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Vá mais devagar 
Jacek Dylag |Unsplash
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Mais do que um desejo, criar uma relação mais gentil com o tempo e com nós mesmos é uma urgência se quisermos viver uma vida com mais significado 


Sair do piloto automático, diminuir o ritmo e lidar com os incômodos internos que fazem parte do processo de tais mudanças é um desafio – afinal, estamos imersos em um modelo vicioso de tudo ao mesmo tempo e para ontem.

Bruna Miranda, jornalista e criadora da Review, acredita que “com a velocidade e os excessos do mundo atual, é normalizado o fato de nos perdermos em escolhas impensadas e baseadas em questões como a praticidade, o hábito, o comodismo, os modismos, a aceitação social e as carências”. Quando nos damos conta, estamos sucumbidos ao efeito manada, fazendo coisas que, por vezes, em nada conversam com nossa essência e, em certas situações, até agridem nossos valores.

Viver em um ritmo mais lento não significa tornar-se um preguiçoso ou um procrastinador. Ao contrário, é um movimento de busca pelo equilíbrio, pelo tempo certo das coisas – sem querer acelerá-las demais.

E isso vale para a relação que criamos com o tempo do outro também, entendendo que o dele vale tanto quanto o nosso. Desacelerar é perceber que, tal como a natureza, nós temos ciclos que precisam cumprir suas trajetórias de forma orgânica, sem intervenções.

Por isso, a importância de buscar por momentos de pausa, de desconexão do mundo online e das diversas pendências da rotina, e de questionar sobre os prazos que nos colocam e que colocamos nas outras pessoas. 

A jornalista defende que, quando se trata de reduzir a velocidade com que vivemos, não há uma fórmula pronta: cabe a cada um procurar por maneiras de desenvolver uma relação com o tempo mais harmônica.

No ambiente de trabalho mais formal, por exemplo, em que não é possível fazer os próprios horários, ela sugere pequenas atitudes de reconexão, como desativar tanto quanto possível as notificações do celular, que dificultam a concentração, organizar momentos de pausa entre as tarefas para um café, dar uma volta para esticar as pernas e relaxar a mente algumas vezes ao dia, além de fortalecer momentos de uma conexão real entre as pessoas que dividem determinado espaço com você.   

Outro pilar que pede uma dinâmica mais consciente é o do consumo – nossos questionamentos precisam começar antes da compra propriamente dita, como revendo se é realmente necessário realizá-la ou não.

Feita a reflexão, é importante que estejamos atentos a quais são as matérias-primas usadas em um produto e de onde vieram, sob quais condições de trabalho foi feito e qual o impacto causou ao longo do processo para o meio ambiente.

Luciana Pianaro, CEO da Vida Simples, aposta na responsabilidade coletiva: “Não podemos fazer de conta que estamos isentos de uma mudança de comportamento em prol do todo, pessoas e meio ambiente. Abandonar o modo automático requer que hábitos sejam repensados, especialmente os de compra. Uma das formas de fazermos isso é comprando de quem faz, valorizando o produtor local. O mundo será salvo pelas atitudes individuais”, diz. 

Bruna Miranda estará ao lado de Luciana Pianaro em uma conversa sobre a importância de um viver consciente nos dias atuais, mediada pela Roberta Tilkian, sócia-fundadora da Umanas. O encontro será na Fundação Ema Klabin, no dia 06 de outubro, às 13h30. 

O bate-papo faz parte de um pilar da programação do Mercado Manual, o Conversa Manual, que, nesta edição, será realizado em parceria com a Vida Simples, sob curadoria de Carmen Marie. A entrada é gratuita e sujeita à lotação.  

A importância de um viver consciente nos dias atuais
Manual na Ema
Data: 6 de outubro
Horário: às 13h30
Local:
Fundação Ema Klabin (Rua Portugal, 43 – Jardim Europa – SP)
Mais informações: http://redemanual.com.br/manual-na-ema-klabin

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