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Saiba dizer não
Nadine Shaabana
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No lado de fora, o sol do meio-dia brilhava com uma força incomum no outono. Dentro do carro, porém, a temperatura emocional de Nathalie Ayres era a de um inverno cinzento e gelado. Durante o trajeto de cerca de 40 minutos da zona sul ao centro da capital paulista, as lágrimas da jornalista embaçaram ruas, avenidas e a alegria de quem curtia a folga naquele sábado. Mesmo estando sozinha, as canções vindas do pen drive e a conversa que ensaiava ter com o namorado quebravam o silêncio no interior do veículo.

Queria dirigir os passos que daria dali em diante com a mesma prática e segurança com as quais guiava o Celta vermelho. Mas assumir o volante de suas decisões era algo novo para Nathalie. Só de pensar, a insegurança batia. Durante dois anos e meio, fez de tudo para ser a namorada perfeita. Achava que o sucesso da relação era responsabilidade dela. “Eu me sentia numa corda bamba. Como se fosse uma situação tão frágil, tão delicada, que um movimento mais brusco, errado, quebraria tudo”, recorda. Dependia de Nathalie, portanto, impedir que os versos da canção popular se cumprissem em sua vida como uma profecia: O anel que tu me destes era vidro e se quebrou. O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou. 

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