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A ansiedade dos excessos
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Como descobrir o que é essencial para cada um de nós pode abrir caminhos para uma vida menos ansiosa e com mais propósito

Quando pequena, gostava muito dos jogos de tabuleiro. Sentava com minha mãe no chão da sala e, por alguns deliciosos momentos, entrávamos em um universo paralelo comandado pela nossa imaginação. Ao fim da brincadeira, era hora de partir para outra atividade. Tenho a sensação de que perdemos um pouco dessa noção de uma coisa por vez, de começo e final. O tudo-aqui-e-agora, a um clique de distância, nos colocou em uma zona agitada de excessos.

Isso lembrou-me de uma fala do escritor Greg McKeown. No livro Essencialismo (Sextante), ele afirma que nossa maior prioridade é proteger a capacidade de priorizar. Se todas as coisas se tornam urgentes, perdemos a noção do que é realmente importante. À medida que ocupamos nossos dias – e nossa mente – com tarefas diversas, sem qualquer ordem para executá-las, assumimos mais o papel de apagador de incêndios do que o de protagonista da própria vida. Assim, o sol se põe e estamos exaustos, mas, ao mesmo tempo, carregamos a sensação de não ter conseguido finalizar tarefa alguma – e isso funciona como um gatilho para a ansiedade. 

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Gosto da analogia do supermercado que me foi apresentada pela psicóloga Jéssica Barbosa. Imagine que você tem uma tarde livre para andar pelos muitos corredores de um supermercado. Decide, então, gastar seu tempo enchendo o carrinho sem muito critério: conforme enxerga algo que o agrade, pega para si. Ao chegar em casa com as sacolas abarrotadas, percebe que, com os produtos escolhidos, não é possível fazer nenhuma receita. Os ingredientes não têm relação entre si. Os armários ficam cheios, mas sua fome não é saciada. 

Quando os excessos escondem ausências

Ao andar lado a lado, essas sensações de sobrecarga e de improdutividade, que, a princípio, pareciam excludentes, despertam sentimentos como angústia e irritação. “Sabemos que algo está errado, mas é difícil identificar exatamente o que está acontecendo para nos sentirmos assim. Daí, vem a inquietação”, afirma Jéssica. 

E como lidar com esse incômodo interno? Greg McKeown sugere um começo: buscar aquilo que é essencial. Para ele, uma pessoa essencialista rejeita a ideia de dar conta de tudo. Ela sabe que, para realizar aquilo que quer, precisa abrir mão de outras ofertas. É mais ou menos como entrar no supermercado com uma lista de compras e evitar passar pelos corredores que não fazem parte do roteiro, uma vez que você não precisa de nada do que está lá – mesmo que sejam alimentos muito apetitosos. 

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Saiba escolher

Se trouxermos essa visão para a realidade que enfrentamos hoje, de uma pandemia assolando o mundo sem tantas perspectivas de melhora, fica mais fácil perceber que, mesmo que nossas opções sejam limitadas, como no que diz respeito aos espaços físicos nos quais podemos transitar, ainda assim é preciso fazer escolhas. Não é saudável aceitar todos os acúmulos porque, de alguma forma, há uma espécie de caos instalado do lado de fora. 

Essas escolhas passam, primeiro, por uma observação sincera de quem você é e o que deseja. Tente listar tudo aquilo que é importante para você. Não precisa ser nada grandioso, foque nas simplicidades. Por vezes, tomar um banho bem quente e em silêncio é que o te reconforta. Ou fazer uma pausa no meio da tarde para um café com bolo. Ou ainda reservar trinta minutos por dia para estudar. Enfim, não há respostas certas ou erradas, mas aquilo que ressoa em você. 

Depois, no mesmo papel, faça uma coluna ao lado com todas as atividades que estão pendentes. Agora, é hora de cruzar as informações: dentro daquilo que precisa ser feito, o que é realmente importante? “Esse exercício faz com que a gente perceba a quantidade de tempo que gastamos com coisas que não fazem o menor sentido para os anseios da nossa essência”, revela a psicóloga. “Por isso, ficamos tão ansiosos. Porque estamos distantes do que verdadeiramente nos alimenta. Cumprimos obrigações dia após dia, mas, na completa ausência de um porquê, a felicidade se esvai e tudo fica mais nebuloso – dentro e fora da gente”, termina.

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Você não é o que você faz 

A segunda parte do exercício é aprender a postergar. Deixar para depois nem sempre é sinônimo de uma procrastinação patológica. Pelo contrário, é também sinal de que você está alinhado com suas prioridades. Se não deu para lavar os banheiros hoje porque está na hora da sua novela favorita, lave amanhã. Se o livro que pegou para ler estava tão bacana que você nem se deu conta do horário, peça um delivery para jantar ao invés de ir para a cozinha. Faça escolhas conscientes dentro das suas possibilidades. 

