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Reconexão Feminina: um chamado (inusitado) para a nossa essência
Sarah Comeau | Unsplash
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Vivemos em tempos de despertar para nossos talentos, autoconhecimento, espiritualidade. Tempos de olharmos acima dos padrões do que é sucesso, belo ou importante para sermos felizes. E à medida que isso cresce e ganha nossa atenção, tudo o que antes parecia fazer sentido, perde não só seu sentido como seu motivo para perpetuar. E nessa virada de consciência e prioridades, o número de mulheres que busca entender esse tal “Sagrado Feminino”, e todas as potencialidades que temos em nós, cresce e vem transformando muitas vidas.

Eu, particularmente, chamo esse fenômeno de “reconexão feminina”, já que por minha própria história e por acompanhar a histórias de tantas mulheres, percebo que trata-se de um movimento  em busca de entrarmos em sintonia com algo que nos habita, mas que está ali, quieto, nulo, adormecido. E quando buscamos essa conexão, tudo muda! E muda no corpo, na intuição, nas emoções, energia e na alma! Quem viveu esse processo sabe bem do que falo. Quem ainda não viveu, mas está nesta busca, já sente que isso existe e é verdadeiro – mesmo que não saiba explicar como.

É uma espécie de chamado. Ele pode vir como um “click”. Do dia para a noite algo lhe cai na consciência tornando-se o motivo para buscar mais entendimento sobre ser mulher, o feminino.

Algumas de nós precisa de um empurrãozinho que pode acontecer através de uma repetição de relacionamentos abusivos e a busca pelo amor-próprio e autoestima leva a esse autoconhecimento.

Um empurrão maior, e que acompanho diretamente através do meu trabalho, vem através de problemas  ginecológicos. Mulheres mais abertas ao que a ciência não prova, mas na prática funciona, buscam a Ginecologia Natural e trabalhos relacionados, terminando em grandes descobertas e mudanças em suas vidas.

Eu precisei ser jogada em um precipício literalmente…

Para que um dia eu vivesse essa reconexão e toda sua transformação no meu corpo, relações, trabalho e vida, primeiro eu precisei me dar conta de que tenho um corpo – e não só minha mente que era extremamente racional . E a ideia que a vida teve  foi eu perder meu braço direito inteiro em um acidente de trânsito 7 anos atrás.

Ideia aparentemente trágica e extremista, mas lhe garanto: foi exatamente o que eu precisava e sou muito grata a todo despertar que isso me trouxe.

Depois de desenvolver minha consciência corporal, adaptação e reabilitação (que com minha aceitação foram incrivelmente rápidas), meu chamado se manifestou em um questionamento que me rondava durante 16 anos consecutivos tomando pílula anticoncepcional como a única alternativa de tratamento para SOP (síndrome dos ovários policísticos).

Eu estava completamente conectada com meu corpo, mas isso me chamou para meu corpo de mulher, meus ovários, útero. Eu nunca me liguei muito nisso.

A busca por uma alternativa de entendimento e tratamento da SOP foi o “click” que tive após cair no precipício. Meu chamado para essa reconexão feminina veio em duas etapas e transformou absolutamente a mulher que eu era. Entender meu corpo, ciclo e me libertar dos hormônios me abriu para descobertas que eu não fazia ideia!

A dor nos convida a olhar para o amor. A doença para a cura. A morte para a vida. Os chamados para nos olharmos e vivermos em comunhão com a beleza de existirmos, podem chegar de maneiras muito inusitadas. Aceitar o que quer que chegue e que não possa ser mudado, deixa tudo leve, simplifica.

Esse movimento da reconexão feminina trata-se não só de um processo individual. Ele é completamente coletivo e vejo que não se trata de uma onda ou maré, é um oceano de consciência feminina e sororidade.

Abordagens ligadas à ancestralidade feminina e Constelação Familiar dizem que “cada mulher que se cura, cura 7 gerações ascendentes e 7 descendentes”. E eu afirmo, com base nos milhares de estudos de caso que fiz junto a tantas mulheres, que “cada mulher que se cura, colabora na cura de todos os seres deste planeta”.

Quando ouvimos esse chamado e o aceitamos, as pessoas, ferramentas e caminhos certos, chegam até nós. Confie. Aceite e viva sua reconexão no seu tempo.

Estamos juntas!

Kareemi é criadora da Ginecologia Emocional, autora do livro Viva Com Leveza (Gente) e palestrante motivacional. Nesta coluna, quinzenalmente, trará reflexões sobre os comportamentos, emoções, corpo e alma femininos.

A vida pode ser simples, comece hoje mesmo a viver a sua.

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