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Receita de Ano Novo
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“O que você quer para 99?”

Era final de dezembro e eu assistia à Xuxa fazer essa pergunta, enquanto passava o microfone pela sua plateia cheia de “baixinhos”. Acho que ainda lembro bem daquela cena cafona, vista pela televisão de tubo, pois a minha criança não gostava de ano novo.

Eu ficava tão apegada e saudosa pelo ano que se findava que chegava a dizer, lamentando: “O próximo nunca vai ser tão bom como este!” . Mas aí o ano seguinte começava, eu passava a gostar dele e lá estávamos nós, repetindo tudo outra vez (e ao som de Simone, céus!) quando mais um final de ano chegava.

Bem, agora estamos em um ano que, de tão desafiador, até parece concordar: não vai deixar saudades. Começamos 2020 cheios de planos e sonhos, mas logo os meses desandaram como uma massa que perde a liga e meleca as mãos.

E tudo vira uma inhaca. Por isso, cá estamos, em nossa última edição do ano, com um convite verdadeiro: encontrar a esperança.

Não aquela esperança passiva e inocente, que se escora num sofá empoeirado e acredita que tudo vai ficar bem no final. Mas a que nos coloca em movimento, porque viver ainda vale a pena e há muito a ser transformado.

Como escreveu Carlos Drummond de Andrade, “não precisamos parvamente acreditar que a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade” porque não vai ser assim – e a gente sabe.

Na “Receita de Ano Novo”, Drummond também diz: “É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre”.

Essa é minha parte preferida, porque ainda somos os mesmos quando a última folhinha do calendário é arrancada.

Por isso, seja hoje ou em qualquer tempo, que seu novo ano interno desperte e você seja movido pela esperança, por seus desejos e, sobretudo, pela vontade de viver com coragem o que há de vir.

O que você quer para 2021?

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