Um outro passo é o do desapego das tarefas. Se for possível delegar para alguém que está mais tranquilo e pode fazer isso por você, por que não? Abrir mão de determinadas atividades pode nos trazer um desconforto quando acreditamos que nosso valor está diretamente relacionado ao cumprimento delas. É como se, ao deixar que outra pessoa as faça, perdêssemos aquilo que nos tornava necessários para os outros. Nestes casos, é importante procurarmos também por ajuda profissional para lidar com as inseguranças que tornam a nossa autoestima e a percepção que temos de nós mesmos dependente do quanto somos capazes de fazer, produzir ou ofertar.

Ao encontro do propósito

Por fim, Greg McKeown defende que uma boa estratégia contra a ansiedade é a disciplina. Se, todos os dias, você olhar para essa lista de prioridades e buscar segui-la, mesmo que no dia anterior tudo tenha saído do eixo, terá a percepção de que está dedicando seu tempo àquilo que lhe é verdadeiramente útil, ao seu propósito. Aquela sensação de terminar o dia exausto, mas com um vazio no peito, tomará outro rumo para não mais te atormentar. Porque não se trata só de dizer não ao que não importa, mas de se dedicar rotineiramente ao que faz sentido. Essa é a busca pelo seu porquê. 

Equilíbrio pela natureza

Além do acompanhamento com um profissional da saúde, outros auxílios externos são de grande valia para os momentos em que percebemos que está difícil recuperar o equilíbrio sozinhos. E, muitas vezes, eles podem ser encontrados na natureza. No século XVIII, o escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe, em uma viagem à Itália, trouxe à luz o conceito da planta primordial,  uma entidade espiritual, que não pode ser encontrada em nenhum lugar do mundo físico, presente em cada planta. Esse olhar diz respeito a uma dinâmica de forças que existem nos vegetais para além das características que podemos enxergar. 

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O conceito inspirou o filósofo Rudolf Joseph Lorenz Steiner na criação da antroposofia, uma ciência espiritual moderna, que acredita que os seres humanos compartilham semelhanças com os outros seres do reino mineral, animal e vegetal. É por isso que a interação com a natureza é capaz de nos trazer de volta ao nosso próprio eixo.  Quem me explicou isso foi Rodolfo Schleier, especialista técnico-científico da Weleda, marca de cosméticos e medicamentos naturais que tem Steiner como fundador filosófico. 

Para acalmar a ansiedade

Um dos gêneros de plantas que a Weleda utiliza em suas formulações é o Bryophyllum, que, na visão antroposófica, está relacionado à energia vital, aquela que reúne as forças responsáveis por todo o princípio da vida. “No nosso corpo, ela estimula os processos de vitalidade e regeneração, seja físico ou mental. Esse reequilíbrio energético faz com que seja possível tratar sintomas como angústia, ansiedade e irritação de maneira natural e orgânica”, diz Rodolfo. 

Foi assim que a Weleda criou o Bryophyllum Argento cultum*, um ansiolítico com ingredientes naturais. No entanto, até que o medicamento possa ser consumido, os vegetais são cultivados por três anos em terra enriquecida com prata, um metal capaz de refletir luz. “Nosso cérebro é a imagem viva da prata”, conta Rodolfo. “Ele consegue captar as sensações que nos são externas e refleti-las no corpo”, continua. Ao unir as potencialidades que habitam nos vegetais e minerais, nosso corpo tem um reencontro com sua própria natureza e consegue se recuperar do que está descompensado. Lembre-se de que é muito importante sempre conversar com seu médico e farmacêutico antes de consumir qualquer medicamento. 

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Esse conteúdo foi produzido pela Vida Simples em parceria com a Weleda.

*BRYOPHYLLUM ARGENTO CULTUM – Bryophyllum calycinum argento cultum D2. USO ORAL – USO ADULTO E PEDIÁTRICO. MS 1.0061.0085. INDICAÇÕES: Indicado no tratamento auxiliar dos distúrbios do sono, fraqueza, esgotamento, ansiedade, irritação, angústia, consequências do choque e distúrbios histeriformes1. CONTRAINDICAÇÕES: Bryophyllum Argento cultum é contraindicado para pessoas com hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Este medicamento CONTÉM ÁLCOOL. BRYOPHYLLUM ARGENTO CULTUM É UM MEDICAMENTO. SEU USO PODE TRAZER RISCOS. PROCURE O MÉDICO E O FARMACÊUTICO. LEIA A BULA. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Registrado por: Weleda do Brasil Laboratório e Farmácia Ltda – R. Brigadeiro Henrique Fontenelle, 33, São Paulo / SP – CNPJ: 56.992.217/0001-80. Indústria Brasileira. SAC 0800 55 32 66. Referência: 1.Bula do produto. Data de veiculação: Junho/2020. 

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