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Como a nutrição pode ajudar seu ciclo menstrual
Istock Young woman with muesli bowl. Girl eating breakfast cereals with nuts, pumpkin seeds, oats and yogurt in bowl. Girl holding homemade granola. Healthy snack or breakfst in the morning.
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Os alimentos certos regulam os níveis hormonais, colaboram com o processo de autoconhecimento e trazem uma vida com mais bem-estar para as mulheres

A menstruação é um sinal importante que nos ajuda a reconhecer o bem-estar do corpo. E quanto mais as mulheres se dispõem a falar sobre seus ciclos, mais conhecimento têm de si mesmas, principalmente de suas individualidades. “Nós nos observamos pouco”, garante Priscila Riciardi, nutricionista, pós-graduada em nutrição funcional e fitoterapia integrativa. “Precisamos fazer conexões a todo momento com o que se passa dentro da gente. O que acontece quando como determinado alimento? Quais são os sinais de que estou no período fértil?”. 

O autoconhecimento também mora nesse olhar para os processos fisiológicos, não só os psíquicos e emocionais. Por isso, preparamos um pequeno guia para ajudar você a entender como funciona seu ciclo menstrual e de que forma a alimentação pode ser sua melhor parceira nesse caminho de descoberta do próprio corpo. 

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As fases da mulher
Para começar, é importante lembrar que um ciclo menstrual regular não é, necessariamente, o de 28 dias, mas sim aquele que tem um padrão de comportamento. Ou seja, você pode ter ciclos com mais ou menos dias. Ciclos irregulares são aqueles onde não há padrão; a mulher experimenta, a cada mês, dias diferentes de ciclo. 

Entendendo a questão hormonal
Na primeira metade do ciclo, quando a mulher está menstruando, os níveis hormonais caem. Depois, o corpo começa a produzir estrógeno. Ele é quem vai ativar o mecanismo da serotonina (relacionada ao bem-estar, ao prazer), age no metabolismo dos carboidratos, e está ligado à saúde da pele e dos cabelos. Acontece que, em excesso, ele desregula outras fatores, o que não é bem-vindo.

Na fase seguinte, que corresponde à outra metade, quem atua é a progesterona. “Gosto de dizer que é o hormônio zen, uma vez que está ligado à diminuição da ansiedade, melhora do sono e da retenção de líquidos”, diz Priscila.

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Acontece que ela só é produzida se há ovulação. Mulheres que tomam anticoncepcionais, por exemplo, não ovulam. Excesso de estresse e deficiência de nutrientes também prejudicam a produção da progesterona. Então, nesse segundo momento do mês, no qual as mulheres deveriam estar se sentindo melhor, é justamente o período em que a grande maioria delas está dormindo menos, mais ansiosa e inchada. Isso é um sinal de desequilíbrio. “Chamamos de predominância estrogênica”, afirma a nutricionista.

Além disso, substâncias tóxicas contidas nos plásticos e diversos agrotóxicos agem no nosso corpo estimulando o estrógeno por mais tempo. O resultado são sintomas exagerados de TPM, paladar mais aguçado para o açúcar e acúmulo de gordura corporal, principalmente no quadril.

>> Você também pode se interessar por: Menstruação: em harmonia com seu ciclo


E como regular os níveis de hormônio?
Aqui, a alimentação adequada é um caminho que pode ajudar muito. Enquanto menstruamos ou estamos na etapa de altos níveis de estrógeno, precisamos de fontes de carboidratos saudáveis. Feijão, grão de bico, arroz, batata, banana, tâmara… A restrição excessiva desse macronutriente impacta, a longo prazo, no metabolismo do hormônio. A desregulação está associada a quadros depressivos, especialmente em mulheres que praticam atividade física em grande intensidade e quantidade.

Por outro lado, na fase da progesterona, metabolizamos melhor gorduras. Momento propício para investir em abacate, açaí, coco e oleaginosas. Também é importante recorrer a fontes de vitamina C, como acerola, limão, laranja.

As sementes companheiras
Abóbora, linhaça, girassol e gergelim. Essas são as sementes capazes de tornar os ciclos da mulher nutricionalmente mais ricos, emocionalmente mais leves e, ainda, facilitar o trabalho natural do organismo. Na primeira fase, usaremos as sementes de abóbora, rica em zinco, e da linhaça, cheia de ômega três. A primeira, Priscila recomenda que seja torrada para melhor absorção dos nutrientes. No caso da segunda, ela deve ser triturada – e, então, você pode usar como farinha, para preparar pães, bolos, panquecas, ou misturar no suco. A recomendação é de uma colher de sopa de cada uma delas por dia. 

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As sementes de girassol e de gergelim entram na segunda fase (do 14º dia em diante). Vamos aproveitar as vitaminas B5 e B6, além do cálcio que elas contêm, o que impedirá a queda brusca dos hormônios – quando isso acontece, provoca aquela expressiva oscilação de humor. É aconselhável torrar o girassol também. Completados os 28 dias, inicia-se o processo novamente.

Os benefícios do chamado ciclo das sementes ultrapassam os nutrientes citados: elas possuem fitohormônios, componentes das plantas que simulam os nossos hormônios. Por isso, são úteis em casos de endometriose, menopausa, acne hormonal, ovários policísticos e infertilidade. “Vale lembrar que essa é uma estratégia com ótimos resultados, desde que aliada à uma alimentação saudável e balanceada, à prática de exercícios e ao cuidado com a saúde emocional. Dependendo do caso, outros protocolos devem ser utilizados”, alerta a nutricionista. 

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Priscila Riciardi: https://www.instagram.com/pri_riciardi/

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