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15 filmes que despertam sensações sobre a vida
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Os filmes podem nos ajudar a encontrar respostas, a compartilhar sentimentos e a aprender um pouco mais sobre nós mesmos e o mundo. Tudo isso por meio de uma tela, grande ou pequena

Um anão, um albino e um casal atrapalhado (e apaixonado) dentro de um lindo teatro, tentando evitar o assassinato do papa. Ao resgatar a minha memória afetiva cinematográfica, Golpe Sujo, de 1978, é a primeira forte lembrança. Minhas festas eram sempre com uma amiga-irmã. Nossos pais resolveram inovar, alugaram o filme e um projetor, e fizeram da parede da casa a tela de cinema, com o cuidado de esperar a luz do dia ir embora para termos, enfim, a sala escura.

Tenho essa lembrança viva na memória e no coração – e, com uma rápida mensagem, confirmei que minha amiga também não esqueceu. O cinema faz isso com a gente: proporciona experiências, provoca sensações das mais variadas, e todas elas juntas compõem aquilo que somos hoje. Cinema reúne gente, compartilha sentimentos, é parte viva da nossa trajetória.

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Filmes falam de sentimentos universais 

Aliás, o cinema se transformou na minha trajetória em si. Quando criei o blog Cine Garimpo, em 2009, não imaginava o parceiro que ele se tornaria. Escrever sobre filmes e estreias era hobby – ainda mais para alguém que trabalhava traduzindo, havia 20 anos, as ideias de outras pessoas. Assim, colocar no papel o meu pensamento era uma novidade preciosa – mas só me dei conta disso mais tarde, quando a vida deu uma cambalhota e precisei me transformar. Foi quando me reconheci nas atitudes e sensações que estavam espelhadas em cada um dos filmes assistidos durante esses anos. Percebi que o cinema represava os sentimentos e que os medos não eram só meus.

Me dei conta de que os desafios eram comuns a todos. E notar isso, num momento em que me faltava o chão, foi como um abraço apertado, firme e amoroso de um amigo dizendo: “Estamos juntos, pode contar comigo sempre”. O cinema me acolheu com a mesma generosidade com que abraça a vida. Provou que nunca estive sozinha, que tem sempre uma palavra, uma imagem, uma música capaz de me questionar, comover, fazer pensar ou sorrir, contar o que não sei e deixar a certeza de que somos feitos da mesma matéria. E que tudo vai ficar bem. Filmes falam de sentimentos universais e, assim, a sessão vira uma deliciosa simbiose. Garimpei 15 que despertam sensações que você provavelmente já experimentou. Acolha e abrace de volta esse cinema nosso de cada dia.

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15 filmes que despertam sensações

Valorizar os amigos

Vermelho Russo fala de duas amigas atrizes que estão passando por momentos delicados na vida,
resolvem fazer um curso de teatro em Moscou e enfrentam seus fantasmas internos no tenebroso inverno da cidade, sem entender uma palavra de russo. Talentosas e carismáticas, Manu e Marta são amigas também fora da tela, emprestam seus nomes para as personagens e encenam a história que viveram de verdade, quando viajaram em 2009. A saga rendeu uma matéria na revista Piauí e foi, ainda, a inspiração para o filme. Não há como não se identificar com os ataques de riso, conversas e brigas, no estilo melhores amigas. No fundo, elas têm cumplicidade de sobra para encarar qualquer desafio. Quem tem Manus e Martas na vida vai acionar a memória afetiva de momentos parecidos e marcantes, de quem sabe o espaço que relações assim ocupam no coração.

DE CHARLY BRAUN | Com Maria Manoella, Martha Nowill, Michel Melamed, Fernando Alves Pinto 2017 | Brasil, Rússia

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Confiar na intuição

O indiano The Lunchbox é assim: preenche a mente e afaga. Elenos apresenta, por exemplo, a uma realidade desconhecida: o complexo esquema de marmitas de Mumbai, que entrega 175 mil refeições por dia de maneira
rudimentar, mas eficiente – é, inclusive, referência mundial de logística. Emocionalmente, a história agrega porque fala de um personagem sisudo e mal-humorado que um belo dia recebe equivocadamente uma saborosa marmita e começa a se corresponder por carta com a mulher que a preparou. Intuitivamente, eles sabem que os bilhetes enviados junto com a refeição carregam algo diferente e inusitado – trazem o novo, capaz de transformar. É intuitivo, não tem explicação, a gente apenas sente que aquele é o caminho e se lança para ver o que virá. É esse mesmo mecanismo que proporciona algumas das mudanças mais incríveis da vida.

