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5 reflexões para descascar o abacaxi da saúde mental nas organizações
Benmar Schmid | Unsplash homem caminhando no tunel Benmar Schmid | Unsplash
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O tema das doenças, transtornos e síndromes mentais tornou-se ainda mais importante nos últimos anos em toda a sociedade, mas ainda é um verdadeiro abacaxi em grande parte do universo corporativo.

Com a colaboração de especialistas, organizações e pessoas corajosas, HSM Management, em uma parceria com a Vida Simples, traz cinco tópicos para refletirmos sobre a saúde mental do brasileiro no mercado de trabalho. Vamos descascar esse abacaxi juntos e juntas?

Alerta de spoiler: o final do texto contém dicas práticas que podem ser adotadas pelas empresas hoje mesmo!

1. Empresas são feitas de pessoas

É óbvio, mas precisa ser lembrado e relembrado: o maior ativo das empresas são as pessoas. Então, por que não investir na saúde delas? Se as doenças mentais custam tanto aos bolsos das empresas, por que a implementação de programas de saúde psicológica e bem-estar ainda é lenta?

2. Saúde mental pelas empresas: custo ou investimento?

Uma pesquisa realizada pela Mercer Marsh em 2019 apontou que cerca de 50% das empresas alegavam falta de orçamento para tratar o problema. 

Por outro lado, OMS e KPMG já publicaram estudos comprovando um retorno sobre o investimento  quatro vezes maior para ações preventivas de saúde mental. Ou seja, para cada real investido, o retorno seria de R$ 4.

Se estamos falando de investimento, e não de custo, talvez esteja na hora de CEOs e CFOs colocarem a temática em pauta nas suas reuniões estratégicas. É de suma importância que líderes empresariais compreendam que a intervenção em saúde psicológica requer o desenvolvimento de programas abrangentes. Estamos falando de :

  • Prevenção;
  • Diagnóstico precoce;
  • Estruturação de programas eficientes de qualidade de vida bem-estar;
  • Cobertura mais competitiva de benefícios corporativos;
  • Olhar para a saúde de forma integral, englobando desde a disponibilização de psicólogos até incentivos à prática de atividade física e alimentação saudável.

3. A falta de atenção à saúde mental dos colaboradores causa prejuízo

Os problemas relacionados à saúde psicológica constituem a segunda maior causa de incapacidade no Brasil. No universo corporativo, o adoecimento emocional afeta diretamente a lucratividade das organizações. Esses índices se configuram em prejuízo e aumento de custos, literalmente.

Um estudo realizado pela London School of Economics and Political Science aponta que a depressão custa às empresas brasileiras mais de R$ 300 bilhões em perda de produtividade. Estamos falando de bilhões de reais jogados no lixo por não tratar adequadamente um problema sério.

4. O papel das empresas e lideranças na saúde mental dos colaboradores

funcionários no escritório Os problemas de saúde psicológica constituem a segunda maior causa de incapacidade no Brasil.                      Crédito: Jason Goodman | Unsplash

Para o médico psiquiatra Daniel Barros, a responsabilidade de observar o estado mental dos funcionários não é apenas de cada trabalhador em si, mas também dos colegas, dos líderes e de toda a estrutura organizacional. A construção de um ambiente seguro e empático é tão importante quanto a promoção de ações de bem-estar ou o estabelecimento da confiança como base para todas as relações nas empresas. 

Segundo Barros, “as empresas precisam dar atenção ao clima organizacional, serem claras em suas comunicações e, na medida do possível, garantir flexibilidade e autonomia ao trabalho na rotina diária. Essas são algumas ações práticas que podem ajudar na redução do estresse e para que as pessoas se sintam mais compreendidas e dispostas a falar sobre seus sentimentos”.

De acordo com a consultoria EY, as organizações precisam encarar a conscientização sobre saúde mental no ambiente corporativo como um assunto essencial para sua própria sobrevivência, além de demonstrar a real preocupação com as condições de trabalho estabelecidas. 

5. Como colocar em prática o cuidado com a saúde mental dos colaboradores?

Para a EY, o futuro das companhias depende de seis atitudes:

  • Aceitar que é preciso lidar com o risco psicossocial nas empresas e que tratá-lo é a melhor prática do ponto de vista do desempenho organizacional;
  • Construir e fortalecer uma base sólida para o cuidado mental das equipes por meio de abordagens proativas, incorporando-as à gestão de risk management e operações;
  • Aumentar a confiança interna para que problemas de saúde mental sejam discutidos, reportados e tratados com seriedade, da mesma maneira como já ocorre com as lesões físicas;
  • Mudar a conversa para enquadrar as discussões sobre saúde mental em um contexto positivo;
  • Priorizar sobre o desenho do trabalho e reconhecer sua contribuição para o risco psicossocial;
  • Identificar, capturar e avaliar indicadores e eficácia de abordagens de saúde mental.

Vamos colocar essas ações em prática? 

Confira mais artigos sobre o tema no e-Fórum Saúde Mental nas Empresas, da HSM Management. 

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