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Conheça 5 projetos educacionais que combatem o analfabetismo
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A educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem“. Paulo Freire, o patrono da educação brasileira e considerado um dos maiores educadores do país, foi um importante intelectual que atuou no Brasil pela redução do analfabetismo e pela emancipação dos seres humanos por meio do conhecimento.

Uma de suas experiências mais emocionantes, em Angicos, no Rio Grande do Norte, foi a alfabetização, pelo método de Paulo Freire, em 1963, de pelo menos 300 adultos em cerca de 40 horas. A iniciativa fazia parte de uma estratégia para diminuir o número de analfabetos em todo o país, que na época era de 39,6%.

Pensando em contribuir para a erradicação do analfabetismo no mundo e estimular a importância do letramento, a Organização das Nações Unidas, por meio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) criou no dia 8 de setembro de 1967 o Dia Mundial da Alfabetização.

Para celebrar esta data, a Vida Simples reuniu cinco projetos no país que visam contribuir para a redução desse índice e possibilitar o contato das pessoas com a leitura e a escrita, que também são caminhos que nos levam à realização de sonhos e conquistas.

1. Crescer Sempre (São Paulo)

O projeto Crescer Sempre é uma associação sem fins lucrativos em Paraisópolis com cinco projetos principais: uma escola regular de Educação Infantil; uma escola integral de Ensino Médio; um projeto de reforço em Português e Matemática em contraturno – Jovem Crescer; Cursos Profissionalizantes e Biblioteca aberta à comunidade, que visam possibilitar um ambiente comunitário e a fomentar a alfabetização das crianças.

Na Crescer Sempre os integrantes buscam a transformação social através de educação de qualidade, customizada para as necessidades dos alunos e com impacto em toda uma comunidade. Em um ciclo virtuoso de escutar, estruturar e fomentar soluções de ensino, conseguiram mudar a vida de milhares de pessoas nos últimos 20 anos.

2. Vaga Lume (Região amazônica)

Por meio da formação de mediadores de leitura e criação de bibliotecas comunitárias para crianças da Amazônia, a organização promove intercâmbios culturais com a leitura, a escrita e a oralidade para ajudar a formar pessoas mais engajadas na transformação de suas realidades.

“Começamos pelos livros, pela estrutura da biblioteca, um espaço onde é possível a troca, compartilhar saberes. Esse espaço é a principal ferramenta para atingirmos mudanças maiores e mais significativas nas crianças e jovens da comunidade. A biblioteca é o primeiro passo para o desenho de uma trajetória de empoderamento da criança”, explica a ONG em seu site.

O projeto visa possibilitar o acesso à literatura e à estrutura da biblioteca, junto com a capacitação de mediadores de leitura, apoio ao engajamento comunitário, valorização da cultura local e produção de livros artesanais, sendo um potencializador da alfabetização das crianças na região.

3. Projeto Uerê  (Rio de Janeiro)

A história do Projeto Uerê começou em 1980, quando Yvonne Bezerra de Mello criou, nas ruas do Rio de Janeiro, a Escola Sem Portas Nem Janelas, com grupos de crianças e jovens em situação de rua. A evolução desta escola aconteceu depois da chacina da Candelária, em 1993, onde oito crianças de um dos grupos atendidos por Yvonne foram assassinadas por policiais militares.

Um dos sobreviventes voltou a morar com sua família sob um viaduto em São Cristóvão. Continuando a atender a esse menino, Yvonne conviveu com os outros moradores do local e criou o Coqueirinho.

Em 1997, a Prefeitura do Rio de Janeiro removeu a favela ali existente para o Complexo da Maré, em Bonsucesso.

Em 1998 a escola Coqueirinho ganhou uma sede e se transforma no Projeto UERÊ. ​ Desde 1998, o Projeto UERÊ não cessou de aumentar o número de crianças e de funcionários e firmou-se no cenário nacional e internacional como uma organização respeitada e uma escola modelo no atendimento a crianças traumatizadas pela violência.

Atualmente, atende 300 crianças no Complexo de Favelas da Maré e mais de 130.000 crianças já tiveram contato com a Pedagogia UERÊ-MELLO em diversas cidades do Brasil, proporcionando o acesso à educação, alfabetização e cultura.

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4. Escola Feminista Abya Yala (São Paulo)

A Escola Feminista Abya Yala é um espaço de estudo coletivo, fortalecimento e cuidado entre mulheres ativistas das periferias da zona sul da cidade de São Paulo. Compartilhar, gerar conhecimento e acolher, esses são os princípios adotados pelas integrantes da escola, que se volta para chefes de família das periferias da região, marcadas por subempregos e rotinas exaustivas por cuidarem dos filhos muitas das vezes sozinhas.

A iniciativa nasceu no ano de 2018, quando algumas das integrantes participaram de um curso de feminismo comunitário no SESC Santo Amaro e decidiram juntas fundarem a instituição para proporcionar debates, acolhimento, letramento e apoio mútuo entre as mulheres da localidade.

5. Projeto Noiz (Rio de Janeiro)

A inspiração vem de uma música de um artista que tem como marca a retratação de uma realidade pouco conhecida: as ruas e as comunidades. A letra da música NÓIZ identifica um grupo cheio de objetivos e propósitos. “…é nóiz, que corre a caminho do bem, nóiz que disse é nóiz quando não virava um vintém…”- Emicida.

O projeto nasce no território mais miserável da Cidade de Deus (Rio de Janeiro), o Brejo. Em meio à ausência de água, luz e barracos, quatro amigos se uniram e entenderam que era preciso acreditar na evolução e na emancipação daquelas pessoas através da cultura, educação, esporte, alfabetização e capacitação. “Não nascemos para ser um projeto voltado para doação, pois entendemos o assistencialismo como emergencial. Amar, educar e profissionalizar são os 3 pilares que permeiam o conceito do nosso trabalho”, afirmam os integrantes do projeto.

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