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A metamorfose de Lorena
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Foi ressignificando materiais e encarando de frente seus desafios e as mudanças que vinham com eles que Lorena encontrou na delicadeza do bordado e na força da natureza o sentido da sua arte

Lorena Borges e Valiate sempre se encantou com a ressignificação dos materiais em forma de arte. Ainda criança, por volta dos oito anos de idade, brincava de montar uma lojinha no seu quarto para vender seus desenhos, bijuterias, biscuit e bolsinhas de moeda feita com retalhos de panos costurados.

Com a mãe, artista plástica, aprendeu um pouco de tudo: pintura com tinta a óleo, aquarela, xilogravura, tinturaria, estamparia, cerâmica e linoleogravura. Foi com o suporte, os ensinamentos e, principalmente o incentivo da mãe que Lorena trilhou seu caminho na arte.

E de técnica em técnica, Lorena foi se encontrando. “A gente vai se expressando artisticamente, de modo natural e só depois de um determinado tempo é que conseguimos entender um pouco melhor a nossa arte”, comenta.

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Hoje, ao analisar sua breve trajetória, ela enxerga os pontos de convergência: temáticas relacionadas à natureza, biologia, mar e praia. “Sempre fui uma amante das borboletas, pintei uma série de quadros de borboletas com a técnica de tinta óleo sobre tela, que chamo de “Metamorfose”, explica.

Em 2020, como consequência da pandemia e da quarentena, as aulas presenciais do curso de Artes Visuais foram suspensas apenas duas semanas depois de terem começado.

E foi nesse contexto de medo, incertezas e necessárias mudanças que a artista acordou para novos desafios. Pesquisando na internet, ela encontrou artistas de diversas nacionalidades que utilizavam as folhas como suporte para arte e inclusive bordados em folhas.

Com a ajuda da mãe, Lorena aprendeu a bordar e começou seus experimentos nas folhas secas que encontrava.

Dando prosseguimento à temática das borboletas e suas metamorfoses – trajetória que muito se assemelha com a sua – Lorena criou o Casulo da Lorena.  Começava ali o seu voo.

“Desde então, continuo estudando as borboletas, prossigo com as minhas obras, aprimoro as técnicas e desenvolvo casulo. Frequentemente eu me recordo com um carinho muito especial da minha primeira cliente, lembro claramente quando ela elogiou meu trabalho e perguntou se eu aceitava encomendas”, diz.

“É uma sensação verdadeiramente gratificante ter meu trabalho elogiado e admirado pelas pessoas; é muito bom poder trabalhar e ganhar meu dinheiro fazendo o que eu gosto”, comenta a artista que já expandiu o leque de obras e, agora, além das obras com borboletas, também borda joaninhas, gafanhotos, libélulas e abelhas. Outra nova vertente são as encomendas de obras com gatos e cães de estimação.

“Neste momento de tantas mudanças no mundo, me sinto muito grata pela vida, pela oportunidade de ter a arte como minha estrada e meu trabalho. É uma oportunidade de estar em movimento, mesmo reclusa dentro de casa. Acredito que é a nossa natureza humana que nos estimula e nos propicia a criação de alternativas e a construção de uma realidade mais bela. Desse modo, temos que nos permitir entrar em contato com algum cantinho belo dentro da gente. Diante disso, acredito que em momentos de dificuldade a arte foi a minha saída” finaliza.


@casulodalorena

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