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Quando o inesperado acontece
Caleb Woods | Unsplash
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Nem tudo está escrito nas estrelas. Por mais precisas que sejam, as atividades que trabalham com a previsão do futuro são limitadas. Sem ação, a vida não floresce e, muito menos, as sincronicidades.

Duas pessoas se conhecem num aplicativo de relacionamentos, passam a conversar diariamente, depois de alguns dias marcam um encontro pessoalmente e depois outro e muitos outros mais. A cada dia, o vínculo entre eles se estreita, ficam mais íntimos, sentem-se melhor um com o outro e um amor vai se desenvolvendo.

Não estava nos planos de nenhum deles esse encontro. Ela, de férias, visitava o país dele e criou o seu perfil no aplicativo com o objetivo de paquerar. Logo teria que voltar para casa. O parceiro, por sua vez, somente se animou a criar o dele porque um amigo insistiu, selecionou as fotos e o perfil foi feito. Agora, muito sintonizados, estão decididos a continuar juntos e pensam em soluções para definir como farão isso – já que não querem manter uma relação somente virtual.

Muitas poderiam ser as reflexões sobre essa história de amor, mas proponho desta vez falar das sincronicidades, dos acasos, dos inesperados a que todos nós estamos sujeitos enquanto vivermos.

Escrito nas estrelas?

Antes do encontro deles acontecer, uma amiga dela, curadora prânica lhe disse que a via muito feliz nas férias e com um homem muito especial. E ele tinha recebido a mensagem de uma amiga astróloga que em determinado mês ele conheceria uma pessoa que seria a sua nova namorada. Exatamente no mês que se conheceram.

Uau, de derreter o coração, não é mesmo? Mas, é preciso lembrar: teve muita ação dos dois para que esse encontro se materializasse.

Nem tudo está no nosso controle, isso é um fato. Podemos planejar detalhadamente uma viagem, por exemplo, e o voo ser cancelado. Ou estudar muito para uma prova e não irmos bem porque a professora fez perguntas que não estávamos aptos a responder. Ou nos preparamos para uma festa de um grande amigo e justamente naquele dia acordamos doentes ou alguém querido falece e não dá mais para ir na festa.

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Os acasos e as ações

Dito isso tudo, é também certo que muitas vezes o inesperado vem nos trazendo muitas coisas boas. Na sua empresa, por exemplo, surge uma vaga num departamento diferente do seu e, por já trabalhar lá, oferecem a vaga e você passa a ganhar mais e a gostar mais da nova função – é o famoso estar no lugar certo na hora certa.

Ou, aparece alguém vendendo um apartamento que é a sua cara por um preço bem mais baixo do mercado e, pronto, o apê é seu porque você tem exatamente a quantia para comprá-lo.

Basta olhar para a própria vida para ver quantas vezes os acasos te visitaram trazendo ora boas surpresas ora não tão boas assim. Porém, muitas pessoas ficam extremamente encantadas com esse inesperado e passam a esperar por ele demasiadamente e se esquecem que: a vida é ação.

A lei da causa e efeito

Se você quer viajar, precisa ter dinheiro, organizar suas férias e tudo o mais. Quando o voo é cancelado, vem a chateação, mas, você fez o que precisava ser feito, ir atrás dos seus desejos. O restante não está mais no seu controle. O mesmo vale para os outros exemplos. Se você quer passar no vestibular, precisa estudar, se não está entendendo uma disciplina, vai precisar se esforçar mais. Se tem uma festa de um amigo é porque conheceu essa pessoa e cultivou essa amizade para ela existir até hoje. Não poder ir à festa porque um acaso aconteceu e te impediu, faz parte da vida.

No exemplo da vaga de trabalho: você procurou por esse trabalho, se dedica diariamente a ele e, quando surge aquela vaga inesperada, ótimo. Mas, se você não tivesse lá, esse inesperado não teria acontecido. Com o apartamento, se alguém não organiza sua vida financeira, abre mão de muitas coisas para realizar a vontade de ter um apartamento, ela não teria condições de comprar esse apê que “apareceu do nada”.

Na história de amor, eles somente se encontraram porque ela planejou a viagem, as férias, poupou o dinheiro, instalou o aplicativo e aí o conheceu. Mas também porque teve o lado dele, que acatou a sugestão do amigo e depois deslizava o dedo pela tela, até dar match com ela.

É nesse ponto que gostaria de chegar com o texto da coluna de hoje: o lugar onde sincronicidade e ação se cruzam, dançam e mantêm uma estreita relação.

A rotina e o inesperado

De nada adianta ficar esperando que as adivinhações daquela leitura de futuro que você fez aconteçam porque para o sincrônico ocorrer é preciso agir.

O nosso dia a dia precisa ser pensado, cuidado e organizado. É a adubação dessa rotina que te coloca no baile onde acontece a dança dos acasos.

E eles são transformadores, levam você para outro lugar, para outras experiências e aprendizados. E logo vem a rotina e depois o acaso e a rotina e o acaso…

E pode ser que, um dia, você diga a outra pessoa: “Tu és a casualidade mais linda que chegou na minha vida”. Mas, para o relacionamento daquele casal dar certo, muita ação vai ter que rolar para que aquela bonita casualidade não se limite somente a uma bonita casualidade.

Para continuar com a Keila: Como viver bem com a solteirice.

Confira todos os textos da coluna de Keila Bis em Vida Simples.

*Os textos de colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de Vida Simples.

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