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Viva com mais calma
Mariana Medvedeva
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O horto florestal era o parque da minha infância: as árvores frondosas, os bugios que pareciam dançar entre os galhos, o grande lago na entrada, com pedalinhos que hoje já não existem mais, e as vias cheias de espaço. Era um convite tão bom para aquilo que toda criança (ou ao menos as que eu conhecia) gostava de fazer… Mas sempre tinha um adulto para interceptar a atividade e dizer: “Devagar! Vá devagar!”. É que a gente gostava de correr. O vento balançava os cabelos e também contava um segredo no nosso ouvido: “vai, você está livre por esses instantes, jogue-se no mundo com vontade”. 

Talvez por isso, quando comecei a ficar um pouco crescida, não entendia quando as pessoas grandes diziam “estou correndo”. Aquilo causava um nó, digno de cadarço, nas minhas ideias: “como assim, está correndo?”. Aquele “correr” era bem diferente do correr da minha criança. A pressa que os adultos tinham para levar a vida parecia não ser a mesma que a nossa. Foi aí que entendi a grande diferença: o cheiro do correr da infância era mesmo o de liberdade, mas o do correr adulto era o de aprisionamento. 

A vida pode ser simples, comece hoje mesmo a viver a sua.

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