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Por que não eu?
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Viagens são campos férteis para o amor, mas seu cultivo deveria começar mesmo é dentro da gente

No filme Cartas para Julieta, a jovem Sophie percorre a Toscana ajudando Claire, que tenta reencontrar o homem por quem se apaixonou numa viagem há 50 anos. Não importa quantas vezes eu assista, sempre choro na leitura da carta em que Sophie cita “um amor que nos faça cruzar oceanos”. Foi para encontrar um amor assim que um dia parti em uma longa viagem.

Em solo estrangeiro, vi pessoas se apaixonando. Cris conheceu Gus na catedral de Barcelona – casaram-se no Canadá; Petra, da Irlanda, foi viver no Japão com Peter, da Austrália…Vi os encontros de Valerie e Todd, Mike e Julie, Chica e Harald… Mas quando minha amiga suíça Coco encantou o americano e guitarrista errante Nick, choraminguei: Por que não eu? Casaram-se nos alpes e depois na Califórnia. Saíram de trailer pelos EUA fazendo música em festivais de verão. O amor estava acontecendo para todo mundo, menos para mim.

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Segui viagem aborrecida. Então, nas escadarias da biblioteca central de Helsinki (Finlândia), o acaso me apresentou Eli, viajante israelense que reunia todas as condições para uma história de amor. Nos separamos quando ele preferiu ficar em Christiania, uma comunidade alternativa. Eu tinha desejo de outros caminhos. Quando cheguei a Montpellier, sul da França, me apaixonei por Mathias Legrix. Por ele, decidi morar na cidade. Triste por não ser correspondida, adoeci e parei no hospital, de onde saí sem a vesícula, com muitos euros a menos e de coração partido. Durante a recuperação, Brad, canadense gato da ilha de Terra Nova, me visitava diariamente para lermos Na Estrada, de Jack Kerouac.

Seguindo só

Ao recobrar as forças, fiz a mala e fui embora decidida a parar com essa bobagem de viajar atrás do amor. Brad me avistou a caminho da estação de trens. Despediu-se com um abraço e em silêncio. Eu já atravessava a fronteira com a Espanha quando compreendi seus sentimentos. A partir daí, cada destino trazia uma oportunidade. Quem diria… O amor passou a me perseguir, mas eu optaria por seguir sempre só.

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Conheci o galês Rhys quando guiei viajantes pelo País Basco. No Museu Guggenheim de Bilbao, Rhys sugeriu que eu começasse a olhar para mim mesma de forma mais amável. Se isso acontecesse, me visitaria no Brasil levando uma proposta. Voltei para casa e Rhys nunca veio, mas não tem problema. Às vezes saímos procurando lá longe o que já estava dentro da gente.

Juliana Reis é uma viajante em busca de histórias, pessoas, lugares e experiências que a modifiquem. @viagenstransformadoras

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