Em todas as vezes que eu jogava meu hipopótamo azul de borracha para longe, Pititica estava lá para impedir que os outros cachorros da nossa casa fossem cheirá-lo ou mordê-lo. Quando eu me sentava no cadeirão para me alimentar, lá estava ela de plantão aos meus pés. Pititica me protegia e, imagino eu, devia ter uma enorme paciência, pois não parecia se incomodar a cada puxão que eu dava em suas longas orelhas de cocker spaniel inglês. Certo dia, quando eu tinha 7 ou 8 anos, lembro-me da manhã em que minha mãe e meu pai me chamaram para contar que minha cadela tinha partido. Fizeram questão de me levar até o corpo dela para eu me despedir e me explicarem sobre a morte. Ou melhor, sobre como ela poderia continuar viva em mim.
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