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Autocuidado para mulheres cansadas: ideias para recuperar o ânimo
Vladislav Muslakov - Unsplash
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As mulheres brasileiras estão cansadas. E não faltam dados para justificar essa afirmação, como mostra a Declaração pelos direitos descansistas, das pesquisadoras Thais Fabris e Maira Blasi. Segundo o documento:

  • As mulheres dedicam 73% mais tempo que os homens às tarefas do cuidado. As mães ocidentais dedicam o dobro do tempo aos filhos do que era dedicado na década de 60, quando menos mães trabalhavam fora (UCI, 2018);
  • Mulheres são mais suscetíveis a sofrer com a síndrome de burnout nos ambientes de trabalho (MCKINSEY, 2022).

As pesquisadoras nos lembram que “o descanso é um direito garantido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, pela Constituição Federal e pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas)”.

Nós, mulheres, estamos sobrecarregadas porque “as mulheres vivem em uma jornada de trabalho infinita, em que as tarefas domésticas, o trabalho do cuidado e o trabalho remunerado são permeados pela carga mental de ter que gerir tudo isso, constituindo um trabalho que só cessa quando a mulher dorme”.

Como as mulheres cansadas podem descansar mais?

A resposta não é simples. Para aquelas que enfrentam a exaustão decorrente da desigualdade nas responsabilidades domésticas e profissionais, encontrar maneiras de descansar é fundamental.

A sobrecarga das mulheres cansadas demanda abordagens que vão além do simples repouso físico. Confira algumas ideias a seguir:

Ritualize a sua rotina para sair do piloto automático

A proposta de ritualizar a rotina, enfatizando a atenção plena em atividades cotidianas, é uma estratégia para desconectar do piloto automático e reduzir a ansiedade associada a uma jornada incessante. Marcela Rodrigues, jornalista especializada em bem-estar e sustentabilidade, defende o autocuidado e bem-estar do ponto de vista dos rituais.

A proposta é entender que quando ritualizamos as nossas atividades do cotidiano, dedicamos atenção plena ao momento, percebemos que não precisamos de tantas coisas materiais para nos sentirmos bem e vamos adotando um estilo de vida mais consciente.”

“Ritualizar ajuda a encontrar um ritmo próprio, a usar os meus sentidos para focar no presente – cozinhar com atenção plena, tomar banho prestando atenção na água, com intenção de relaxar — ações triviais, transformadas em rituais são revolucionárias porque temos o foco no presente, a atenção plena, nos ajuda a olhar de maneira mais bonita para o local que nos cerca e ter mais presença com a família”, conclui.

Conecte-se com o que é essencial para você

Além disso, a importância de se reconectar com a essência pessoal e promover a autoaceitação destaca-se como um caminho para construir uma base sólida de bem-estar. Silvia Beraldo, consultora de imagem e marca pessoal, destaca como é importante que a mulher possa olhar para dentro e se conectar com sua essência.

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Silvia mostra que o bem-estar pode ser acessível. “As pessoas complicam muito a relação entre bem-estar, beleza e autoaceitação, colocam isso de forma muito distante. Gosto de tratar de forma simples, mostrar que é uma construção, a combinação entre a pessoa despertar o olhar sobre quem ela é e fazer acontecer”, explica.

Autoaceitação e confiança são caminhos poderosos para uma vida plena. “Faço um convite para o autoconhecimento, abrir o olhar para uma busca mais sensível, uma investigação interna para mostrar que a comunicação não verbal, como o vestir e os gestos, dizem muito sobre em que lugar você está e para onde irá. A construção de identidade ocorre sempre coerente com quem a pessoa é. Proponho um padrão de comportamento que promova mudança e o bem-estar com imagem da pessoa.”

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Sugestões de livros para saber mais (e ler deitada)

Adotar uma abordagem consciente para lidar com as múltiplas demandas da vida cotidiana e reconhecer o direito ao descanso é essencial para que as mulheres possam revitalizar corpo e mente.

Na Declaração pelos direitos descansistas, as pesquisadoras apresentam uma lista de livros para “ler deitada” e refletir. Colocamos as sugestões* a seguir:

A Vida não é útil – Ailton Krenak

Divulgação

Sociedade do Cansaço – Byung-Chul Han

Divulgação

Direito à Preguiça – Paul Lafargue

Divulgação

Não aguento mais não aguentar mais – Anne Helen Petersen

Divulgação

Rest is resistance – Tricia Hersey

Divulgação

Calibã e a Bruxa – Silvia Federici

Divulgação


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