DE RITESH BATRA | Com Irrfan Khan, Nawazuddin Siddiqui, Nimrat Kaur 2013 | Índia

Maravilhar-se feito criança

Tem muita animação que nos leva para o universo infantil e faz maravilhas dentro de nós. Mas Divertida Mente tem uma particularidade que faz sacudir nossos miolos. Do estúdio Pixar-Disney, encanta pelo enredo da menina Riley, que está enfrentando a saída da infância justamente numa fase em que muda de casa, cidade, escola e precisa lidar com o questionamento incansável dos pais.

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Mas vai mais além e nos coloca dentro da cabeça dela, convivendo com o medo, a raiva, a alegria, a tristeza e o nojo – sentimentos básicos que são aqui também personagens e regem os pensamentos e ações da garota para moldar sua personalidade adolescente. Nessa fase em que o mundo imaginário cai por terra, a vida começa a se tornar realidade e o alicerce familiar é o único que permanece inabalado, a nossa mente nunca foi tão bem retratada. É sensível e preciso, inclusive ao chamar a mente de divertida.

DE PETE DOCTER E RONNIE DEL CARMEN | 2015 | EUA

(Re)encontrar o adolescente

“Não é impossível ser feliz depois que a gente cresce; só é mais complicado.” Com essas sábias palavras, o garoto
Mano, protagonista de As Melhores Coisas do Mundo, dá o tom do que é a adolescência. Mano é paulistano e enfrenta questões típicas desse período da vida: sexualidade, bullying, amizade, problemas com os
pais, descobertas, dúvidas e mais dúvidas. Tratado com naturalidade e intimidade, o enredo nos transporta para o ensino médio e para o modo de ser adolescente, que passa pelos dilemas de sempre, mesmo em tempos digitais. E é dessa maneira que vamos nos identificando com esse universo que, um dia, nos foi tão familiar. Para quem tem um filho adolescente, o filme ajuda a olhar com mais empatia e entendimento para essa fase que de fácil não tem nada.

DE LAÍS BODANZKY | Com Francisco Miguez, Gabriela Rocha, Denise Fraga, Paulo Vilhena, Caio Blat, José Carlos Machado, Fiuk | 2010 | Brasil

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Aquietar o coração

Paterson faz parte daquele grupo de filmes que retratam o extraordinário presente no nosso cotidiano. Mas isso não é evidente e por isso o enredo nos convida a exercitar essa leitura. Paterson, o protagonista, é um motorista de ônibus de uma pequena cidade chamada Paterson. Casado com uma moça alegre que está sempre inventando moda, seu dia a dia é pacato. Ele também faz poesia, caminho de expressão para extravasar seu universo interno.

Assim como nossa vida, Paterson é guiado pela repetições que a rotina impõe, a começar pelo nome da cidade e do personagem, pelo déjà vu, pelas mesmas tarefas diárias. Mas o que muda nesse roteiro é o que cada um busca para se autorrealizar e se transformar. Para ele, por exemplo, isso vem por meio da poesia e do imaginário. Filme para acalmar o coração porque traz delicadeza para esse lugar chamado “cotidiano”, onde passamos o período mais longo da nossa existência.

DE JIM JARMUSCH | Com Adam Driver, Golshifteh Farahani, Nellie | 2016 | EUA

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Encontrar o caminho do meio

Educar exige foco, propósito e determinação, mas, acima de tudo, escolha. Muitas são as linhas possíveis, seja em casa, seja na escola. O filme Capitão Fantástico fala desse universo, no qual o protagonista aposta em um modelo radical: muda-se com os seis filhos para a floresta, ensina aquilo que sabia e o que os livros eruditos ensinavam. Treina-os para enfrentar as adversidades com rigidez militar, isola-os do mundo, mas os ensina a pensar. No entanto, apesar da relação afetuosa, os filhos não se encaixam no mundo quando, tempos depois, é preciso voltar à convivência em comunidade. Capitão Fantástico traz uma bela reflexão sobre as decisões que tomamos, em especial as radicais. E como é necessário encontrar equilíbrio sem perder a essência. Bom para quem tem filhos, para quem pretende tê-los e para quem busca o caminho do meio.

DE MATT ROSS | Com Viggo Mortensen, George MacKay, Samantha Isler, Kathryn Hahn, Steve Zahn | 2016 | EUA

Exercitar a tolerância

Depois de Divinas Divas, você não mais vai olhar para um travesti da mesma forma. Nesse documentário, Leandra Leal, atriz e agora diretora, conta a história de oito artistas travestis, entre elas Rogéria e Divina Valéria. O mote são os 50 anos de palco das divas e o pano de fundo é a montagem do muscial estrelado por elas.

