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Mais dinheiro ou mais tempo?
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Qual o significado do dinheiro para você? Se você pudesse escolher entre ter mais tempo ou mais dinheiro, o que escolheria? Por que? Esse texto te ajuda a refletir sobre isso.

Alguns meses atrás eu fiz esta pergunta no meu Twitter LinkedIn e me surpreendi com a resposta:

Se você pudesse escolher entre um aumento salarial ou manter o salário atual e trabalhar menos horas por semana, o que você escolheria?

Nas duas redes, mais da metade das pessoas que responderam preferem manter o salário atual e trabalhar menos horas ao invés de receber um aumento e manter a carga horária atual de trabalho.

O que isso quer dizer? Por que tem pessoas que preferem mais tempo do que dinheiro? Por que tem pessoas que preferem mais dinheiro do que mais tempo?

Ao longo dos últimos 12 meses eu venho pensando sobre isso. Li uma série de livros, fiz cursos, conversei com pessoas, fiz reflexões. E cheguei em alguns pensamentos que quero colocar pra fora e compartilhar com você.

Por que a gente busca mais dinheiro?

Minha hipótese era que a maioria das pessoas preferem mais dinheiro do que mais tempo. Curiosamente, a minha pequena “pesquisa” revelou o contrário.

Claro que essa pesquisa não é representativa da população, a amostra tem um viés de ser direcionada por pessoas das minhas redes sociais. Mas mesmo assim, eu imaginava que a maioria estaria seguindo o caminho “padrão da vida adulta”: busca por mais dinheiro. Fiquei positivamente surpreso em ser provado errado, pelo menos nesse meu microcosmo.

Ainda assim, uma boa parte disse que se tivesse a escolha, escolheria mais dinheiro. Por que alguém busca mais dinheiro? Em resumo, eu diria que tem duas respostas:

  1. Porque precisa de mais dinheiro
  2. Porque acha que precisa de mais dinheiro

Minha preocupação, neste artigo, é com quem está na categoria 2.

A questão aqui não é se dinheiro traz felicidade ou não. Minha preocupação é sobre a pessoa poder pensar e decidir mais de acordo com seus próprios critérios, e menos pelo que foi depositado na cabeça dela de forma quase inconsciente (tipo inception, para quem viu o filme).

Vamos ver dois motivos do porquê as pessoas buscam mais dinheiro, sem estar consciente disso.

Buscamos mais dinheiro por causa de status

Um dos motivos que nos faz buscar mais dinheiro de modo inconsciente é status. Essa ideia ficou clara para mim depois de ler o livro “Desejo de status“, do filósofo Alain De Botton.

Segundo o autor, status é a posição que alguém tem dentro da sociedade. De modo mais restrito, é sobre a posição que você tem dentro de um grupo (família, amigos, empresa, cidade, país etc). De modo mais amplo, é sobre o valor e importância que você tem perante os olhos dos outros.

Status não é algo natural, é uma convenção social e humana. Também não é imutável, ele variou ao longo da história da humanidade: ser um caçador, ser um guerreiro, ser de uma certa família, ser parte do clero da igreja etc. Porém ao longo dos últimos séculos, cada vez mais ter status tem relação com ter dinheiro e com conquistas financeiras.

E por que buscamos status?

Bom, ter mais status pode trazer alguns benefícios para você. Quem tem mais status recebe mais atenção das outras pessoas, elas te vêem diferente, como se você tivesse mais valor. E muitos de nós somos inseguros sobre nosso próprio valor como ser humano, daí derivamos nosso senso de autoestima através do que os outros pensam de nós.

Se temos mais dinheiro, temos mais status. Se temos mais status, os outros nos atribuem mais valor. Se os outros nos atribuem mais valor, então nós nos atribuímos mais valor.

Acontece que construir sua autoestima baseado no que os outros pensam sobre você é muito frágil. Eu diria até perigoso.

