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A fé de cada um
Patrick Fore
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“Andar com fé eu vou / Que a fé não costuma ‘faiá’”, diz a música do cantor e compositor baiano Gilberto Gil. O músico acertou em cheio: cada vez mais estudos comprovam que ter algum tipo de crença religiosa ou espiritual faz bem à saúde, aumentando a qualidade de vida, a longevidade e até mesmo a velocidade com que se recupera de doenças. Pessoas de fé também são, no geral, mais felizes, otimistas e têm mais esperança no futuro do que o restante da sociedade. Centenas de estudos científicos ao longo dos anos mostram esses benefícios. 

Mas é aí que a ciência termina. Ao menos por enquanto. É possível medir os efeitos da fé e da espiritualidade, a maneira como são processadas no organismo, no cérebro. Mas não é possível provar nada sobre o objeto – ou os objetos – da fé. Se há alguma divindade lá fora, certamente ela não está muito preocupada em convencer os cientistas. E, se a divindade não está nem aí, os fiéis, ainda menos: as estatísticas variam, mas algo entre 85% e 98% da população mundial acredita em Deus ou algum tipo de força superior, apesar da impossibilidade de comprovar sua existência de forma categórica. “Essa é a própria definição de fé: acreditar em alguma coisa contra todas as evidências”, diz o jornalista e escritor Ricardo Alexandre, cristão de orientação batista. É um pouco como acreditar na beleza em tempos difíceis, ou ter esperança de que as coisas irão melhorar, apesar de tudo indicar o contrário. A crença religiosa é tão prevalente que há quem defenda que fomos programados para isso, como o jornalista britânico Nicholas Wade. Em seu livro The Faith Instinct (O Instinto da Fé, em tradução livre), ele defende que o comportamento religioso inscreveu-se em nosso sistema neural há mais de 50 mil anos, por meio da evolução da espécie. 

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