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Redes de apoio: como encontrar espaços acolhedores na internet?
Alexander Grey
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Passar por algum problema pessoal ou familiar de forma solitária, sem dúvidas, é uma experiência difícil, cansativa e por vezes angustiante. Sem outras pessoas ao nosso redor, nos tornamos mais vulneráveis, temos dificuldade em buscar esperança e, frequentemente, podemos ser acometidos por sentimentos de desamparo e pelo próprio desiquilíbrio emocional que alguns afetos negativos podem causar.

Além de buscar apoio nas pessoas que amamos – amigos, colegas, familiares, companheiros – os espaços virtuais também possibilitam um contato mais aproximado com outras pessoas que estão passando pelas mesmas situações que a gente. Há grupos, fóruns, canais que reúnem dezenas, às vezes centenas ou milhares, de pessoas que buscam um espaço de acolhimento e de ver a sua dor ouvida e compreendida pelo outro.

Durante a pandemia da Covid-19, por exemplo, muitos grupos se disseminaram sobre a maternidade na quarentena, algo que ninguém havia vivido. Estavam todas aprendendo e buscando caminhos e, juntas, foram compartilhando ferramentas, dicas e um ombro virtual para os momentos mais difíceis de cuidar de uma criança e educá-la em meio a uma crise sanitária.

Foi pensando nesse papel social das mídias virtuais que a Vida Simples trouxe alguns caminhos de como buscar espaços seguros de compartilhamento de sentimentos, dúvidas, apreensões, mas também de suporte, apoio, especialmente de pessoas que já enfrentaram ou enfrentam problemas semelhantes, independente de qual seja o motivo.

Vamos dar algumas sugestões, a seguir, e você está convidado a compartilhar suas ideias também nos comentários.

Canais no YouTube

Embora os canais no YouTube não proporcionem uma grande dinâmica de interatividade entre os usuários, muitas pessoas buscam neste espaço compartilhar seus problemas. Existem canais em que as pessoas contam como estão lidando com seus problemas, ferramentas de cuidado e preservação, discussões relacionadas à saúde mental e outras fontes informativas. Esses recursos podem ser de grande ajuda para quem busca um terreno mais seguro para pisar e entender suas questões a partir das redes de apoio virtuais.

Entre os vários canais disponibilizados na plataforma de vídeos, destacamos alguns, como Isflocos, um canal que aborda questões relacionadas às pessoas com deficiência e surdez e a TV Oncoguia, um canal voltado a trazer informações, debates e pessoas que abordam ou vivenciaram o câncer de mama.

Canais e grupos no Telegram ou WhatsApp

É comum que algumas pessoas se reúnam para criar grupos e canais no Telegram ou WhatsApp para compartilhar dúvidas, medos, histórias positivas e experiências de quem já passou por algo semelhante. Algumas mães podem dar início a um grupo que debata questões ligadas à maternidade de filhos autistas, as dificuldades de identificar os primeiros sinais de comportamento nos primeiro anos de vida, indicações de médicas, suporte emocional e experiências de quem já possui filhos adultos e tem uma grande bagagem para compartilhar suas experiências.

Aqui na Vida Simples, nós temos um grupo de leitores gratuito que reúne pessoas de todo o país e debatem os mais diversos temas, sem julgamento ou críticas. A proposta é justamente proporcionar um ambiente de acolhimento e partilha de saberes. Confira aqui.

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Grupos no Facebook

Embora esteja hoje menos popular entre os jovens, o Facebook ainda é uma das principais redes sociais do país. Um das suas funções, os grupos, permite que sejam formadas comunidades virtuais voltadas para interesses específicos, desde temas relacionados ao mundo da moda à linguagem de programação na computação. Basta jogar uma palavra-chave na busca e você terá uma lista imensa de opções de grupos para ingressar.

É uma ótima ferramenta para reunir pessoas com interesses em comum e que possam compartilhar histórias, desabafos, pedidos de ajuda emocional e informações para os integrantes que já vivenciaram algo parecido, sendo um das principais formas de redes de apoio virtual na internet.

Aplicativos de celular

Os aplicativos de celular são possibilidades mais funcionais e que se tornam aliados importantes quando a ajuda está a apenas um clique de você. É claro que não podemos deixar de lado os apoios que recebemos das pessoas fisicamente próximas a nós. Porém, essas aplicações podem ser fundamentais em determinados contextos, como o de violência doméstica, por exemplo, ou algum assunto que não é tão aceito na sua família, como questões raciais ou voltadas à comunidade LGBTQIAP+.

Alguns aplicativos são o Be Ok, que ajuda no controle da respiração em momentos de crise de ansiedade, e o Cíngulo, especializado em terapia guiada, um aplicativo que foi eleito pelo Google como o melhor do ano de 2019 na Play Store.

Perfis no Instagram

Os criadores de conteúdo no Instagram são um ótimo suporte para assuntos mais específicos e que oferecem um ponto de apoio, identificação e legitimidade para muitas pessoas. Há diversos perfis que discutem temas relacionados à gordofobia, sexualidade, gênero, racismo e saúde mental, lugares onde as pessoas também interagem por meio dos comentários e nos stories como caixas de mensagens, comentários em lives e conversas via direct.

Já publicamos algumas sugestões de criadores por aqui, confira:

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