Para quem está assistindo a série “The Boys” no Amazon Prime, pode pensar na autoestima do Homelander, ela é totalmente baseada no que as pessoas nas redes sociais acham dele.

Buscamos mais dinheiro porque nos tornamos prisioneiros do nosso estilo de vida

Há também aqueles que acham que precisam de mais dinheiro para sustentar um certo estilo de vida. Por sustentar seu estilo de vida, quero dizer onde você gasta seu dinheiro.

O problema que quero apontar aqui não é onde você gasta seu dinheiro. Mas quanto do seu dinheiro você gasta e o porquê.

Digamos que você conseguiu um emprego no começo dos seus vinte anos de idade. A cada aumento de renda desde então, o que aconteceu com seus gastos? Subiram? Provavelmente. Até aí ok.

O potencial problema é se na maioria das vezes que sua renda subiu, seus gastos subiram proporcionalmente juntos. Eu digo potencial problema porque talvez eles subiram por uma necessidade, talvez você tenha tido um filho. O problema real pode acontecer quando seus gastos subiram mais devido a desejos do que necessidades. E aqui eu quero trazer um conceito que aprendi com a filosofia de Epicuro.

Epicuro dizia que a gente confunde nossos desejos e necessidades. Necessidade é por exemplo alimento, abrigo, amigos. Desejo pode ser poder, fama, um apartamento grande, o iPhone do ano, o carro que seu amigo tem.

Se toda vez que você conseguir aumentar sua renda, você aumentar suas despesas, você se torna um refém do seu próprio salário. O refém do seu próprio salário sente que não tem opção a não ser dar um jeito de manter aquela renda a qualquer custo, pois se a renda for menor, ele acredita que sua vida seria ruim.

O risco aqui é a pessoa perder sua liberdade. Ela deixa de ter a liberdade de poder fazer menos dinheiro, ela é “obrigada” pelos seus desejos a manter aquele nível de renda ou mais. Uma armadilha que ela criou para si mesma, muitas vezes sem perceber. Seja qual for o motivo.

Pode ser, por exemplo, porque não parou para discernir necessidade de desejo. Pode ser porque tentou substituir algum vazio da sua vida com alguma posse ou experiência que o dinheiro pode comprar.

Ela virou refém do seu próprio salário.

Para que vou querer mais tempo?

Voltando para o resultado da enquete nas minhas redes sociais, a maioria das pessoas responderam que prefeririam trabalhar menos do que receber um aumento salarial. Por que será?

Consigo pensar em algumas possibilidades.

Tempo para se desenvolver como profissional

Talvez esse seja o motivo mais fácil de racionalizar. A pessoa gostaria de ter mais tempo para desenvolver uma competência.

Para muitos, aprender é uma fonte de prazer. Pra mim com certeza é. Um potencial problema é que investir tempo em desenvolver uma competência para o trabalho compete com o tempo de outras atividades fora do trabalho.

Podemos dividir nosso tempo em:

  • atividades de lazer (andar de bicicleta, ver Netflix)
  • atividades produtivas (trabalhar, estudar)
  • atividades de manutenção (tomar banho, comer)

Para muitos de nós, o trabalho está no centro da nossa vida e a gente vai encaixando o restante no tempo que sobra. Ok, é a vida né. Mas tem que ser assim?

Daí você quer desenvolver uma competência profissional, seja porque gosta, seja porque precisa. Mas para isso acontecer, você vai ter que tirar ainda mais tempo de atividades de lazer ou de manutenção. Menos tempo para um hobby. Ou o que muitos de nós fazemos, menos tempo para dormir.

E se você pudesse trabalhar menos? Daí poderia usar o tempo extra para se desenvolver profissionalmente, comprometendo menos o tempo dos outros aspectos da sua vida. Não seria legal?

Alguém lendo esse texto pode dizer: “pera, mas isso é paradoxal… vou trabalhar menos, e com o tempo que sobrar eu vou investir em coisas que vão me fazer melhor no trabalho?!“. Sim, cada um faz o que quer segundo seus valores e seu repertório de vida. Muita gente vê as coisas desse modo, e está tudo bem, é o modo como a pessoa vê.

