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Vamos brincar | Ouvindo Vida Simples
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Nesse episódio de Ouvindo Vida Simples, Sandra San faz a leitura do texto “Vamos brincar”, publicada na edição impressa 205 da Vida Simples. O texto original é de Daniela Pires.

 


Produção de áudio: Ogro

Edição do portal: Margot Cardoso

Direção geral: Lu Pianaro e Isis de Almeida.


Entender como fazer isso, já adulto, é essencial para ter uma rotina mais leve, presente e mais criativa. Brincar, afinal, não é só para criança.

Ao som dos Novos Baianos, as crianças brincavam de ser artistas. Em um ateliê com tintas no chão, elas reproduziam sisudas obras de arte clássica. O olhar de cada uma delas trazia liberdade e sentimento, sem preocupação com certo ou errado. Em meio a tudo isso, uma cena chamou a minha atenção. Num canto da sala, duas meninas se divertiam com as cores e as formas que nasciam com o cair das tintas no papel. Enquanto isso, o pai delas também brincava, com o celular. Ele franzia a testa, coçava a barba. Mal sabia que uma oportunidade instantânea de conexão com o mundo das crianças e com o brincar se esvaía a cada toque na tela eletrônica.

Pouco tempo depois, um menino maiorzinho passou pela porta do ateliê. Olhando as brincadeiras de longe, ouviu de sua mãe um “vamos embora porque estamos atrasados e isso é coisa de criança pequena”. E lá foi ele, cabisbaixo, sem poder se divertir. Será que é assim que começamos a ver a brincadeira como algo bobinho e inundamos nossa vida de seriedade e rigidez? Como podemos resgatar o espírito do brincar em nossas vidas? É sobre essa busca que vamos conversar agora.

Brincar faz bem em diversos sentidos

No livro “Play: How it Shapes the Brain, Opens the Imagination and Invigorates the Soul” , o psiquiatra Stuart Brown explica o que é o brincar: uma atividade que fazemos apenas pela alegria de fazer, sem uma finalidade específica. Ela também reduz a consciência de nós mesmos e nos liberta do tempo, já que paramos de nos preocupar se estamos feios, estranhos ou bonitos e nos desligamos de pensamentos, ideias e preocupações. Permite, ainda, nosso potencial de improviso, pois facilita o pensar e agir fora da caixa, abrindo espaço para criatividade e insights; e, quando brincamos, não temos vontade de parar.

Além disso, segundo vários estudos científicos, brincar estimula a plasticidade cerebral, a adaptabilidade, o raciocínio lógico, a socialização, a empatia e a criatividade. Mais do que isso, é um antídoto para o estresse. “Brincar é a essência da vida, é o que faz com que ela seja possível de ser vivida”, arremata Brown.

| Se você preferir, pode continuar a LER o texto “Vamos brincar?“.

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