gump – O contador de histórias (1994)

Clássico do cinema norte-americano, “Forrest Gump” é um filme de 1994 baseado no romance de Winston Groom, de 1986. A história conta os acontecimentos de várias décadas da vida do protagonista Forrest Gump, um homem simples do interior do Alabama que participa de alguns dos eventos históricos mais importantes da segunda metade do século 20, encontrando figuras históricas e influenciando para sempre a cultura popular dos Estados Unidos. Interpretada por Tom Hanks, a jornada de Forrest tornou-se uma obra-prima cinematográfica reconhecida até hoje.

um homem de pele branca vestindo terno na cor bege está sentado em um banco de madeira com olhar sério. filme Foto: Reprodução / Netflix

A Cor Púrpura (1985)

A Cor Púrpura é um filme estadunidense de 1985 disponível na HBO Max, do gênero drama, dirigido por Steven Spilberg, baseado no romance epistolar da premiada escritora afro-americana Alice Walker.

A história se passa em 1909 no estado da Georgia, quando em uma pequena cidade Celie (Whoopi Goldberg), uma jovem com apenas 14 anos que foi violentada pelo pai, se torna mãe de duas crianças. Além de perder a capacidade de procriar, Celie imediatamente é separada dos filhos e da única pessoa no mundo que a ama, sua irmã, e é doada a “Mister” (Danny Glover), que a trata simultaneamente como escrava e companheira.

Celie fica muito solitária e compartilha sua tristeza em cartas (a única forma de manter a sanidade em um mundo onde poucos a ouvem), primeiramente com Deus e depois com a irmã Nettie (Akosua Busia), missionária na África.

uma mulher de pele negra aponta uma faca para o pescoço de um homem negro sentado em uma cadeira. filme Foto: Reprodução

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Extraordinário (2017)

Extraordinário é um filme de drama estadunidense dirigido por Stephen Chbosky, baseado no romance de mesmo nome escrito por R. J. Palacio. O longa retrata um garoto (Augie Pullman) com uma deformidade facial conhecida como síndrome de Treacher Collins.

Com apenas 10 anos, Auggie Pullman lida com sua nova vida na escola e faz grandes amigos com sua determinação, além de enfrentar o preconceito e o estranhamento de colegas. Em 2018, a produção, que está disponível apenas para aluguel nas plataformas, foi indicada ao Oscar para Melhor Maquiagem e Penteado.

uma mulher branca caminha com um homem branco que usa terno azul marinho e uma criança no meio usando um capacete com vidro na corpo preta. filme Foto: Reprodução

 

Lavoura Arcaica (2001)

Lavoura Arcairca é um filme brasileiro dirigido, escrito e montado por Luiz Fernando Carvalho. O roteiro é baseado no livro de mesmo nome, escrito por Raduan Nassar e publicado em 1975.

Em 2015 a produção entrou na lista dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos, elaborada pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). O longa está disponível para aluguel em plataformas como YouTube, Google Play Filmes e Apple TV.

Uma familia se alimenta em uma mesa de madeira, com pratos de louça, copos de vidro e usando roupas brancas. filmes Foto: Reprodução

Crônicas de San Francisco (2019)

Crônicas de São Francisco, ao contrário das produções acima, não é um filme, mas uma minissérie criada por Lauren Morelli e estreada em 2019 pela Netflix. O ponto é que a comédia dramática é baseada na série de romances Tales of the City, de Armistead Maupin. Entre o elenco, estão Laura Linney, Eliot Page e Olympia Dukakis.

A produção LGBTQIA+ traz personagens transsexuais, gays, lésbicas e, de modo geral, queer. A história conta a volta de Mary Ann Singleton a San Francisco, que se reúne à comunidade alternativa dos moradores de Barbary Lane.

Dois homens brancos, um sem barba e outro com, olham de dentro de uma janela para a rua com um olhar sério, junto com uma mulher de pele branca e cabelo loiro. filme Foto: Reprodução / Netflix

E você? Conhece alguma adaptação que foi uma surpresa e que vale a pena assistir? Compartilhe com a gente!

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