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Se eu fosse eu
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“Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. E que a liberdade seja nossa própria substância”, Simone de Beauvoir

Em maio de 2018, criei o AYA junto com a Renata Rocha (@renatafrocha) e a Mariana Ferrão (@marianaferrao). Era um evento somente para mulheres com o intuito de celebrar o sagrado feminino. Foi lindo! Reuniu cem mulheres abertas para o resgate da nossa alma feminina. Na ocasião, Mariana me apresentou um poema da Clarice Lispector, que eu amo, chamado: “Se eu fosse eu”. Sabe aqueles textos que mexem com você de tal forma que após a leitura você não é mais a mesma? É isso.

É um texto simples que nos aproxima da verdade. Toca. Toca no coração, emociona e faz sentir. É um texto que incomoda também, pois revela nosso comodismo e nos leva a se movimentar em direção à nossa expressão máxima e verdadeira, sem reticências e medos, nos coloca em direção à nossa liberdade.

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Ao ler, me questionei sobre a minha integridade. Sobre como me expresso no mundo e se essa expressão está alinhada com o meu mundo interno. E quer saber a verdade? Ainda não cheguei lá.

Olhando para trás vejo que já caminhei muito. Léguas, na verdade. O espaço entre minha identidade real, ou seja, quem realmente sou, como me sinto e o que tem real valor para mim, versus a minha identidade criada, ou seja, a fachada pela qual eu me apresento ao mundo, está bem menor do que era antes, mas ainda tem chão. Me pergunto o que falta? Coragem? Autoconhecimento? Acho que um pouco dos dois.

Volte para a sua essência

Ser livre é o querer mais profundo da alma humana. No coração de cada uma de nós existe o instinto por liberdade, independência e autonomia. Pensar por si própria, atingir objetivos significativos, criar, construir relacionamentos saudáveis, compartilhar e agir de acordo com os nossos valores são propósitos comuns de todas nós.

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E caso você esteja se perguntando: será que sou capaz de chegar lá? Queria deixar claro que acredito que todas nós temos a capacidade de sermos nós mesmas, de sermos autônomas e de cuidarmos de nossa existência. Falo no plural, mas a jornada é só sua, guiada pela fidelidade à sua verdade e pelo comprometimento de elevar a sua vida a um nível maior de consciência rumo a liberdade e, consequentemente, à felicidade.

E como começar? O primeiro passo é retornar. Retornar para a sua essência, para o seu lado mais instintivo, logo mais selvagem. Todas nós temos esse lado, mas poucas o acessam. Muitas o conhecem como o lado “mulher selvagem”, que nada mais é do que a nossa alma feminina, ancestral, muitas vezes sufocada por regras sociais, moralismos pertencentes aos outros, ou então, sufocada pela necessidade de aceitação, pela domesticação que sofremos desde os primeiros anos de vida. Dar espaço à alma feminina é ir além das regras e atender à nossa natureza. É dar vazão ao que nos equilibra, nos empodera, nos permite curar e criar. É uma habilidade, ancestral, maior que qualquer plano ou dimensão. Encontrá-la e deixá-la fluir é acessar o seu poder de realização, transformação e transcendência.

Controle o medo

O maior obstáculo? O de sempre: medo. O medo do de não ser perfeita, de ser julgada e não amada. Temos milhares de pessoas fingindo serem perfeitas e como consequência uma era de poucos pensadores e muitos copiadores. E é triste pois o que o mundo precisa são de pessoas reais, corajosas e inovadoras.

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Portanto te faço uma pergunta: o seu desejo de se sentir segura e amada é maior do que a sua motivação de viver livre para ser e criar o que seu coração desejar? Pense sobre isso.

Conecte-se

Assim, te convido a fazer um acordo pessoal com a coragem para ascender, para crescer, se colocar em movimento e evoluir, a se conectar à níveis mais elevados de consciência e, deste lugar, compartilhar com o mundo o seu melhor.

Vamos nessa? Se sim, fica uma dica: quando precisar tomar uma decisão, pergunte- se “ se eu fosse eu, o que eu faria nessa situação?”. Você vai ver como essa pergunta é poderosa. A verdade aparece. Você pode até não segui-la, mas se fará presente. E se por acaso sua mulher selvagem, ou seja, sua alma feminina inspirar você a seguir em frente, aos poucos, essa escolha poderá se tornar um hábito e gradualmente, sem perceber você se olhará ao espelho e dirá: UAU! Que mulher é essa?!

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Você ficará surpresa e encantada, e provavelmente irá se apaixonar pela mulher que se tornou. Você será o seu maior caso de amor. E nada mais na vida poderá te segurar. Faça por você, mas saiba que quando uma mulher se cura, ela ajuda na cura de todas as outras. Então também faça por todas nós. Vamos nessa jornada?

Antes de ir deixo duas perguntas: se você fosse você, o que faria de diferente agora? E o que falta para começar?

Ana Raia trabalha há mais de 15 anos com desenvolvimento humano. Ministra cursos particulares e coletivos, palestras e workshops. É estudiosa das ciências humanas e é tão humana quanto você. Seu Instagram é @anaraia. Escreve neste espaço mensalmente, na terceira terça-feira do mês.

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