Eu mesmo pensava nessa linha: “trabalho é de onde eu derivo grande parte do meu senso de realização na vida“. Acontece que com um pouco de tempo extra, pude refletir e expandir meus pensamentos.

O que me leva para outro lugar onde você poderia usar mais tempo livre: se desenvolver como pessoa, não só como profissional.

Tempo para se desenvolver como pessoa

Uma das vezes que eu percebi que estava claramente me desenvolvendo como pessoa foi ao assistir palestras sobre feminismo, diversidade e inclusão na Plataformatec. As ideias e novas crenças que tive a partir dessas pitadas de educação claramente me tornaram uma pessoa melhor, dentro e fora do trabalho.

Depois, já durante meu sabático, eu li um livro chamado “Curso do amor“, também do filósofo Alain de Botton. O livro fala sobre o amor entre um casal, e sugere uma ideia disruptiva e inspiradora pra mim: “amor é mais habilidade do que entusiasmo“.

Ele explica por A + B os riscos daquela visão de amor romântico, da ideia de buscar uma pessoa perfeita para você. A verdade é que nenhuma das pessoas em um casamento é perfeita para a outra.

Aprendi com esse livro que “amor é a admiração pelas qualidades do ser amado que prometem corrigir nossas fraquezas e nossos desequilíbrios“. Faz parte do amor ser alguém imperfeito, mas também se inspirar na outra pessoa para se tornar um indivíduo melhor. Nesse sentido a relação de amor entre casal é sobre um ser parceiro do outro em uma jornada de desenvolvimento pessoal mútua. Olha que lindo!

Depois de ler esse livro, acredito que me desenvolvi como marido. Me desenvolvi como pessoa.

No meu caso, o aumento de espaço na minha mente para ter interesse e atitude de ler esse tipo de livro só aconteceu quando eu tive mais tempo fora do trabalho. Menos estresse e demanda do trabalho me permitiu pensar mais sobre as outras coisas importantes da minha vida.

Quando pensamos em desenvolvimento de pessoas, logo nos remetemos a ideia de RH, de carreira, de desenvolvimento profissional. Mas se desenvolver pode ir muito além do que apenas se tornar um profissional de excelência. Que tal se tornar uma “pessoa de excelência”?

Essa ideia é inspirada na filosofia de Aristóteles. Ele dizia que um bom caminho para a vida é se tornar uma pessoa virtuosa, uma pessoa de virtudes. E virtudes vai muito além de competência para o trabalho. Que tal ter como direcionamento de vida ser uma pessoa virtuosa ao invés de ser uma pessoa financeiramente rica? A virtude com certeza está mais próxima do alcance de todos do que a riqueza financeira.

A gente acha que ser amigo, ser pai, ser mãe, ser filho, ser irmão, ser cidadão, ser marido, ser esposa etc é simplesmente ser. Que já nascemos com uma habilidade inata em desempenhar esses papéis tão importantes nas nossas vidas. Não damos tanto atenção para nos desenvolvermos dentro desses âmbitos tanto quanto damos para nos desenvolvermos como profissionais.

Imagina o quanto de oportunidades não teríamos para nos desenvolver como um ser humano melhor se tivéssemos um pouco mais de tempo fora do trabalho.

Tempo para aprender o que eu não sei que eu não sei

Por fim, ter mais tempo livre lhe permite a aprender mais sobre aquilo que você não sabe que você não sabe (sobre você, sobre os outros e sobre o mundo).

No meu caso, eu descobri que eu não sabia “fazer nada”. Até li um livro no começo do ano sobre isso, se chama “How to Do Nothing: Resisting the Attention Economy, da artista e professora de Stanford Jenny Odell.