Leandra acompanha os ensaios e as conversas entre as artistas, resgatando a trajetória de cada uma. Humano e elegante, o documentário nos convida a refinar o olhar e deixar o preconceito de lado – em todas as searas da vida. Simpática e divertida na entrevista de divulgação do filme, Valéria solta esta frase e diz tudo: “Não penso se sou homem ou mulher. Sou artista”. Arte e vida se misturam, sem que para isso seja preciso colocar rótulos nas pessoas. Cada um sabe do seu, e Divinas Divas chega delicado, colorido, alegre. Como elas.

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DE LEANDRA LEAL | Com Rogéria, Divina Valéria, Eloína dos Leopardos, Marquesa, Jane Di Castro, Camille K., Fijuka de Halliday, Brigitte de Búzios | 2017 | Brasil

Mergulhar no desconhecido

Aposto que você nunca pensou em conhecer a Faixa de Gaza. Muito menos saber como se comportam
as mulheres em um cabeleireiro desse território ocupado por Israel, quando a guerra entre marginais e o Hamas acontece do lado de fora. Aposto e ganho, mesmo porque você provavelmente nunca pensou em incluir a Palestina nos seus destinos de viagens. Se não fosse o cinema, jamais viveríamos essa experiência retratada em Dégradé. Numa tarde aparentemente normal, dez mulheres dividem suas angústias, disfarçadas nas conversas superficiais típicas de cabeleireiros, enquanto o caos se instala ao redor. O filme é uma metáfora da guerra que acontece dentro e fora da gente. Desespero, claustrofobia, angústia, medo. Um mergulho no desconhecido, que nos traz reflexões sobre esse estranho caminho que a humanidade escolheu para seguir.

DE ARAB E TARZAN NASSER | Com Hiam Abbass, Maisa Abdelhadi, Manal Awad, Mirna Sakhla, Victoria Baliska | 2015 Palestina, França

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Lavar a alma

Não é à toa que a história do tetraplégico rico que contrata um homem negro, pobre e imigrante para ser seu cuidador foi o filme francês mais visto no mundo. Intocáveis tem vários trunfos: é uma história real, que nos cativa pela amizade entre eles e pela coragem de ambos de enfrentar os desafios. É também divertido e provoca gargalhadas nas situações inusitadas e engraçadas. E é emocionante, tem o gesto essencial de quem cuida do outro com carinho, amor e dedicação.

Ao final, a sensação que nos invade é de satisfação e completude, como se tivéssemos vivido uma experiência e pudéssemos continuar dançando e cantarolando September, da banda Earth, Wind and Fire, embalados pela alegria de viver da dupla de protagonistas Driss e Philippe. E, claro, pela generosidade deles com a vida, apesar de tudo – e por causa de tudo. Vale assistir sozinho, com os amigos e filhos. Bom para a família toda.

DE ERIC TOLEDANO E OLIVIER NAKACHE Com Omar Sy, François Cluzet, Anne Le Ny | 2012 | França

Encantar-se com o amor

Antes do Amanhecer é o primeiro de uma trilogia genial e leve sobre as delícias e dissabores de se apaixonar. Uma francesa e um americano, ambos na casa dos 20 e poucos anos, se conhecem em um trem que vai para Paris. No trajeto, a química acontece entre os dois e eles decidem descer em Viena. Como imaginavam que nunca mais se encontrariam, a ideia era aproveitar a única noite juntos para conversar, se divertir, conhecer a cidade e namorar.

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A história, tão doce e tocante que é, ganhou (ainda bem) continuação, com o mesmo elenco: Antes do Pôr do Sol (2004) e Antes da Meia-Noite (2013). As películas foram filmadas em tempo real, ou seja, acompanharam o tempo do envelhecer dos atores e o nosso também. Além da inquestionável liga entre os atores Julie Delpy e Ethan Hawke, os diálogos são o mais fiel retrato da complexidade que é relacionar-se. Uma trama inteligente, doce e realista. Um encanto, esse tal amor.

DE RICHARD LINKLATER | Com Julie Delpy, Ethan Hawke | 1995 | EUA, Áustria

Reinventar-se

Apesar de retratar intimamente o cotidiano de quem viveu a juventude nos anos 1980, Enquanto Somos Jovens fala com todo mundo, independentemente da idade. Isso porque o filme aborda a passagem do tempo e o alívio que é percebermos que não somos mais os mesmos de anos atrás. Mais do que isso, ele mostra que temos, sempre, a possibilidade de nos reinventar. A trama gira em torno de dois casais: uma dupla jovem, que aprecia os gadgets dos anos 1980 e tem um estilo retrô; e a outra, mais velha, com mais de 40, sem filhos, antenados, digitais e fascinados pelo dinamismo dos jovens.

