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Banque suas escolhas
(Ilustrações: Herbert Loureiro) Em meio à pilha de deveres e obrigações cotidianas, o desejo vem nos cutucar: “Ei, o que você quer de verdade?”
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Catadora de papel, Maria Carolina de Jesus registrava seu cotidiano em cadernos que encontrava no lixo. Isso, quando o sono dos seus três filhos no barraco onde viviam no Canindé, em São Paulo, permitia. Em Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada (Ática), obra autobiográfica publicada em 1960, ela respondeu não apenas à sua necessidade de retratar a rotina invisível de uma vida empurrada às margens, mas de ser e sentir. De ser vista. Não como quem serve, mas como quem deseja e pode construir outros mundos por meio de suas escolhas.

“Meu sonho era escrever e o pobre não pode ter ideal nobre. Eu sabia que ia angariar inimigos, porque ninguém está habituado a esse tipo de literatura. Seja o que Deus quiser. Eu escrevi a realidade.”

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