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Lar no morro
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Arquiteta trabalha para transformar casas da favela em lugares dignos e seguros

Quando Laura Beringuer chegou ao Rio de Janeiro, algo logo lhe saltou aos olhos: a riqueza da nossa cultura e a beleza da natureza. Se encantou pelo samba e a energia das pessoas. Era 2010, e ela vinha da França para o trabalho de conclusão do curso de arquitetura. A época parecia promissora para trabalho, já que a Copa do Mundo e as Olimpíadas estavam por vir. Laura retornou ao seu país só para pegar o diploma e logo voltou para a cidade do Cristo. Foi morar no Morro da Babilônia, no Leme, zona sul do Rio de Janeiro. “Demorei um tempo para entender quanta desigualdade social tinha por aqui. Mesmo sabendo que ela existia, é muito diferente quando você a sente”, diz.

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Laura nasceu num bairro de alojamentos sociais no subúrbio parisiense. Por lá as condições eram bem modestas, mas similares entre as pessoas – e a realidade brasileira se revelou bem diferente. “Para mim, ela representa o aspecto mais violento do país por ter se construído sobre um passado terrível de escravidão e ditadura e ter consequências difíceis de desconstruir. Desde o preconceito ao ato de maltratar gente humilde”, reflete. Em pouco tempo por aqui, ela começou a fazer projetos para casas de luxo do Rio de Janeiro. Enquanto isso, vizinhos seus no Morro da Babilônia lhe pediam ajuda em suas reformas e construções. Foi aí que ela sentiu um chamado maior: melhorar a vida de quem vivia em condições muitas vezes perigosas.

Dignidade para viver

“Decidi me dedicar a isso sentindo que poderia resolver problemas graves de segurança, de saúde e de conforto, o que eles não conseguem fazer por ter um alto custo.” Laura deixou as obras do “asfalto” para trabalhar no morro e tem elaborado projetos acessíveis para quem quer construir ou reformar o lar, olhando também para a sustentabilidade, como casas com teto de painel solar.

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Laura, hoje com 30 anos, está preenchida pelo desejo de que todos entendam que viver com segurança e conforto não deve ser luxo de alguns, mas um direito de todos. “Fico muito feliz em ver uma família tornar o sonho da casa realidade, e que estamos caminhando para mais dignidade na vida do morador de favela e da periferia.” Porque dignidade não tem cor, classe ou endereço.

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