A questão é que o casal mais velho, na tentativa de se manter eternamente jovem, acaba perdendo a própria identidade. E aí começa a busca por se encontrar. Esse caminho, nada fácil, vale muito a pena e nos mostra que o bacana mesmo é aproveitar cada fase com a intensidade que a vida pede.

DE NOAH BAUMBACH | Com Naomi Watts, Ben Stiller, Adam Driver, Amanda Seyfried | 2014 | EUA

Cantar junto

Begin Again é o título original deste singelo e melódico filme: Mesmo se Nada der Certo. A tradução “Começar de novo” teria feito mais sentido. Isso porque Greta é uma compositora talentosa e sensível, que vive apagada pelo sucesso do namorado famoso. Ele é cantor (interpretado por Adam Levine, da banda Maroon 5), e sai pelo país em turnê deixando-a para trás. Tendo que recomeçar a vida, Greta se depara com Dan, um produtor musical em péssima fase que, assim como ela, acredita que a música vem da alma.

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O resultado é um delicioso passeio pelas ruas de Nova York e uma homenagem aos músicos que fazem da cidade o seu palco. Tornam-se amigos, formam uma banda e cantam ao ar livre cheios de ritmo, improviso e descontração. A canção Lost Stars, de Levine, foi premiada e indicada inclusive ao Oscar. A vontade que dá é de cantar e dançar junto – e, é claro, baixar a playlist com a trilha sonora logo em seguida.

DE JOHN CARNEY | Com Adam Levine, Catherine Keener, Marco Ruffalo, Keira Knightley | 2013 | EUA

Apreciar o simples

É inevitável comparar o japonês Nossa Irmã Mais Nova com o brasileiro A Partilha, interpretado por Gloria Pires. Ambos falam de quatro irmãs que revisitam as questões familiares e as memórias afetivas da infância após a morte de um dos pais. A trama percorre, assim, o cotidiano dos personagens, o passado em comum, e tenta, à maneira de cada um, reajustar o presente. Nossa Irmã Mais Nova nos leva a lugares familiares, com diálogos carregados de afetividade e amor. É, ao mesmo tempo, humano, simples e profundo. Produções assim nos remetem à própria essência e nos ajudam a refletir sobre os lugares onde estamos depositando nossa energia. Com detalhes carregados de significado e sutileza (como a apreciação do desabrochar da flor da cerejeira), esse filme japonês é um convite à contemplação do universo das miudezas, que passa despercebido, mas que é o tempero principal da existência.

DE HIROKAZU KOREEDA | Com Haruka Ayase, Masami Nagasawa, Kaho, Suzu Asano | 2015 | Japão

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Comer sem culpa

Por que a maldita da culpa nos persegue? Desafio vai, desafio vem e a culpa está sempre dando uma pincelada. Dirigido por Eleanor Coppola, mulher de Francis e mãe de Sofia, Paris Pode Esperar conta a história de Anne, uma linda mulher, casada com um badalado e charmoso produtor de cinema. A questão é que ela já não se vê inserida na vida dele e sente um enorme vazio.

Por ironia do destino, Anne tem que viajar de carro de Cannes a Paris com o sócio do marido, um homem igualmente charmoso e sedutor, amante dos vinhos e da boa mesa, que a faz questionar se ter um bom casamento é sinônimo de felicidade. A trama é regada ao melhor da cozinha francesa. E a comida tem essa simbologia de experimentar o novo, de viver sem culpa, de se permitir mudar quando a zona de conforto já não é tão confortável assim. Paris Pode Esperar é, assim, um road movie delicioso e repleto de sabores.

DE ELEANOR COPPOLA | Com Diane Lane, Alec Baldwin, Arnaud Viard 2016 | EUA, França

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Virar a mesa

Infância e bicicleta caminham juntas desde sempre. O interessante é que, na Arábia Saudita, isso não acontece – pelo menos para as meninas. É imoral e contra os princípios religiosos. Em O Sonho de Wadjda, a garota que dá nome ao filme tem 12 anos, é doce, aventureira e destoa das outras meninas da sua idade. Wadjda tem veia empreendedora, faz pulseiras para vender, usa tênis e quer, loucamente, uma bicicleta. Focada no seu objetivo, se inscreve no concurso do Alcorão da escola para tentar ganhar o prêmio em dinheiro e realizar seu sonho. Burlando as expectativas da sociedade vigente, que coloca a mulher no lugar de submissão, ela monta uma estratégia e se prepara para virar o jogo. Ganhar é só um detalhe. O trunfo é a atitude.

DE HAIFFA AL-MANSOUR | Com Reem Abdullah, Waad Mohammed | 2012 Arábia Saudita

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