Por vezes, minha esposa me falava “tu trabalhas muito“. Mas eu não entendia o que ela queria dizer, não fazia sentido pra mim. Apesar de empreendedor, nunca comprei a ideia daquele estereótipo que empresário tem que trabalhar um volume absurdo de horas. Eu sempre me esforcei para trabalhar algo por volta de 40 horas por semana, a carga horária padrão da CLT. Mas o que ela queria dizer para mim estava no campo das coisas que eu não sabia que eu não sabia, estava além da minha compreensão.

Só depois de ler os livros “How to do nothing” e “Sociedade do cansaço“, de refletir, meditar, e de muitas sessões de terapia, eu fui capaz de compreender o que ela queria dizer.

Percebi que apesar de trabalhar “apenas” uma carga de 40 horas por semana, minha mente continuava conectada e direcionada pelo trabalho, mesmo enquanto eu “não estava trabalhando”. Em casa, os livros que eu lia eram sempre para me ajudar a resolver problemas que eu encontrava no trabalho. No jantar, às vezes me pegava pensando no trabalho, ao invés de estar presente com a pessoa que eu amo.

Meu problema era que eu inconscientemente enxergava o tempo como um recurso econômico que eu deveria explorar ao máximo para produzir. Eu vivia para produzir, dentro e fora do trabalho, mas eu não tinha consciência disso.

Com mais tempo livre, eu pude descobrir que existem outras coisas que você pode fazer com o seu tempo além de produzir. Por exemplo, você pode fazer atividades contemplativas, como meditar.

Você começa a deixar de pensar “estou perdendo meu tempo“. Você para de pensar que “tempo é dinheiro”, que você tem que otimizar seu tempo. Que você tem que saber todos os hacks de produtividade e tirar o máximo possível de você.

Sabe onde se aplica essa ideia de otimizar algo e tirar o máximo de retorno dela? Em uma máquina, em uma fábrica. Você não é uma máquina dentro de uma fábrica que precisa ser otimizada. Nem dentro nem fora do trabalho.

Confesso que ainda estou aprendendo a viver sob essas novas ideias, não é fácil pra mim. E acredito que não deve ser fácil para nós como sociedade capitalista, que fomos levados a acreditar que devemos produzir ao máximo durante todo nosso tempo acordados.

A carga horária de trabalho atual não é natural, ela é uma convenção

Algumas pessoas lendo sobre essa ideia de trabalhar menos podem achar que isso é impossível. Utópico. Que nunca vai acontecer etc.

Para essas pessoas, convido a dar uma olhada para o passado e também para o presente. E baseado nessa observação, refletir: “trabalhamos 40 horas por semana porque é assim ou porque está assim hoje?

Ser é muito diferente de estar. É mais fácil mudar algo que está, do que algo que é.

Primeiro, vamos olhar brevemente para o passado. Faz pouco mais de 100 anos que começamos a regulamentar a  jornada de trabalho no Brasil. Antes disso alguns trabalhadores chegavam a trabalhar mais de 14 horas por dia nas indústrias! Hoje, estamos mais para as 40 horas por semana. Mudou. A jornada de trabalho não é natural, é uma convenção, um combinado.

Olhando agora para o presente, já existem empresas experimentando diferentes formas de jornada de trabalho. Vamos para alguns exemplos.

A Wildbit tem uma política de jornada de 4 dias de trabalho por semana, 32 horas por semana. Ela é uma empresa americana de pequeno porte, de produtos de software, com 20 anos de idade.

A Microsoft Japão testou uma jornada de 4 dias de trabalho por semana em 2019.

Um outro caso muito inspirador pra mim veio do Brasil: Ricardo Semler da SEMCO. Neste TED Talk, ele falou:

Quando olhamos para o modo como distribuímos a nossa vida, percebemos que nos períodos onde temos muito dinheiro, nós temos pouco tempo. E quando finalmente nós temos tempo, não temos dinheiro, nem saúde.

Essa questão toda de aposentadoria… ao invés de você ir escalar uma montanha quando você tiver 82 anos, por que você não vai na semana que vem?

