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Vamos falar de fidelidade?
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Quanto você é fiel aos seus sonhos? É capaz de dizer não para um prazer imediato e sim para um sonho a ser alcançado no futuro ?

2020 chegou! Estamos vivendo o primeiro mês de uma nova década que pode ser a melhor de nossas vidas. É hora de firmar suas intenções e de se fidelizar às suas metas e sonhos. É o momento de se comprometer, pois sem comprometimento, e vivendo no mundo do espetáculo, as distrações nos desviam de nossos propósitos.

Uma pesquisa da Universidade de Scranton, nos EUA, mostra que a partir do dia 8 de janeiro, 25% das resoluções feitas para o ano novo já foram colocadas de lado. Um quarto de desistência em menos de 10 dias é muito, não é? Mais: a mesma pesquisa diz que, ao final do ano, menos de 10% das pessoas que fizeram suas listas realizam suas metas.

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Trago esses números para dividir uma das minhas metas neste novo ano: transformar essas estáticas. Como especialista em desenvolvimento humano, o meu propósito é assistir, cada vez mais, jornadas pessoais de sucesso e realização. Por isso, esta minha primeira coluna de 2020 é escrita com a intenção de diminuir os 25 % dos desistentes e aumentar os 10% dos vitoriosos. Conto com você e com a sua fidelidade aos seus desejos e metas! Ser fiel é ser verdadeira e constante. Topa? Se sim, siga em frente e vamos juntas!

As realizações

Na última coluna falei sobre a natureza de seus desejos, lembra? Pois bem é para esses desejos que você deve fidelidade e comprometimento. Se você me acompanha por aqui, no meu Instagram ou no meu podcast Vida Maior, já sabe que falta de autorresponsabilidade e garra, medos e senso de não merecimento, baixa resiliência e conformismo à vida, afastam você de sua evolução e de uma vida maior, significativa e com propósito.

O estudo que cito no início dessa coluna soma outro vilão para o seu sucesso: a falta de autocontrole, a falta da habilidade de dizer não para prazeres imediatos e ser fiel a seus sonhos de médio ou longo prazo. Olha só: quantas vezes, no final de um dia desgastante, ou diante a algum incômodo emocional, você, na busca por alívio, usou a frase “eu mereço” para justificar um prazer efêmero? E, assim, por exemplo, se entregou às compras, ao consumo de alguma droga ou álcool, ao sexo, às séries infindáveis na Netflix, às mídias sociais, à gula…?

Na hora do aperto, damos um “presentinho” para nos agradar. E o que acontece? O prazer se manifesta e leva junto parte da jornada de realização. Este tipo de “eu mereço” nos desvia do nosso propósito, enquanto sua repetição mina o caminho da evolução. Cada “eu mereço” atendido é uma traição. Traição a si, à sua verdade e aos seus valores.

As recompensas

Mas por que caímos nessa? Porque não é fácil encarar frustrações, emoções negativas, nossas falhas e sombras. Desde o dia em que nascemos, queremos sentir prazer e evitar sofrimento a qualquer custo. É humano buscar alívio e prazer fácil, principalmente em meio a desconfortos internos ou externos. Funcionamos por recompensas.

Mas o ponto é: nesse looping, não aprendemos a lidar com emoções negativas, não desenvolvemos o músculo da resiliência emocional e do autocontrole. Consequência? Uma jornada com satisfação vazia, com alguns prazeres efêmeros mas sem propósitos. Logo, é fundamental desenvolver autocontrole e visão de longo prazo, algo cada vez mais difícil na era do imediatismo, em que qualquer coisa parece estar a um clique de distância. Pode ser difícil, mas é possível. O principal é que você esteja disposta a abrir mão de algo momentâneo para colher algo melhor no futuro. E quer saber como ? Um bom método é cultivar emoções positivas como autocompaixão, gratidão e orgulho próprio.

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O mesmo estudo diz que cultivar essas emoções aumenta em 30% a perseverança frente às adversidades e que essa prática pode servir como impulso para os próximos passos. Faz muito sentido. Quer ver só? Pense na última vez que sentiu imensa gratidão por algo ou alguém, que sentiu carinho ou compaixão por uma pessoa ou por si mesma. Nesse momento, você se sentiu ansiosa ou impulsiva? Estava carente de algo? Buscava alívio para algum incômodo? Imagino que não. Nesse estado você estava em paz e no presente. Isso porque nessas situações, a inteligência emocional fica mais forte, o amor próprio aumenta, a impulsividade diminui e a visão de longo prazo é valorizada.

A fidelidade dos desejos

Ainda segundo a pesquisa da Universidade de Scranton, EUA, a gratidão e autocompaixão são como molas para melhores notas acadêmicas, para maior vontade de se exercitar e comer melhor. Se alguma dessas conquistas está entre seus planos para 2020, exercite e potencialize essas características.

Eu estou nesta jornada e fiel às minhas metas. Quero fazer parte e crescer a estatística dos realizados em dezembro de 2020, e convido você a estar por lá também.

Cultive a gratidão, a compaixão diariamente. Tenha orgulho de quem você é, fortaleça sua autoestima e seja fiel ao que você de fato merece! Faça acordos de fidelidade com seus desejos, e se comprometa até que sua lealdade se torne forte a ponto de fazer sua vida inteira girar em torno de sua realização. Boa jornada e um lindo 2020!

Ana Raia trabalha há mais de 15 anos com desenvolvimento humano. Ministra cursos particulares e coletivos, palestras e workshops. É estudiosa das ciências humanas e é tão humana quanto você. Seu Instagram é @anaraia. Escreve neste espaço mensalmente, na terceira terça-feira do mês.

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