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Tempos de revisar a bagagem
Stil TVlII | Unsplash
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Quais são os itens imprescindíveis na sua mala? Um bloco de notas, um livro, um previdente casaquinho? O que não pode faltar?

Sabe aqueles intermináveis momentos de espera num aeroporto, rodoviária, fila de consulta ou atendimento burocrático, em que você presta atenção até no ponteiro do relógio analógico mudar de lugar. Em resumo: quando a hora simplesmente parece congelar?

Observadora de plantão que sou, ao olhar e acompanhar o vai e vem das pessoas e suas particulares pressas, imagino quais histórias são carregadas em cada mala, mochila, bolsa ou sacola que têm a tiracolo. 

Por fim, minha curiosidade sempre recai na reflexão “quais itens são imprescindíveis numa bagagem?”. Seja para viagem ou para o dia a dia, cada um tem suas próprias necessidades. Se esfriar, um casaquinho será útil.

Mala enxuta

Para quem passa o dia fora de casa, uma necessaire com pasta e escova de dentes (talvez um desodorante também), um notebook, algum livro ou caderninho de anotações. Talvez, uma garrafa d’água. Dessa forma, sou daquelas pessoas que têm dificuldades em carregar uma sacola enxuta. Mesmo sabendo que passarei poucas horas ou alguns dias fora de casa, prefiro carregar o peso a precisar e não ter.

essenciais na bagagem

Crédito: Resi Kling | Unsplash

Entretanto, admiro de verdade quem passa o dia com uma bolsa pequena onde cabe a carteira e o carregador do celular. Por fim, adoraria passar 10 dias longe de casa com uma simples mala de mão, mas não consigo. Não que eu seja carregadora de coisas inúteis.

Novas aquisições

Entretanto, procuro levar comigo o que me deixará tranquila no período. Em viagem, uso sempre as mesmas roupas. Geralmente volto para casa com várias peças meticulosamente enroladas e limpa. Pois, sequer foram usadas. Por outro lado, às vezes encontro algo precioso na estrada. Porém,  como já saio de casa com a mala cheia, para caber algo sem que  a mesma se estufe, desapego de algo que carreguei e não usei.

Para o dia a dia, não saio de casa sem as duas caixinhas de óculos, a necessaire com o básico para qualquer salvação, caderninho e caneta. E não poucas vezes carrego uma ecobag dobrada para qualquer eventualidade.

Soluções práticas

Logo, fica a reflexão: como deixar nossa bagagem mais leve? O que realmente importa carregar para todos os lugares? Há pouco tempo fiz 50 anos e recomeçar mais uma década é tipo zerar o velocímetro – tempo em que as reflexões chegam sem pedir licença. É curioso pensar.

Entretanto, acredito que a maturidade me demande soluções práticas aos meus próprios movimentos. E, nesse contexto, desejo me libertar das bagagens que não somam, apenas pesam e ocupam espaço.

bagagem essencial

Crédito: Arnel Hasanovic | Unsplash

Dessa forma, metaforicamente falando, estendo esse pensamento à minha bagagem emocional  e afetiva. Em resumo, sinto vontade e necessidade de uma mochila mais leve. Ou que, mesmo quando pesada, esteja carregada daquilo que me faz sentido e realmente importa.

Aliviar a carga

Por fim, adoraria encontrar em alguma prateleira por aí um almanaque com o título “como viver mais leve em sete lições”. Às vezes desejamos descobrir no coletivo aquilo que apenas cabe à nós mesmos. Como por exemplo, escolhas da nossa particular bagagem.

Nesse sentido, tenho escrito a lápis o meu próprio manual. Exatamente nas páginas do caderninho cheio de rabiscos que carrego por onde vou. Nele enumero o que para mim faz sentido. E ser for importante, não me importarei em carregar.

Entretanto, em relação aos objetos e sentimentos desnecessários, que pesam além da conta — tipo culpas e ansiedades — tenho tentado me libertar. Não é tarefa fácil. Entretanto, um exercício diário de olhar para dentro da nossa própria mochila. Pense aí, e com carinho revise também sua bagagem!

Beijos meus.


Lu Gastal trocou o mundo das formalidades pelo das manualidades. Advogada por formação, artesã por convicção. É autora do livro Relicário de Afetos (Editora Satolep Press) e participa de palestras por todos os cantos. Desde que escolheu tecer seus sonhos e compartilhar suas ideias criativas, não parou mais de colorir o mundo ao seu redor.

*Os textos de nossos colunistas são de inteira responsabilidade dos mesmos e não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

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