Então eles criaram um programa no qual o funcionário poderia “se aposentar” ao longo da vida inteira, não só no final da vida. Quem quisesse aderir ao programa, poderia não trabalhar de quarta-feira, em troca de 10% a menos de salário.

Eles pensavam que as pessoas que iriam aderir ao programa seriam pessoas mais velhas. Mas a idade média das primeiras pessoas que aderiram foi 29 anos. Interessante né?!

Essas pessoas e empresas já estão desafiando a jornada de trabalho. Elas entendem que a jornada de trabalho como é hoje não é algo natural. É uma convenção que pode ser modificada.

E como isso tudo pode ser usado para sua empresa?

Para finalizar, eu gostaria de fazer um convite para você: pensar sobre por que uma empresa teria um programa de uma jornada de trabalho menor.

Sob uma óptica mais de negócios, pode ser um excelente modo de diferenciação para a marca empregadora. Cada vez mais se fala da escassez de mão de obra qualificada, e isso só tende a aumentar.

As empresas (principalmente no meu mundo, de tecnologia) tentam se diferenciar de todos os modos para atrair e reter pessoas. Salários altos, trabalho remoto, mesas de ping-pong, videogame, ambiente informal de trabalho etc.

Mas você não tem a impressão que isso tudo já está ficando um “lugar comum”?

Apesar da boa intenção, a empresa poderia oferecer para seus funcionários algo muito mais valioso. Talvez uma das coisas mais valiosas da vida: tempo. Esse sim seria um benefício totalmente diferente.

E eu diria que oferecer esse benefício não requer apenas capacidade financeira da empresa. Requer também coragem e uma expansão de perspectivas da missão da empresa.

Uma empresa padrão e moderna vai dizer que é centrada no cliente. Que o cliente está a frente de tudo. Que ajudar o cliente é a sua missão. É isso que você vai encontrar em boa parte da comunicação pública de uma empresa. É algo que você pode ver da “porta para fora.”

Da “porta para dentro”, muitas das decisões são direcionadas por outro stakeholder: os acionistas. Afinal, é isso que se ensina (e o que aprendi) nas escolas de negócio e cursos de MBA afora: a função de uma empresa é dar retorno financeiro para seus acionistas.

Daí depois de clientes e acionistas, sobram os funcionários. O curioso pra mim é que justamente os funcionários são as pessoas que mais tempo da sua vida passam interagindo com a empresa. Pelo menos um terço do seu dia, 5 dias por semana.

É aqui que entra a parte de coragem e expansão de perspectivas da missão da empresa.

E se a empresa quisesse revolucionar a forma como ela impacta o seu funcionário, tanto quanto ela quer revolucionar a vida do seu cliente?

Uma jornada de trabalho menor parece disruptiva para você? Pra mim parece bastante! Estamos acostumados a ouvir a empresa dizendo que quer revolucionar seu mercado, o que chamo de revolucionar da porta para fora.

E se ela quisesse revolucionar da porta para dentro?

E se a missão da empresa fosse além de maximizar os lucros para seus acionistas e o sucesso do seu cliente, fosse também maximizar o bem-estar dos seus funcionários?

Esse é o tipo de coragem e expansão de perspectivas que estou falando. Seria o tipo de motivação intrínseca que poderia levar uma empresa a reduzir a jornada de trabalho. Não só para ser mais atrativa para talentos, mas porque ela tem como missão maximizar o bem-estar das suas pessoas, dos seus funcionários. Ou como ouvi de um amigo esses dias, do “seu povo”.


Agradeço às pessoas que me ajudaram a fazer com que esse texto pudesse expressar meus pensamentos de forma mais clara. Minha esposa, Ana Raquel. Meus amigos e minhas amigas: Lucas Oliva, Camila Ferreira, Juliana Gomes e Raphael Albino.

A vida pode ser simples, comece hoje mesmo a viver a sua.

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